terça-feira, 23 de agosto de 2011

Laura Não Trabalha Mais Aqui – Ao menos não a sua essência.

6 06UTC junho 06UTC 2010

Recebi um email muito interessante de um colega. Faço questão de compartilhá-lo com vocês:
“Contratei Laura há um par de anos. Sua bagagem técnica, somada à sua habilidade para fazer as coisas acontecerem, fez dela a escolha ideal para assumir a posição de gerente de projetos na minha equipe.

Mudanças À Vista

As coisas mudam. Seis meses mais tarde, a empresa foi reestruturada e minha equipe foi desmantelada e dividida entre várias outras. O time de talento que construí foi incorporado em outras equipes para ajudá-las a crescerem. Laura foi alocada num grupo onde suas habilidades eram realmente demandadas. Ela se encaixou perfeitamente e imediatamente se tornou uma integrante produtiva nesta nova equipe.

E Mais Mudanças…

Mais mudanças. Essa nova equipe foi dissolvida. Seu novo chefe foi demitido. Laura foi transferida para um outro time. Desta vez, ela não se encaixou tão bem no grupo. Outros integrantes da equipe tinham as mesmas habilidades dela, portanto o que ela oferecia era mais redundante do que propriamente um talento único. Seu novo chefe a designou para uma tarefa que não estava alinhada com o seu perfil. Ela se esforçava sobre a mesma, mas não alcançava um desempenho à altura do seu padrão usual.
Semana passada, eu a vi. Laura estava do outro lado do saguão, longe demais para que pudesse falar com ela. Entretanto, sua linguagem corporal falava alto e era muito clara. Sua cabeça estava baixa. Seu sorriso a havia abandonado. Aquela vívida elasticidade sumira de seus movimentos. Mesmo para o nosso estilo casual, suas roupas pareciam pouco profissionais. A mulher talentosa, motivada e vencedora que eu havia contratado havia se transformado numa robô desmotivada.

Sem Mudanças

É realmente triste ver a Laura desta forma. Ela é uma boa mulher e estou seguro que se sente mal por não ter tido habilidade o suficiente para lidar com a tarefa a qual foi designada. Entretanto, Pablo, é pela nossa empresa que me sinto triste. Eles perderam a funcionária brilhante, comprometida, que dá duro e com competência de fazer muitas coisas bem acima da média.
Ao invés de utilizar esta funcionária fora-de-série numa posição onde pudesse se superar, a empresa a deslocou para um lugar onde ela fracassou. Ao invés de realocá-la de volta para sua posição original ou experimentá-la numa nova função, a empresa a deixou onde está e efetivamente acabou rotulando-a como fracassada. Não tenho duvida alguma que Laura estará em breve numa outra empresa, tão logo consiga encontrar um posição adequada. Ela vai se dar bem lá. É uma profissional com grande potencial. Nossa empresa não podia se dar o luxo de perder pessoas de talento, mas nós perdemos a Laura… Por enquanto, nós ainda contamos com a sua presença, mas sua essência não está mais conosco.”

