segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Obras envolvidas em fraude são liberadas

Kassab manda reemitir alvarás de 27 obras paralisadas em escândalo que causou rombo de R$ 50,5 milhões

Construtoras terão de pagar dívida antes de reiniciar construção; 11 prédios mantém obras por decisão judicial


EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO


A Prefeitura de São Paulo vai liberar as obras dos prédios envolvidos em uma fraude de R$ 50,5 milhões aos cofres municipais.
Do total de 42 edifícios citados, 27 estão com suas obras paralisadas após a prefeitura suspender os alvarás.
Outros 11 prédios também estão com os alvarás suspensos, mas as obras já haviam sido retomadas após liminares judiciais. E quatro edifícios já estão prontos.
O prefeito Gilberto Kassab (PSD) determinou às secretarias das Subprefeituras, Finanças e Habitação que verifiquem a situação de cada uma das construções e liberem os alvarás para que as obras sejam retomadas.
Para isso, no entanto, o processo não pode ter nenhuma outra irregularidade. E as construtoras responsáveis terá de depositar na conta da prefeitura o valor devido.
Não há prazo para a liberação dos alvarás, mas isso deve ocorrer até a próxima semana, assim que a Secretaria de Finanças identificar os pagamentos das dívidas.

FRAUDE
A fraude ocorreu entre 2007 e abril deste ano. As empreiteiras apresentaram à prefeitura guias de pagamento da outorga onerosa -taxa exigida para a liberação de construção de prédios altos- com a autenticação mecânica bancária falsificada.
A fraude foi descoberta em junho deste ano. A investigação foi feita pela Corregedoria Geral do Município com apoio do Ministério Público e da Polícia Civil.
No total, 20 pessoas -entre donos e diretores de construtoras, arquitetos, despachantes e consultores- foram denunciadas à Justiça. Nove foram presos, mas parte deles já obteve liberdade.
As construtoras se dizem vítimas do esquema. Elas afirmam que terceirizaram o pagamento da outorga e que foram informadas por seus consultores de que a quitação poderia ser feita com precatórios da prefeitura. Por isso, pagariam menos do que a taxa cobrada.
Para retomar as obras, as próprias construtoras se ofereceram para quitar o valor devido, que nunca entrou nas contas da prefeitura. As cinco empreiteiras que conseguiram liminar quitaram a dívida por ordem judicial antes de recomeçar as construções.
Na lista dos prédios envolvidos no esquema há 28 empreendimentos residenciais -1.629 apartamentos-, 13 comerciais e um hospital.
Estão paralisadas as obras de 1.035 apartamentos, inclusive em prédios de luxo, com unidades à venda por até R$ 6 milhões. A maioria dos prédios fica na zona leste -Tatuapé e Anália Franco-, onde a fraude começou, mas há prédios também na Bela Vista, Vila Mariana e Itaim Bibi.


O ESTADO DE S. PAULO
09/10/11

Varandas para todos os gostos

O ESTADO DE S. PAULO
09/10/11

Eva Wilma, a porta-voz do Itaim

ADRIANA FERRAZ - O Estado de S.Paulo
Foi em uma festa pequena, no teatro do bairro, que uma das mais ilustres moradoras do Itaim-Bibi, na zona sul, ganhou o título de cidadã ithayense. Apesar de acostumada a homenagens, Eva Wilma foi surpreendida pelo prêmio na segunda-feira passada. Aos 77 anos, a atriz paulistana descobre novos palcos e encarna novos personagens para defender o quarteirão em disputa na frente de sua casa. A Prefeitura quer trocar a área, avaliada em mais de R$ 200 milhões, por creches.
Dona Eva, como é conhecida pelos vizinhos, ou Vivinha, como é carinhosamente chamada por parentes, faz campanha contra o projeto. Para combatê-lo, revive seus tempos de militante política, cujo auge ocorreu na campanha das Diretas Já, em meados dos anos 1980. Hoje, representa a voz do bairro. E, em alto som, reivindica a permanência do espaço em reuniões, audiências públicas e até passeatas.
Após a homenagem, realizada durante a comemoração dos 77 anos do Itaim-Bibi, a atriz subiu ao palco do Teatro Municipal Décio de Almeida Prado - um dos oito equipamentos sociais instalados no quarteirão, entre escolas e postos de saúde- e pediu a cerca de 200 pessoas que não desistam da batalha. Da plateia, recebeu aplausos do filho caçula e dos netos, acostumados ao espaço.
"Há 31 anos ouço as mais de 2 mil crianças que estudam na escola municipal cantarem as duas estrofes do Hino Nacional logo de manhã. O barulho delas no recreio, na aula de ginástica e na sala de aula é um bálsamo", diz a moradora, que nasceu ali perto, nos Jardins.
Quando se mudou para a Rua Cojuba, uma das vias que formam o quarteirão, só havia o prédio de oito andares onde mora. "Podia até enxergar o pôr do sol. Mas todas as casas foram derrubadas e trocadas por espigões. O quarteirão que sobrou é um respiro, um verdadeiro oásis."
Eva afirma que sua luta é pelo direito à qualidade de vida. "Não defendo só o teatro ou a biblioteca, mas as escolas, o posto de saúde onde vou todo ano tomar a vacina contra a gripe, a unidade da Apae, a creche da igreja. É uma questão de humanidade", diz a atriz, que vive uma relação de amor com a região. É no Empório Itaim que compra o pão de manhã, no Shopping Iguatemi que faz compras e nos restaurantes da região que experimenta as delícias da cidade.
Tia Íris. Atualmente, Eva divide-se entre São Paulo e Rio. Ela começou a gravar a novela Fina Estampa, da Rede Globo, na pele da Tia Íris, que promete revolucionar a trama. Mas a ponte aérea não a impede de cumprir sua função. Na última segunda, por exemplo, pegou o avião só para participar da festa de aniversário do bairro.
Entre tantos personagens, este é, na sua opinião, um dos mais importantes. "É o exercício da cidadania. Tenho consciência de que a popularidade está acompanhada de responsabilidade. A gente não pode deixar os governantes fazerem o que querem."
Nos eventos realizados contra a venda do terreno, ela é sempre o centro das atenções. Vizinhos comemoram o apoio e a presença da atriz e ex-bailarina clássica tantas vezes premiada. Ainda na adolescência, foi aplaudida em apresentações no Teatro Municipal, um de seus locais preferidos na capital.
Eva caiu nas graças do público nos anos 1950 e 1960, quando a extinta TV Tupi apresentou a série Alô Doçura. Foi nesse trabalho que conheceu o ator John Herbert, com quem formou o casal mais famoso da TV na época e teve dois filhos: Johnnie e Vivien. A união terminou em 1976. Mas a diva refez a vida com o também ator Carlos Zara, morto em 2002. Foi com ele que, por 25 anos, ela passeou pelas ruas do Itaim, acompanhando a transformação da vizinhança. Herbert faleceu em janeiro deste ano.
Em 58 anos de carreira, a lista de sucessos é extensa: inclui as gêmeas Ruth e Raquel, da primeira versão de Mulheres de Areia, em 1973, a vilã cômica Maria Altiva Pedreira Mendonça de Albuquerque, de A Indomada, em