Lidando Com Esta Questão

Imagino que você ou vivenciou histórias semelhantes ou ouviu narrativas parecidas… A lição que quero dividir com você é simples. Encontre e recrute as melhores pessoas que puder. Coloque-as nos lugares onde elas podem dar o seu melhor e deixe-as fazer o trabalho para o qual foram contratadas. Ajude seu time a ter êxito e sua empresa terá êxito. É simples… mas não é fácil.
Conte comigo,
Pablo
Comentários:
Cesar Merigo
  1. Quantcast
    Pablo,
    Infelizmente vemos esse tipo de acontecimento ocorrer nas organizaçoes.
    Isso é o resultado da falta de gestao de pessoas, de avaliar periodicamente cada funcionario da equipe. Tenho certeza de que se houvesse com a Laura uma avaliaçao de performance pelo menos uma vez por ano, nada disso teria acontecido, pois nessas avaliaçoes temos a oportunidade de saber se o funcionario enfrenta algum tipo de problema e ainda de propor algumas mudanças para que nao se perca o potencial desse profissional.
    Avaliaçao de performance nos possibilita a entender, por exemplo, os motivos pelos quais o profissional nao tem mais aquele brilho, aquela dedicaçao.
    Abraço
    Cesar Merigo
    • Fabiana Pimentel
      Quantcast
      Pablo,
      Parabéns pelo artigo. Ele não só é espetacular, mas também diz um pouco como me sinto neste momento. Realmente ainda trabalho no mesmo lugar, mas minha essência já se foi.
      Abs,
      Fabiana Pimentel
      • Quantcast
        Muito bom artigo, parabéns Pablo.
        Fabiana, acredito que não devemos perder a nossa essência, quando se percebe que não estamos sendo tão útil em algum lugar, seja uma empresa, casa de pessoas conhecidas, uma festa ou mesmo em um relacionamento. temos que erguer a cabeça e MUDAR. O mundo é muito grande e as oportunidades são inúmeras, não deixa a sua essência acabar pois pode ser tarde pra se acordar. Estude, cante, beba, ria, faça algo, menos esperar.
        Desejo de coração possas dar a volta por cima.
  2. MARCOS AKIMOTO
    Quantcast
    Caro Pablo
    Bom dia,
    Este texto é muito bom e espelha o que efetivamente ocorreu com Laura…acaba de ocorrer comigo. No entanto, assim como Laura, tenho certeza que em breve estarei novamente seguindo nossa vida profissional.
    Parabéns pelo texto.
    Abs
    MARCOS
  3. Quantcast
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    Group: VOCE S/A
    Subject: New comment (1) on “Laura Não Trabalha Mais Aqui (ao menos não a sua essência)”
    Casos como o da Laura são vistos com razoável frequencia nas empresas. Apesar de termos passado pela “economia da informação” e estarmos voltando nossa atenção à sustentabilidade e à preocupação por um “planeta mais inteligente” (referência à IBM), temos que devenvolver muito as capacidades pessoais. É preciso posicionar as pessoas nas equipes e nos trabalhos que estejam relacionados ao perfil de cada uma delas. Mais que isso, temos que ter a sensibilidade de ver quais os potenciais cada pessoa tem e promover ambientes e situações que permitam o desenvolvimento desses potenciais. O líder é aquele que desenvolve sua equipe… que faz de seus colaboradores pessoas melhores que ele. Vamos, a cada dia, exercendo esta arte e, assim, impedindo que as “lauras corporativas” sejam vistas.
    Posted by Ewerton Silva
  4. Quantcast
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    Group: Vagas de TI
    Subject: New comment (1) on “Laura Não Trabalha Mais Aqui (ao menos não a sua essência)”
    Excelente artigo. Com certeza alguém aqui já vivenciou algo parecido!!!
    Posted by Renan Duarte
  5. BIANCA R.DUNKER
    PABLO
    Seu artigo está excelente, assim como Laura muitos profissionais talentosos sentiram um gosto de frustração,desmotivação por seu trabalho em virtude de mudanças que alguns chamam como o belo nome de ” estratégicas” alguns de reestruturação, Laura crescerá muito como profissional, os resultados da empresa ja é uma grande incógnita.
    Assim como Laura trabalhei 9 anos em uma organização que infelizmente não utilizou de processos adequadas para reter seus melhores talentos.
    Mas não podemos esperar que nosso corpo e mente se declinem a tal ponto de sermos rotulados como incapazes, abrir mão deste tipo de organização é um presente que todos devem se dar o direito. Voe em busca de seus sonhos ,acredite em seu potencial, e liberte-se sem culpa e sem medo !
  6. Sergio Soares
    Quantcast
    Realmente é deprimente saber que estes casos nos rodeiam, passei por experiência semelhante em uma multi nacional da Suíça, onde alguns apostavam e diziam que seria o único a crescer e prosperar com a empresa, mas o caso de Laura foi idêntico ao meu, mas ao sair, me re coloquei em outro empresa multi nacional, e desta vez não tive esse problema, espero que todos aprendam e não se deixe passar por essa experiencia mais de uma vez, pois sempre aprendemos com os erros.
    Forte Abraço
    Fabio SOares
  7. Heitor
    Eu sou a Laura ou a Laura sou eu, não importa, importa que muito de nos vivenciamos esta experiência, amarga, doida que causa um enorme rombo em nossa vida profissional, pelo simples fato de os profissionais que estão chegando não terem outro foco a não ser tirar da frente todos aqueles que possam prejudicar a sua existência e automaticamente sua ascensão. E seria muito fácil de lidar com isso, simplesmente respeitando os profissionais responsáveis por gerarem aquela oportunidade para os profissionais recém chegados! Falta nos novos profissionais o respeito pela cultura operacional, o entendimento e principalmente a humildade em querer entender o funcionamento das coisas antes de descartá-lo.
  8. José Antonio
  9. Quantcast
    Dr, o artigo nos remete a refletir varias situações que vivenciamos, e passo justamente por isto agora.
    O aprendizado é que nos permite agir com equilibrio qdo somos a bola da vez, e nunca deixar de acreditar em nosso potencial.
    Abç
    JA
  10. Quantcast
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    Group: BRAZIL IN: Council of Executives, Business, Management & Professionals – Vagas e Oportunidades
    Subject: New comment (1) on “Laura Não Trabalha Mais Aqui (ao menos não a sua essência)”
    Ei Pablo; ótimo o artigo. Passei por uma situação semelhante e hoje tenho clientes sofrendo disso também rsrsrs. Que coisa, heim? As empresas precisam cuidar mais de seus profissionais. Abraço
    Posted by Tania Zambelli
  11. Viviane Mattiazzi Baumgartner
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    Olá Pablo,
    uma pena que devido a miopia das organizações em relação ao talento de seus profissionais, casos como o de Laura são muito mais frequentes do que se pode imaginar, mas lhe congratulo por estimular esse debate, pois acredito ser ele um dos caminhos para “abrir os olhos” corporativos.
    parabéns
    abraços
  12. Quantcast
    A verdade é que as avaliações anuais, citadas no início dos comentários pelo Cesar (Merigo), deveriam ser feitas mensalmente. Mas “dá trabalho” não é? A maioria das empresa que tenho contato só param para reuniões de emergência, pra resolver problemas urgentes. A maior prova dessa irrealidade é receber em dezembro um feedback de algo que ocorreu em janeiro pro exemplo: 11 meses de insistencia no erro. Por isso as avaliações são cada vez mais abrangentes, e ao mesmo tempo burocráticas. Quem tem plano de carreira vigente utiliza as avaliações anuais como critério, agora não adianta culpar as empresas. Empresas são compostas de pessoas, e a grande maioria não sabe ouvir críticas. Também não podemos culpa-las pois quem critica muitas vezes não ajuda, o faz fora de hora e com observações pessoais.
    Nunca esqueço de uma entrevista do Antonio Maciel Neto que está na SUZANO agora, ele disse a seguinte frase: “Se você não esta contente ou a empresa não está reconhecendo seu trabalho, procure uma outra empresa que reconheça. O importante é você fazer o seu melhor e tentar concluir os projetos que inicia, o mercado é assim mesmo.”
    Espero ter contribuido, um abraço a todos e boas ideias!
  13. Quantcast
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    Group: BRAZIL IN: Council of Executives, Business, Management & Professionals – Vagas e Oportunidades
    Subject: New comment (2) on “Laura Não Trabalha Mais Aqui (ao menos não a sua essência)”
    Muito bom, parabéns!
    Posted by Vanessa Asp
  14. Quantcast
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    Group: Novos Planos – Empregos e Vagas Vip
    Subject: New comment (2) on “Laura Não Trabalha Mais Aqui (ao menos não a sua essência)”
    Existem muitas Lauras espalhadas por ai. Mas o que tenho aprendido é que as Lauras (que está dentro de nós) tem que ter a força de buscar o espaço. Conquistas este espaço é difícil, mas não impossível. Quando uma empresa não enxerga, tem ir a luta e procurar onde nos possam ver. As empresas acham que não precisam enxergar, nem ver , as Lauras bacanas que tem. As deletam, e depois tem em seu quadro, pessoas comuns (as que não dão trabalho, pois na verdade, só estão ali. A essencia bacana, evaporou)
    Posted by Monica Bandeira
  15. Karina
  16. Fico muito triste por me sentir mais uma Laura. Não sei se este é um problema de RH ou de Gestores que perderam a aula de liderança e motivação de equipes ou acham que aprenderam muita coisa e estão no caminho certo. Afinal de contas, a culpa é da Laura que não soube se adequar ao DESAFIO proposto. Deveria ter se esforçado mais ou de repente, trabalhado em dobro…Mesmo assim, estou esperançosa que serei reconhecida em um outro lugar ou quem sabe, ter o MEU LUGAR e jamais pecar desta forma. Tenho certeza que não se encontram Karina´s por aí com tanta facilidade. Sorte de quem encontrar….
  17. Quantcast
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    Group: MBA FGV (1700+)
    Subject: New comment (1) on “Laura Não Trabalha Mais Aqui (ao menos não a sua essência)”
    Pessoas como a Laura as vezes podem passar por dificuldades, mas no final costumam se dar bem.
    Estas coisas transitórias ocorrem no mundo corporativo, as vezes, motivados por fusões, reestruturações, gestão inadequada etc…
    O mais importante para a Laura é continuar gostando de trabalhar e provar novamente o valor dela em outra corporação.
    Como estas coisas podem acontecer com muitos de nós, então é importante também antecipar um planejamento financeiro para suportar o período de recolocação.
    Caso semelhante ocorreu comigo, pois trabalhei por dez anos em um grande multinacional farmaceutica que foi comprada por outra, sendo que nesta última continuei por mais três anos.
    A área que trabalho (SAP) está repleta de oportunidades, a questão é manter o networking e continuar sempre atualizado.
    Parabéns pelo artigo!
    Posted by Celso Larrubia
  18. Quantcast
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    * Group: Publicidade e Propaganda
    * Subject: New comment (1) on “Laura Não Trabalha Mais Aqui (ao menos não a sua essência)”
    Gente, eu levei um susto!
    Primeiro pelo nome, segundo pela situação, terceiro porque descreveu uma situação exata que acabei de viver. Realmente, impressionante. Agora, pode mandar os números da próxima mega-sena? rs….
    Posted by Laura Lacerda Fonseca
    • Parabéns pelo artigo e sem dúvida acontece frequentemente nas empresas.
      Mas será que a empresa é a única responsável?
      O que será que a Laura fez para mudar o quadro dela na empresa ou apenas a empresa precisa se adaptar?
      Mudanças de chefe, organizacional tambem acontece frequentemente e todos se dão mal. Por que neste caso a empresa não é culpada?
      É muito fácil transferir o problema, principalmente quando não atingimos nossos objetivos.
      Na minha opinião a Laura tem a mesma responsabilidade da empresa em ter sucesso na função à ela designada.
      Vivemos em um ambiente onde não assumimos nossas incompetências, transferimos à outras pessoas, lugares, etc.
      Abraços,
      Marcelo.
  19. Glauce Rocha
    Quantcast
    Pablo,
    Parabéns pela sensibilidade !
    Vi minha história passar, nas entrelinhas da sua história.
    Fui demitida da multinacional que trabalhava há 5 anos. Me culpei mesmo vendo os meus números dizerem o contrário.
    Perdi minha essência ! Estou na “posição de Fênix”.
    Abraços,
    Glauce
  20. Quantcast
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    * Group: Oportunidades no Varejo – Brasil
    * Subject: New comment (1) on “Laura Não Trabalha Mais Aqui (ao menos não a sua essência)”
    Pablo, fantástico! acho que vão faltar carapuças no mercado.
    Posted by Sátiro Araújo
  21. Fabiana Marques
    Quantcast
    Pablo, fenomenal a matéria!
    Acredito que qualquer profissional nesta situação, começa a questionar sua própria competência, esquece seu histórico, fica inseguro, além da insatisfação consigo e acaba desistindo da “Guerra”. Como comentou, é nítida a expressão corporal e a desmotivação podendo, acredito eu, refletir na sua vida pessoal. Todo profissional, deve analisar e negociar qualquer promoção ou movimentação, é preciso saber dizer não! Mesmo que atrativa monetariamente. Qualquer passo em falso pode ser um atalho para uma “Laura” é um caminho sem volta. E para empresas que não sabem ouvir ou não existe a opção do “Não”, questionem se realmente está na empresa certa e que possui a essência e os valores em que acredita. Valorizem-se!
    Bjs,
    Att,
    Fabi
  22. Clarice Oliveira
    Quantcast
    Gostaria de deixar algumas consideracoes:
    1) Com certeza existem muitas Lauras por ai, e o meu conselho para elas é continuem apaixonadas pelo seu trabalho e continuem tentando. Seu lugar ao Sol está reservado.
    2) Se você contratou uma Laura e viu isto acontecendo com ela, nao a abandone e fique se lamentando como o autor. Converse com seus superiores, brigue por ela e tente mudar as coisas em sua empresa. As empresas sao feitas de pessoas e você faz parte dela.
    3) Se você é líder em uma empresa ou é responsável pelo RH de uma, por favor busquem aprimorar seus conhecimentos de liderenca e gestao de pessoas. Assim como precisam de bons funcionários nós precisamos de bons líderes.
    Parabéns pelo artigo!
    Clarice Oliveira
  23. Fábio Lima
    i
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    Excelente! Não existe palavra melhor que resuma este artigo.
    As exigencias do trabalho nos compromete se somos bons e se somos bons e não conseguimos desempenhar novos desafios somos muitas das vezes julgados porque não conseguimos, toda a nossa tragetória profissional esta em jogo a cada desafio. levanta-la
    Uma vez me disseram, se te dou uma oportunidade é porque sei que poderá desempenha-la, mas muitas das vezes não tive o apoio necessário para conseguir superar os objetivos é o que se espera, que não atingimos os objetivos temos que sempre supera-los.
    A Laura esta no caminho certo, pois sabe do seu potencial e com certeza voltará a ser quela Laura porque foi contratada. A Laura empreendedora esta lá a espera de alguem que a desperta.
    Ela é um talento e agora mais experiente.
  24. Quantcast
    Estou maravilhado pela maneira como descreveu um fato que é bem comum nas empresas. Parabéns!

    Lia
  25. Quantcast
    Pablo,
    Que fantástico. Há gente com visão clara num dia-a-dia de tantas distorções e nos traz uma história que até certo ponto, também faz parte da minha. Lamentavelmente, as ferramentas de RH, que não são poucas, têm sido usadas muitas vezes apenas para cumprir com as determinações de vamos “modernizar o desenvolvimento de pessoal”. Além disso, há muitas outras questões envolvidas nesse tipo de mudança, que são sequer conhecidas pelas pessoas que decidem pelas mesmas, especialmente a cultura de gestão, a qual se sobrepõe a qualquer brilhantismo individual.
    Parabenizo também ao Heitor, por seus comentários.
  26. Gilmar Molinari
    Quantcast
    Todos já reforçaram a sua excelente iniciativa do artigo e como nosso amigo Stiro comentou, existem muitas carapuças. Por isso digo sempre: Cave um poço, antes de sentir sede!”
    Gilmar Molinari
  27. Quantcast
    Realmente isso tudo é mais comum do que realmente deveria ser. Sou prova disso,as vezes reflito sobre o assunto e ao meu ver muito se deve a situação em que muitas empresas encontram-se hoje repleta de CHEFES despreparados, autoritários e carente de verdadeiros LÍDERES que sabem identificar os pontos fortes de cada colaborador e alocá-los em funções onde o mesmo consiga manter ótimo desempenho e assim mantê-lo cada vez mais motivado.
  28. Sandro Costa
    Quantcast
    “Lidando com essa questão” é simples e antigo, exemplo: Steve Jobs sempre disse isso e quando retomou o comando da enmpresa a Apple, tomou o cuidado de manter os melhores e trazer muitos também dos profissionais que conhecia…
  29. Quantcast
    É um artigo superimportante para que os profissionais mais jovens (como eu, 25) atentem para algumas armadilhas do mercado.
    Tal dia, você se vê em uma crescente maravilhosa, sentindo-se útil e colaborando com o crescimento da empresa (mesmo que seja com a menor das tarefas). Você está ocupando seu lugar e se destacando, sendo melhor que qualquer pessoa na organização naquilo que faz. O salário não é expressivo, mas mesmo assim você nota uma força interior que o empurra para o sucesso.
    Numa bela manhã, seu chefe é despedido, sua equipe muda ou a empresa se altera e DESLOCAM-TE. Em algumas empresas, o absurdo parece óbvio: já que “aquele cara é o melhor do setor, ele vai virar chefe”. A partir daí, vem o início de uma história longa e de final imprevisível. Que quase sempre acaba em muito estresse ou demissão.
    As pessoas acabam sendo deslocadas pelos seus méritos para áreas nas quais elas não gostam de trabalhar, não detêm domínio ou preparo, o que inevitavelmente gera muita dor no desenvolvimento do profissional quanto na organização.
    É preciso estarmos de olhos abertos para sabermos se estamos seguindo NOSSA carreira, ou a carreira de um personagem que a organização cria para nós.
    O artigo foi ótimo. Parabéns ao autor.
  30. KAMILA
    Quantcast
    Pablo,
    Excelente artigo.
    Como todos disseram, existem diversas Lauras espalhadas pelas organizaçoes e muitas delas estão mais perto que imaginamos. Eu por exemplo me vi nesse artigo e acredito que é importantissimo mantermos nossos valores, acreditarmos no nosso potencial e buscar algo que de fato nos deixe motivados.
    um abraço!!
    Kamila
  31. Marcio
    Vemos este fenomeno acontecendo todos os dias no mundo corporativo.Você é contratado por um chefe, que 4 meses depois é transferido ou demitido e vc fica voando.Os chamados gestores são responsáveis pelos Recursos Humanos e falham bastante. Cabe ao RH tomar a posição de comando e administração dos talentos,alocando-os no lugar correto, mas nem sempre acontece.
  32. Beti
    Quantcast
    Excelente artigo. Quem perde é a organização e nao a Laura, pois ela terá novas oportunidades , e se sairá bem porque a Laura é unica, insubstituivel ja a empresa nao podemos garantir que ela possa encontrar outra Laura, e se encontrar provavelmente cometerá o mesmo erro.
    Me surgiu uma questão e uma resposta sobre este caso, se a Laura fosse Lauro será que a situação seria a mesma? Eu digo que nao.
  33. Quantcast
    É verdade, já me senti como a Laura em alguns lugares que trabalhei…
    Quando embarquei de volta para São Paulo e resolvi trocar de empresa, para que voltasse a ter motivação, ao longo dos meses me vi podada, cortaram todo meu prazer e toda agilidade e talento, acabei por vivenciar momentos de desprazeres…
    Para enfrentar a zona de conforto, passei maus bocados, pois não era eu, e percebi que isso é sinceramente humilhante…
    Acho uma pena que muitos gestores são incapazes de olhar com uma certa esperteza o talento nato de cada pessoa com o qual trabalha…
    Busquei novo lugar e penso a cada dia o que me motiva… Meu talento continua, minhas habilidades são renovadas, mas existe um fantasma que ronda e que me alerta para que não aceite atingir aquela zona de desmotivação…
  34. Quantcast
    Parabéns para A laura, por ter saido desta empresa, com toda a certeza sempre será assim a não ser que mudem os gestores, Não tenho dúvidas que ela conquistará uma posição muito melhor no mercado de trabalho
  35. Jorge de Valois
    Quantcast
    Sensacional, muitíssimo agradecido pela envio desta mensagem.
    Sou uma Laura, mas preciso deste serviço até que um dia eu possa viver feliz profissionalmente em outra lugar. Não irei desistir continuarei na minha busca, apesar de todo preconceito existente no mercado de trabalho.
  36. Marcelo Braga
    Quantcast
    Estimado, excelente!! Saiba que situações assim não são exceções. Situações como a da Laura existem em todas as organizações.
    Eu passei por situações assim duas vezes em empresas diferentes. Na ultima empresa decidi não ficar de cabeça baixa alimentando uma baixa estima que não tenho e nunca terei. Decidi pedir demissão. Sim me demiti, pois apesar de me oferecerem uma carreira internacional como solução paliativa, não poderia aceitar isto somente quando decidi demitir a empresa. Acredito que estamos perdendo a competência de gerenciar pessoas. Estamos mais preocupados em gerenciar nossas carreiras que esquecemos que o melhor para nós e para a empresa é construir uma base sólida para nossa piramide que é nossa carreira, onde o topo estamos nós. Devemos saber gerenciar nossa equipe e saber como todos podem contribuir para o melhor da empresa.
    Muitas empresas perdem suas Lauras todos os dias e não percebem isto. Pois acreditam que podem encontrar outras(os) muito fácil. Porém encontrar pessoas que realmente vestem a camisa está cada vez mais difícil.
  37. Juliano
    Quantcast
    Esse artigo ilustra uma situação muito comum nas corporações atualmente. Ótimos profissionais que não são bem aproveitados e passam a ser rotulados como incompetentes e incapazes. Isso é muito sério pois, além do trauma e exposição do profissional, a empresa ainda arca com custos relevantes para procurar, selecionar, contratar e formar outros profissionais para assumirem esses postos de trabalho. Deveria haver até uma legislação sobre isso regulamentando essa situação.
  38. Glênio Luiz Giacomet
    O artigo reflete a realidade das empresa nos dias atuais. Como administrador digo: não há uma forma única de gerir pessoas. Mas geralmente as empresas adotam um “padrão” que realmente acaba robotizando as pessoas. O padrão é estabelecido em diversas planilhas( onde os números cabem com perfeição matemática ), mas nunca e eu afirmo com toda veemencia: nunca consegue tabular um ser humano nos seus mais variados caracteres..
    Montar uma equipe dá trabalho e também exige dispêndio financeiro para tal. Quando a equipe está formada e funcionando com sincronia, vêm uma crise qualquer e acaba desmontando-se a equipe.
    Nunca foi calculado o custo de formar a equipe; contabilizar os investimentos realizados para se chegar num resultado ótimo.O que as empresas fazem é; temos de reduzir as “despesas” então seleciona-se alguém para sair e o restante vamos juntar com o outro grupo… Dessa forma temos a redução de custos desejada.
    Perdoem-me a sinceridade mas esse tipo de administrador, temos às pencas nas mais diversas empresas. Aliás isso não é administrador ( que temos tantos sem reconhecimento legal para o ser ) é um ser provido de falta de ética, amor, e que somente ouve a si mesmo.
    Laura, Maria, e tantas outras, que passaram por isso e outras tantas que passarão por isso são vítimas de pessoas sem coração e que pior ainda; apenas contas números frios e sem nenhuma outra perspectiva além de garantir seu próprio salário, não importa a que custo isso seja feito.
    A crise mundial serviu para mostrar o quanto ainda temos de aprender sobre o valor do ser humano nas organizações. O quanto custa montar uma equipe afinada ninguém ao certo sabe. O custo de desmantelar uma equipe coesa então, ninguém jamais ousou calcular.
    O dia que isso acontecer, com certeza as pessoas trabalharão por prazer e não por obrigações de atendimento de metas….

    Katia Merino
  39. Quantcast
    Pablo,
    Creio que muitos se sentiram na pele de Laura e vale uma pergunta…
    Laura deve procurar algo imediatamente ou continuar tentando nessa nova posição??
    Como nesse caso o profissional pode perceber se o problema é da nova função e não sua capacidade de mudança??
    Laura possivelmente nunca mais seja a profissional com a essencia de outrora, por falta de visao da sua empresa!
    KM
  40. Realmente, muito bom o artigo e retrata uma realidade dentro de várias empresas e a intolerancia cada vez maior com as pessoas e a necessidade de observar somente os resultados do dia, da semana, do mês e do ano.
    Parabéns.
  41. Rogerio Lima
    Quantcast
    Pessoal, vejo vocês responsabilizarem muito os processos das organizações quanto ao desenvolvimento do “capital humano”. Concordo plenamenta na relação entre processos claramente definidos / efetivos e nível profissional que a organização possui.
    Porém, a minha experiência em multinacionais com processos bem definidos me diz hoje após 12 anos de experiência, que nenhum processo claramente definido vai resolver 100% a individualidade profissional de cada empregado, por mais competente que sejam as “Lauras” deste mercado…
    Se o profissional não tiver atitude ao levantar as suas bandeiras de interesse no momento certo, se o profissional não tiver articulações e posicionamentos políticos com as pessoas corretas, a chance de ser levado para onde o vento bater com certeza será maior.
    Não entendam “posicionamento político” de uma maneira ruim. Política existe em todos os lugares e em organizações não são diferentes, gostem ou não! Política não precisa ser necessariamente para um lado ruim. Ela tem que ser bem utilizada em todos os momentos da nossa carreira.
    A melhor estrutura de feed back que recebi foi de um grande executivo hoje do mercado. Ele me disse… “Rogerio, na nossa carreira temos que nos preocupar com 3 pilares: DRIVE, INFLUENCE e JUDGMENT
    Judgmente é como julgamos situações no dia a dia. Tem muita relação com bagagem técnica de experiências profissionais e acadêmicas que somamos na carreira.
    Drive é como usamos este conhecimento…muito relacionado com a nossa ATITUDE no dia a dia.
    Influence é como influenciamos subordinados, pares e chefias no nosso dia a dia também.
    Cada um destes pilares tem seu peso com o nosso timeline de carreira. Claro que o influence de um estagiário é completamente diferente do influence de um gerente…e assim vai!
    Achei fantástico essa estruturação de feed back e espero que tenha contribuído com a discussão do “caso Laura” e para o dia a dia de vocês.
    Esse gerenciamento de carreira está muita mais na nossa mão do que achamos, pessoal…vamos levantar as nossas bandeiras!!!
    Um abraço,
    Rogerio
  42. Jandaraci
    Quantcast
    Pablo,
    Adorei o artigo! Falamos muito que as empresas cometem estes erros.. mas também já incorremos neste erro como gestores.. Quantas vezes erramos com nossa equipe? Eu por exemplo, já cometi este erro.. e paguei caro, pois perdi um profissional realmente brilhante.
    abs
  43. Sílvia
    Quantcast
    Me surpreendi pela identificação com a personagem (?!)
    da estória, e mais ainda com o número de pessoas que respondeu com o mesmo tipo de sentimento.
    Depois de passar por várias fases, de tentar digerir e me adaptar às situações, optei por deixar uma empresa após muitos anos de dedicação. Uma pena para mim e para eles.
    Mas, enfim, em um determinado momento entendi que o meu brilho nos olhos era mais importante do que a pseudo segurança de um emprego. Estou em busca de uma nova oportunidade; é bem verdade que em alguns processos não fui selecionada e em outros desisti por algum motivo que não me tocou.
    Mesmo sabendo que não existe o local perfeito, realmente acredito que eu possa encontrar uma empresa onde eu possa, sim, exercitar minha competência e dedicação e ter de volta o meu brilho nos olhos. Espero encontrá-la logo!
  44. Quantcast
    Laura, já morreu…
  45. LinkedIn Groups
    * Group: Falando de Varejo
    * Subject: New comment (1) on “Laura Não Trabalha Mais Aqui (ao menos não a sua essência)”
    Incontáveis as quantidades de Lauras (a segunda) que encontramos. A primeira… as poucas empresas que enxergam de fato à frente dos demais, são mantidas e motivadas a produzir cada vez mais. Resultado: empresa mais eficiente e funcionário satisfeito; reconhecido e… feliz (fala baixo pq na maioria dos lugares soa como agenda livre)
    Posted by Alfredo Firmino Carvalho
  46. Quantcast
    LinkedIn Groups
    * Group: Sales & Trade Marketing
    * Subject: New comment (1) on “Laura Não Trabalha Mais Aqui (ao menos não a sua essência)”
    Pablo, ótimo texto. Infelizmente muitas companhias não estão preparadas para este tipo de desafio e não conseguem nem ao menos perceber como reter e motivar seus talentos oferecendo a estes desafios e oportunidades de acordo com o seu perfil.
    Posted by Alessandra Nogueira

Fiquei Velho, e Agora?

Muitos executivos; Grandes administradores e Gestores de um modo geral se preocupam com o fator idade. O Mercado realmente tem negligenciado o fator idade ou as pessoas que não estão preparadas e não tem dado a devida atenção às reais necessidades do mercado! Qual é o pensamento dessas pessoas?

A idade avançada e um fator preocupante para muitos profissionais, nas mais variadas profissões, mas, qual a causa desse sentimento? O que a sociedade tem impresso na mente das pessoas que tem sentido o "peso" dos anos, literalmente?
Quando eu tinha uns 5 anos de idade, o conceito das pessoas que tinham os cabelos brancos era: Experiência! Hoje podemos compartilhar do mesmo conceito? Em partes, acredito que sim, contudo, atrás de todo esse conhecimento, vem junto inúmeros pensamentos que podem atrapalhar a carreira de um excelente executivo ou limitar seus sonhos e, a fase que poderia ser a "melhor" de sua vida, pode se tornar um grande pesadelo, pelo simples e inevitável fato de estar ficando mais velho.
É um verdadeiro paradoxo, mas, quando mais vivemos, mais pensamentos equivocados vamos adquirindo, em relação e varias áreas de nossa vida, seja pessoal ou profissional, do tipo: "Estou muito velho para esse tipo de tecnologia"; ou: "Não consigo aprender inglês, minha oportunidade já passou". Estes são apenas alguns exemplos de como nossa mente é perniciosa quando o assunto é sair da zona de conforto. E para atrapalhar ainda mais, existem aquelas frases fantásticas que nos foi legado: "Burro velho não aprende o trote" (Se você não conhece essa frase, não se preocupe, você não é tão velho assim).
Ok, mas e aí? Como enfrentar o fator idade, num mercado de trabalho que agora esta falando na próxima geração, pois a geração Y, já passou... O segredo é um só, uma só atitude mental, apenas permita-se a pensar diferente e encare o fator idade sob una outra perspectiva, sob uma nova ótica, entendendo que o tempo faz parte do processo e, que tudo é possível, desvencilhando-se de pensamentos que podem atrapalhar e, impedir você de adquirir novos conhecimentos, novas habilidades e competências, coerentes com as novas tecnologias e novos mercados. A frase "O mundo mudou" já não se encaixa mais, pois o mundo vive um momento onde ate as mudanças são voláteis, a mudança necessária para adquirir uma determinada habilidade que era fundamental ontem, pode não mais existir hoje e, o cenário empresarial necessita de pessoas que se adaptem rapidamente a essas características, com seu pensamento sempre aberto a novas possibilidades e, principalmente: Com a mente em estado de prontidão para adquirir novos aprendizados.
Um exemplo muito claro do que estou falando é quando observamos as crianças, para elas, TUDO é possível, não há limitações. Pense sobre algo que para você hoje é impossível, busque recordar à sua infância e reflita sobre seu provável pensamento sobre a mesma questão, naquela época, seu pensamento era o mesmo? O que mudou, alem da idade que, por sinal, não quer dizer muitas coisas. O grande fator determinante quanto às reais possibilidades é o caminho neurológico, ou seja, você deverá primeiro dizer para você mesmo que é possível e, então ter atitudes coerentes ao seu pensamento. Já ouvimos falar de diversos feitos, de pessoas "comuns" que, sem pensar, "REALIZARAM O IMPOSSÍVEL"!
Nunca deixe que seu pensamento limite suas ações em direção ao seu maior sonho, àquilo que realmente é importante para você! Entenda que tudo é possível e que, o fator idade é apenas mais uma variável que, deve ser trabalhada a favor de seus objetivos, aliada à determinação e FOCO. Empreenda-se, faça sempre 20% a mais de tudo que esperam de você, dedique-se de corpo e alma, colocando seu coração em primeiro lugar naquilo que faz e tenha certeza que o SUCE$O é garantido!!!
Luiz Antonio de Castro Mattos
Executive Coach e Alpha Analyst

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O que pode frear a alta do preço dos imóveis

Para coordenador do índice FipeZAP, recursos da poupança serão insuficientes para sustentar a expansão do crédito imobiliário no atual ritmo – o que vai segurar os preços

Bairro do Leblon, no Rio
Leblon, no Rio: metro quadrado dos imóveis no bairro já custa em média mais de 15.000 reais
São Paulo – A economia brasileira passou por um processo de desaceleração nos últimos meses, a Europa e os Estados parecem caminhar para um período longo de baixo crescimento e as bolsas mundiais não acham o fundo do poço. Só o preço dos imóveis que não para de subir no Brasil. Divulgado na última quarta-feira, o índice FipeZAP, principal indicador brasileiro dos preços dos imóveis residenciais no Brasil, apontou uma valorização de 17% apenas nos sete primeiros meses deste ano. Ainda que o ritmo de alta esteja em desaceleração (+2,7% em abril, +2,6% em maio, +2,3% em junho e +2,1% em julho), os preços continuam a avançar a um passo bem mais acelerado que o do principal indicador de inflação no país, o IPCA.
Para entender por que o preço dos imóveis persiste em subir tão rapidamente e o que poderia frear esse movimento no futuro, EXAME.com conversou com Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fipe e coordenador do índice FipeZAP. Leia a seguir um resumo de sua visão para o mercado imobiliário brasileiro:
O preço dos imóveis tem registrado forte valorização desde meados da década passada. A alta acima da inflação foi de cerca de 70%. Mas uma boa parte dessa valorização aconteceu devido ao fato de que os preços praticados anteriormente eram muito baixos. Houve uma forte correção, mas a partir de uma base de comparação excessivamente baixa.
A explicação para esse movimento é econômica e, basicamente, inclui quatro grandes fontes de pressão sobre a demanda. O primeiro foi o controle da inflação, sem o qual não haveria incentivo ao planejamento financeiro e a poupança necessária para a compra de um imóvel. Não acredito que o atual governo esteja disposto a colocar em risco o controle dos preços.
Outro fator que alimentou e continuará a alimentar a demanda por imóveis é demográfico. A cada ano, surgem brasileiros interessados em comprar mais 1,5 milhão de novas residências. Parte disso vem do crescimento populacional, mas não é só isso. Mais pessoas estão saindo da casa dos pais para viver sozinhas ou em famílias pequenas. Uma pesquisa do IBGE mostra que o número de pessoas em cada residência caiu de 3,7 para 3,2 na última década. Sem falar no déficit habitacional que ainda existe no Brasil e que vai gerar demanda por vários anos.
O terceiro fator, que assim como os demais deve continuar a existir, é o crescimento dos salários e do emprego. Muitas categorias tiveram e continuar a conseguir aumentos reais de renda. Aliado a subsídios governamentais para a compra de imóveis pela população de renda mais baixa, isso faz com que mais gente tenha condições de realizar o sonho da casa própria.
Em minha opinião, o único impulso à valorização dos imóveis que deverá perder força é o crédito. Tenho muitas dúvidas se a expansão dos financiamentos imobiliários vai se manter no ritmo atual. A explicação é financeira: os bancos não terão dinheiro para conceder crédito com as taxas de juros atuais.
O crédito habitacional é o mais barato entre todas as modalidades concedidas para as pessoas físicas porque há uma espécie de subsídio implícito criado pelo governo. Os recursos da caderneta de poupança são a principal fonte de financiamento para que os bancos possam oferecer empréstimos para que a população compre casas. Os bancos captam dinheiro via caderneta e pagam aos poupadores uma remuneração anual de 6% a 7%. Em seguida, emprestam esse dinheiro a taxas que geralmente vão de 11% a 12% ao ano para quem deseja comprar uma casa. Esse tipo de operação é suficiente para cobrir eventuais perdas com inadimplência e ainda garante um pequeno lucro aos bancos.
O problema é que os recursos da caderneta de poupança devem se esgotar em meados de 2012. Hoje o estoque da poupança soma quase 310 bilhões de reais. Desse total, 65%, ou cerca de 200 bilhões de reais, devem ser obrigatoriamente direcionados para o crédito imobiliário – do contrário, se transformam em depósitos compulsórios recolhidos junto ao Banco Central. Os números divulgados pela Abecip nesta quarta-feira (03/08) mostram que o estoque de crédito imobiliário já soma cerca de 160 bilhões de reais. Apenas no primeiro semestre, foram concedidos mais 37 bilhões em crédito imobiliário. A previsão para os 12 meses de 2011 é de que 85 bilhões sejam liberados.
Olhando para esses números e mesmo considerando o rendimento da poupança, eventuais novas captações e amortizações de empréstimos para a compra de casas, acredito que em algum momento de 2012 vai acabar o dinheiro da caderneta que poderá ser usado no financiamento da expansão do crédito imobiliário. E isso muda tudo. Os bancos terão de buscar no mercado outras formas de financiamento para conceder esses empréstimos. Existem várias opções, mas nenhuma delas inclui o subsídio implícito da caderneta de poupança.
Quando a fonte de recursos se tornar mais cara, acho que o custo será repassado ao consumidor e o crédito imobiliário também vai se tornar mais caro. Os juros mais altos devem fazer com que a compra de imóveis deixe de caber no bolso de algumas pessoas. Nessas condições, menos gente conseguirá fechar negócios. Não estou dizendo que o preço dos imóveis vai parar de subir a partir desse momento, mas acho que vamos observar variações de preço menos intensas.
Um dos principais estudiosos de preços de imóveis e outros ativos é o economista americano Robert Schiller. Ele inclusive é um dos responsáveis pelo índice Case-Shiller, um dos principais termômetros do mercado imobiliário americano, e também é bastante famoso por ter previsto, desde 2005, o estouro da bolha hipotecária.
Em um de seus estudos bastante conhecidos, Shiller avaliou os preços dos imóveis nos Estados Unidos desde 1890 e demonstrou que as variações são muito grandes, mas que, na média, crescem a um ritmo parecido com a inflação americana. Aos grandes ciclos de alta seguem-se, portanto, ciclos de baixa que anulam parte da valorização anterior, e assim por diante.
O índice FipeZAP, na verdade, já demonstra certa desaceleração no ritmo de aumento dos preços dos imóveis, mas os preços ainda sobem bem acima da inflação. Não sei se essa será a tendência para os próximos meses. O que estou querendo dizer é que, a partir do momento em que o crédito ficar mais caro, haverá uma motivação econômica para que os preços dos imóveis avancem a um passo mais lento.

sábado, 13 de agosto de 2011

O Sucesso consiste em não fazer Inimigos

PARA REFLEXÃO:

Max Gehringer
Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras:
Regra número 1:
Colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: Se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1999 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2009.

Regra número 2:
A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.
Regra número 3:
Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo. Mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.
Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é! A 'Lei da Perversidade Profissional' diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais possa ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.
Muito cuidado ao tentar prejudicar um colega de trabalho; Amanhã ou depois você pode depender dele para alguma coisa!

Portanto, profissionalmente falando, e "pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que têm "boa memória.

"Na natureza não existem recompensas nem castigos. Existem consequências."

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Profissional do setor imobiliário terá teste para certificação

Aquela sensação incômoda de que o funcionário do banco não consegue elucidar todas as dúvidas sobre crédito imobiliário pode estar com os dias contados. A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) vai começar a certificar os profissionais que atuam com produtos desse segmento.
Financiamento imobiliário com recursos da poupança bate recorde
O primeiro teste ocorre no final deste mês e será aplicado a quem trabalha em bancos, securitizadoras e companhias hipotecárias.
O universo potencial é estimado em cerca de 20 mil pessoas, mas profissionais de áreas correlatas, como corretores de imobiliárias, podem se submeter ao teste. Haverá uma prova nos centros da FGV (Fundação Getulio Vargas) em todo o país para quem lida diretamente com o consumidor final e outra para os que atuam com empresas, como construtoras, por exemplo. Nos primeiros dois anos, a adesão será voluntária. "Depois a certificação começa a ser uma exigência", afirma Luiz Antonio França, presidente da entidade.
Para o executivo, "por enquanto, não há problemas porque o mercado é pequeno, mas é preciso ter uma padronização mínima" nas informações e procedimentos, destacando a expansão do setor em ritmo acelerado nos últimos anos.
As operações de crédito imobiliário com recursos da poupança atingiram R$ 37 bilhões no primeiro semestre deste ano, registrando o melhor resultado para esse período na série histórica, iniciada em 1967, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira. Junho, por sua vez, apresentou o melhor resultado mensal da série em valor (R$ 7,78 bilhões) e em quantidade (46,5 mil imóveis). Para todo o ano, a previsão é chegar a R$ 85 bilhões e 540 mil unidades.
NECESSIDADE
França diz que a Abecip está antecipando uma necessidade porque o número de profissionais envolvidos vai continuar crescendo."E a operação tem que ser muito clara para o mutuário", completa, lembrando que os consumidores estão pouco acostumados a fazer financiamentos de longo prazo.
Em 2008, o crédito habitacional representava 2,1% do PIB (Produto Interno Bruto) e a previsão é atingir 4,1% ao final deste ano. Para 2014, a projeção é saltar para 11%.
O executivo reiterou nesta quarta-feira, em coletiva de imprensa para divulgar os números do setor no primeiro semestre, que já em 2013 os recursos da caderneta de poupança não serão suficientes para financiar todo o potencial de clientes.
A outra grande fonte de recursos do crédito imobiliário atualmente é o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), com taxas de juros menores --limitadas a 8,16% ao ano mais TR. A linha, no entanto, só está disponível para moradias de até R$ 170 mil e para famílias com renda até R$ 4.900 --valor que será elevado para R$ 5.400 em breve, após a publicação de portaria no "Diário Oficial da União".
Considerando as duas fontes, os financiamentos chegaram a R$ 49,9 bilhões no acumulado dos seis primeiros meses do ano, com acréscimo de 38%. Em quantidade (645 mil), a expansão foi de 30%.
9 dias atrás
Aquela sensação incômoda de que o funcionário do banco não consegue elucidar todas as dúvidas sobre crédito imobiliário pode estar com os dias contados. A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) vai começar a certificar os profissionais que atuam com produtos desse segmento.
Financiamento imobiliário com recursos da poupança bate recorde
O primeiro teste ocorre no final deste mês e será aplicado a quem trabalha em bancos, securitizadoras e companhias hipotecárias.
O universo potencial é estimado em cerca de 20 mil pessoas, mas profissionais de áreas correlatas, como corretores de imobiliárias, podem se submeter ao teste. Haverá uma prova nos centros da FGV (Fundação Getulio Vargas) em todo o país para quem lida diretamente com o consumidor final e outra para os que atuam com empresas, como construtoras, por exemplo. Nos primeiros dois anos, a adesão será voluntária. "Depois a certificação começa a ser uma exigência", afirma Luiz Antonio França, presidente da entidade.
Para o executivo, "por enquanto, não há problemas porque o mercado é pequeno, mas é preciso ter uma padronização mínima" nas informações e procedimentos, destacando a expansão do setor em ritmo acelerado nos últimos anos.
As operações de crédito imobiliário com recursos da poupança atingiram R$ 37 bilhões no primeiro semestre deste ano, registrando o melhor resultado para esse período na série histórica, iniciada em 1967, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira. Junho, por sua vez, apresentou o melhor resultado mensal da série em valor (R$ 7,78 bilhões) e em quantidade (46,5 mil imóveis). Para todo o ano, a previsão é chegar a R$ 85 bilhões e 540 mil unidades.
NECESSIDADE
França diz que a Abecip está antecipando uma necessidade porque o número de profissionais envolvidos vai continuar crescendo."E a operação tem que ser muito clara para o mutuário", completa, lembrando que os consumidores estão pouco acostumados a fazer financiamentos de longo prazo.
Em 2008, o crédito habitacional representava 2,1% do PIB (Produto Interno Bruto) e a previsão é atingir 4,1% ao final deste ano. Para 2014, a projeção é saltar para 11%.
O executivo reiterou nesta quarta-feira, em coletiva de imprensa para divulgar os números do setor no primeiro semestre, que já em 2013 os recursos da caderneta de poupança não serão suficientes para financiar todo o potencial de clientes.
A outra grande fonte de recursos do crédito imobiliário atualmente é o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), com taxas de juros menores --limitadas a 8,16% ao ano mais TR. A linha, no entanto, só está disponível para moradias de até R$ 170 mil e para famílias com renda até R$ 4.900 --valor que será elevado para R$ 5.400 em breve, após a publicação de portaria no "Diário Oficial da União".
Considerando as duas fontes, os financiamentos chegaram a R$ 49,9 bilhões no acumulado dos seis primeiros meses do ano, com acréscimo de 38%. Em quantidade (645 mil), a expansão foi de 30%.

Onde os paulistanos querem morar no Centro de SP

Diretor de incorporadora especializada diz que bairros como o Brás e a Bela Vista têm passado por uma profunda revitalização e voltaram a atrair moradores

Empreendimento da Requadra na rua Paim, no Baixo Augusta
Empreendimento da Requadra na rua Paim: revitalização do Baixo Augusta

São Paulo – Há alguns anos, o centro de São Paulo poderia ser definido como sujo, feio e decadente. Frente à insegurança e ao abandono do poder público, muitas empresas e bancos eram forçados a transferir suas sedes para áreas mais nobres da cidade. O movimento de retirada só foi estancado recentemente, com o boom imobiliário. Como o preço de morar em algumas regiões de São Paulo se tornou inacessível para boa parte da população, pessoas e empresas voltaram a olhar para o centro com o interesse. O movimento de revitalização começou pelo Baixo Augusta, uma região da Bela Vista bastante frequentada por jovens. Diversos empreendimentos imobiliários foram lançados na região nos últimos dois anos – alguns com preços já próximos a 10.000 reais o metro quadrado.

Para Marcos França, diretor comercial da Requadra, o movimento de revalorização da região central da cidade ainda está apenas no começo. A incorporadora, que lançou nove empreendimentos no centro nos últimos 12 anos, foi uma das pioneiras no Baixo Augusta e agora aposta no Brás como novo polo de lançamento de imóveis na cidade. Outras áreas com bom potencial seriam o Bixiga e a República. No depoimento a seguir, França explica em que bairros as incorporadoras veem mais potencial:

A área central de São Paulo que mais tem atraído as incorporadoras é a Bela Vista. A iniciativa da revitalização partiu do setor privado. Primeiro vieram novas casas noturnas, que encerram o período de decadência do local. Depois veio o mercado imobiliário e redescobriu a área hoje chamada de Baixo Augusta. Diversas incorporadoras fizeram lançamentos ali nas imediações do shopping Frei Caneca.

A Requadra foi pioneira na revitalização da rua Paim. Há alguns anos, ninguém queria investir naquele local. A própria imobiliária que venderia as unidades que estávamos lançando achava que éramos loucos. A rua Paim já foi uma das mais feias da região, com vários cortiços e botecos. Mas naquela época, já acreditávamos estar em curso uma transformação no Baixo Augusta.

O primeiro empreendimento que lançamos ali incluía mais de 250 apartamentos pequenos, de um ou dois dormitórios. Vendemos tudo em duas horas. No dia em que abrimos o estande, havia uma fila enorme de gente interessada. Na época, cobramos 5.000 reais o metro quadrado. Parece pouco comparado ao que se cobra hoje, mas foi mais do que suficiente para cobrir nossos custos. Com o sucesso do nosso empreendimento, a rua Paim explodiu. Hoje há sete projetos em construção ou prestes a serem lançados. Os preços ultrapassam os 7.000 reais o metro. Nós já lançamos mais um empreendimento ali e preparamos um terceiro.

A revitalização da área está só no começo. O poder público vai entregar obras importantes nos próximos anos. A inauguração de uma estação de metrô na rua Piauí, em Higienópolis, e a construção de outra estação na praça 14 Bis devem dar um impulso ainda maior para a área. Paralelamente, a própria entrega dos empreendimentos que estão sendo lançados vai contribuir para a melhoria da região. Quando as pessoas que compraram os apartamentos começarem a morar ali, é provável que surja todo um comércio voltado para a classe média-alta em imóveis que hoje são ocupados por botecos ou cortiços.

O entorno também já foi redescoberto. A Even fez um lançamento bem-sucedido na rua Bela Cintra, que é paralela à rua Augusta. Dois lançamentos foram feitos na rua Augusta recentemente: o Capital Augusta, da Esser, e o Ca’d’Oro, da Brookfield. A Cyrela fez um grande lançamento nas proximidades da rua Avanhandava, o Mood. A Trisul vendeu um empreendimento com várias torres em frente ao shopping Frei Caneca. A revitalização imobiliária do Baixo Augusta já está em curso.

Com o fim dos bons terrenos por ali, acredito que os lançamentos vão se espalhar para regiões adjacentes, como o Bixiga, a praça Roosevelt e a Vila Buarque. O problema dessas regiões é que há diversas restrições para prefeitura para novas construções. Se houver interesse do poder público em colocar essas áreas no mercado, entretanto, eu acho que vai decolar. A mesma coisa vale para a região da praça da República. Já tentamos comprar um estacionamento para fazer um lançamento ali, mas não conseguimos fechar negócio.

Também não conseguimos lançar nada na região do antigo centro financeiro da cidade, nas proximidades da BM&FBovespa. Ali é necessário fazer retrofit porque praticamente não há mais casas construídas e muito menos terrenos ociosos. É necessário comprar um prédio inteiro e reformá-lo. O problema de atuarmos nesse segmento é que é necessário um desembolso muito grande de capital para comprar um prédio, fazer uma reforma completa e depois revender as unidades. O risco é bem maior. Mas há outras incorporadoras que estão avaliando isso com interesse.
Outro problema dessa região entre o Anhangabaú e a Sé é a falta de vagas de estacionamento nos edifícios. As próprias ruas só permitem o trânsito de pedestres, trata-se de um calçadão. Não há retrofit que resolva isso. Como alugar vagas de estacionamento ali é muito caro, a gente enxerga isso como uma restrição ao mercado imobiliário. Mas acredito que uma hora a região voltará a atrair investimentos.

Assim como acredito que o projeto do governo paulista de recuperar a região que hoje é conhecida como “Cracolândia” para transformá-la em Nova Luz uma hora vai sair do papel. As incorporadoras estão olhando com muito interesse os terrenos ali. Nós não compramos nada somente porque achamos que já está caro. Em compensação, ao lado da Luz, no Brás, estamos enxergando muitas oportunidades. Há uma fartura de terrenos no bairro, que abriga lojas de comércio popular e antigas fábricas. No Brás, ainda é possível comprar um galpão abandonado de um único dono para erguer um empreendimento. É bem mais fácil fazer isso do que negociar com diversas famílias a compra de várias propriedades para depois realizar um lançamento.

A Requadra fará em breve um lançamento no Brás, com duas torres. Será um prédio de habitação de interesse social, com unidades mais populares, e outro voltado para a classe média. A região está melhorando muito. Desde que o edifício São Vito e seus cortiços foram demollidos, a vista daquela região próxima ao Mercado Municipal melhorou demais. Outras incorporadoras já perceberam isso e também já estão fazendo ou farão lançamentos no Brás em breve.

Por incrível que pareça, a Requadra nasceu como uma incorporadora com foco em locais mais afastados do centro de São Paulo, principalmente na zona leste. Há 12 anos, percebemos que o trânsito na cidade começava a inviabilizar grandes deslocamentos ao mesmo tempo em que os terrenos disponíveis estavam cada vez mais longínquos. Foi nessa época que decidimos mudar nossa área de atuação para a região central da cidade.
Em cidades como Londres ou Paris, o centro sempre foi uma das áreas mais valorizadas. Não víamos porque a mesma coisa não poderia acontecer em São Paulo. Há muita gente que trabalha ali, e as pessoas querem morar próximas ao escritório. A infraestrutura de ruas, cabos subterrâneos de energia e internet, hospitais, transporte, saneamento e escolas é excelente. Muita coisa que falta aos bairros da periferia sobra no Centro. Foi isso que atraiu nossa atenção.

Na época, praticamente não havia outras incorporadoras disputando terrenos conosco – o que já não é mais verdade hoje em dia. Nosso trabalho era convencer vários moradores a nos vender suas casas para que pudéssemos erguer um prédio na região. Fizemos lançamentos na Liberdade, no Arouche e em Santa Cecília. Hoje não falta capital para as empresas do setor imobiliário. O que falta são bons terrenos, a preços razoáveis, em áreas em que a prefeitura não imponha muitas restrições para construir.

Investidores miram 'ativo real' com repique da crise

07/08/2011
DE SÃO PAULO
Hoje na Folha
Esta semana, pós-rebaixamento da nota de crédito dos EUA, vai ser crucial para indicar se os chamados "ativos reais", como imóveis, terras agrícolas e barras de ouro, vão roubar a preferência dos investidores em detrimento do mercado financeiro, informa Carolina Matos em reportagem na Folha deste domingo.
A íntegra do texto está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Em momentos de ruptura, os bens palpáveis voltam a ser atrativos, como forma de proteção dos recursos. São aplicações que, se por um lado, não oferecem a possibilidade de ganhos tão rápidos e tão altos como a Bolsa, por outro, correm bem menos risco de "derreter" em valor do dia para a noite.
Foi nessa velocidade que, na sexta-feira passada, a dívida soberana dos EUA perdeu a nota AAA (a melhor da escala), que mantinha havia 70 anos na avaliação da agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's).
Os próximos dias vão revelar se a mudança será considerada, nos mercados, uma ruptura da relevância da quebra do Lehman Brothers, então um dos principais bancos de investimento norte-americanos, em setembro de 2008. Ou se será vista como coroação de um processo iniciado com as discussões sobre o limite de endividamento dos EUA -que levou os investidores a se dar conta de que a economia norte-americana não vai ter força para se expandir nem em ritmo lento.
Leia mais na Folha deste domingo, que já está nas bancas.

O corretor de imóveis e a habilidade de pergunta

Você já parou pra se perguntar qual a qualidade, a abrangência e o impacto de suas perguntas.
As perguntas são decisivas na hora de negociar um imóvel ou qualquer outro produto, por isso você deve planejar o que deseja saber do seu cliente e treinar possíveis respostas e caso não esteja seguro do que deve questionar faça perguntas a seus colegas de trabalho ou pessoas ligadas a área
Preceda o dialogo de uma conversa interessante e motive o cliente a falar sobre o que espera de seu produto ex: As obras do metro vão demorar um pouco para serem concluídas porem após a conclusão das obras seu imóvel ira se valorizar em cerca de 30% o que será um excelente retorno de investimento.o que o Sr acha?, Explore o que o cliente falou e se aprofunde nas perguntas levando o cliente a se abrir
Preste muita atenção no perfil do cliente e antes de começar a negociar procure usar um tom de voz agradável ao cliente ex: se o cliente falar baixo e você começar a falar muito alto o cliente ira tomar uma posição defensiva o que ira dificultar a negociação.
Alem de saber o que vai perguntar você deve conhecer bem o seu produto, pois assim o cliente vai sentir confiança no que você diz, Então antes de ir atender o cliente busque estudar o produto e imaginar quais perguntas você faria se fosse o cliente, procure fazer perguntas abertas do tipo que permitem explicações evite perguntas fechadas das quais o cliente sempre respondera sim ou não.
Preste atenção não apenas no que você pergunta, mas em como pergunta.
Autor: Rony de lima Meneses,
Responsável pelo Blog Marketing e Publicidade Imobiliária
Veja mais em: www.publicidadeimobiliaria.com

67% dos brasileiros têm renda para comprar um imóvel, diz associação

10/08/2011   

O percentual deve aumentar por conta de mais dois milhões de moradias previstas na segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida até 2014

Imóveis no Rio de Janeiro
Para 2011, a Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário no Rio de Janeiro projeta R$ 115 bi em crédito habitacional
Nacional - Nos últimos cinco anos, a abrangência do mercado imobiliário brasileiro passou de 10% para 67% da população, percentual que deve aumentar por conta de mais dois milhões de moradias previstas na segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida até 2014, com foco nas faixas de zero a três salários mínimos.
O dado consta de pesquisa encomendada pela Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário no Rio de Janeiro (Ademi-RJ), a qual, além de dados da entidade, colheu informações junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Getúlio Vargas (FGVB) e os bancos comerciais.
Enquanto, em 2005 – destaca a pesquisa, a renda mensal básica para a compra de um imóvel era de R$ 4,5 mil, com a implantação do Minha Casa, Minha Vida, em 2009, caiu para R$ 1,4 mil, “incluindo 35,7 milhões de famílias na possibilidade de adquirir a casa própria”.
Crescimento do mercado imobiliário no Rio de Janeiro – Para efeito de projetar o mercado, a pesquisa menciona o crescimento de 30% no mercado imobiliário do Rio de Janeiro em 2010. Naquele ano, mais de 19 mil unidades foram lançadas, somente na capital; e ofertados outros 29 mil novos imóveis na Região Metropolitana (RMRJ), incluindo Niterói, São Gonçalo e a Baixada Fluminense.
O Presidente da Ademi-RJ, José Conde Caldas, acredita que em 2011 o número de lançamentos ocorridos no ano anterior deve ser facilmente ultrapassado. “Só no primeiro semestre de 2011 foram lançadas dez mil unidades na cidade do Rio de Janeiro. Acredito que chegaremos a mais de 25 mil novas unidades até o final do ano, somente na capital”, afirma Caldas.
Ainda de acordo com a pesquisa, entre 2009 e 2010 foi registrado um aumento de 25% no Valor Geral de Vendas (VGV) das unidades lançadas na cidade do Rio de Janeiro (em 2009, R$ 3,6 bilhões; em 2010, R$ 4,5 bilhões).
Somando as unidades lançadas na Região Metropolitana, o VGV de 2009 chegou a R$ 5,4 bilhões, e superou os R$ 6,6 bilhões em 2010. No primeiro semestre de 2011, o mercado imobiliário carioca movimentou R$ 2,4 bilhões, e outros R$ 3,3 bilhões na Região Metropolitana, com crescimentos de 62% e 32% sobre o primeiro semestre de 2010, respectivamente, assinala a pesquisa.
Com base no crescimento do setor em 2010, quando os financiamentos imobiliários alcançaram R$ 83,1 bilhões, contra R$ 49,6 bilhões em 2009, a pesquisa da Ademi-RJ projeta que, em âmbito nacional, o mercado imobiliário fechará 2011 com R$ 115 bilhões em crédito concedido para produção e compra de imóveis.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Como fazer da objeção a arma mais poderosa de fechar negócios.

Quando um cliente apresenta objeções na compra, não entre em pânico, pois ele está apenas procurando por mais informações. Aproveite a oportunidade para escutar, ele irá dizer exatamente o que quer e o que precisa. Responda as questões levantadas com afirmações e não indagações. Se você conseguir demonstrar que é capaz de suprir as necessidades de seu cliente, com certeza será capaz de fechar a venda.

É natural responderermos a objeções de forma defensiva. No entanto, em se tratando de vendas, as objeções devem ser respondidas de forma clara e objetiva. É através da resposta aos questionamentos que criamos oportunidades para seguirmos rumo ao fechamento do negócio.

Mas, é possível preparar-se para esses questionamentos? Sim, um bom vendedor deve, sempre, estar preparado para ser questionado e pronto para responder às expectativas de seu cliente. Antes de uma visita, prepare-se analisando questões simples mais que podem ser a chave para o sucesso da negociação:

1. Qual é a necessidade do cliente, o que ele realmente presica?

2. Tenho o produto que atende suas expectativas?

3. Qual a capacidade financeira desse cliente?

4. Mais alguém influencia na decisão?

5. A motivação e o desejo são suficientes para fechar o negócio?

6. Existem outros pontos que influenciam na negociação?

Essas e outras perguntas o ajudarão a levantar os pontos que podem levar ao sucesso ou não da sua negociação. Saber o perfil do cliente, suas expectativas, selecionar o produto ideal ajudam a determinar se vale a pena seguir a diante, ou sair para começar tudo de novo com um novo cliente.

Quanto mais inseguro e indeciso o cliente, maiores as objeções. Leve em consideração que, por exemplo, algumas pessoas são menos otimistas e outras mais cautelosas. Pessoas com este tipo de personalidades tendem a apresentar mais objeções. Para então transformar a objeção em pontos de venda, lembre-se sempre da teoria dos dois Cs, Comunicação e Confiança. Todo vendedor deve avaliar as suas habilidades de comunicação verbal, vocal e visual. Comunicação verbal são as palavras e frases utilizadas para se comunicar com o cliente, por tanto cautela na escolha das palavras. Mas palavras contam apenas 7% de nossa comunicação, assim mais importante do que verbalizar, é vocalizar.

Vocalização é o tom e o tempo que você verbaliza e representa 38% da nossa comunicação. Já o visual conta com 55% da comunicação. O que o seu cliente vê quando você está falando. A sua linguagem corporal transmite o valor do seu serviço. Se você está confiante, você vai transmitir confiabilidade aos seus cliente.

Quando a sua confiança cresce, a sua competência cresce junto. Se o seu cliente percebe que você está preparado para enfrentar objeções, as mesmas tendem a diminuir. Antecipe as necessidades de seus clientes, prepare-se para ouvir. Assim você pode direcionar a sua venda e responder as objeções antes mesmo delas surgirem. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Corretor de imóveis Algumas expressões favoráveis ao seu negócio


Algumas palavras criam associações e adquirem um sentido conotativo que podem pesar de maneira positiva ou negativa em uma negociação.
Abaixo algumas que podem ajudar na hora de negociar com seu cliente, Cada cliente tem um perfil diferente portanto é essencial analisar previamente o cliente.
Expressões Favoráveis
Credibilidade
Na minha opinião a credibilidade é um fator muito importante nas negociações, o corretor deve falar a respeito da credibilidade e apresentar todas as referências comprobatórias, mas sempre usar informações verdadeiras, Lembre-se a confiança é essencial.
Garantias
Nessa expressão a confiança também é essencial , pois as garantias são fundamentais para o cliente fechar o negócios pois a compra de um imóvel pode mudar completamente a vida do cliente e sua família, então análise todas as garantias do seu imóvel ou empreendimento.
Clientes Satisfeitos
Muitos cliente não gostam de correr riscos, por isso a fama da empresa é de extrema importância seja uma pequena imobiliária ou uma grande incorporadora, lembre-sede falar do tempo que a empresa atua dos imóveis vendidos e dos clientes satisfeitos.
Expressões Desfavoráveis
Essas expressões podem causar um efeito negativo na negociação
Custos
Quanto uma pessoa vai comprar um imóvel a ultima palavra que ela quer ouvir é custos. Procure usar a palavra investimento.
Preço
Evite pronunciar essa palavra. Procure falar em valor ou de um “investimento”ou “ montante”. Isso fará com que o cliente não pense muito em números e passe a analisar o investimento.
Demonstração
A palavra “Demonstração” tem fortes conotações políticas , procure usar o termo “ Apresentação”
Contrato
Procure usar o termo “Acordo”, pois da um tom mais pessoal.
Compromisso
Quem quer assumir um compromisso? Evite essa palavra pois da um tom de definitivo.
Lembrando que é essencial analisar previamente o cliente.

Autor: Rony de lima Meneses,
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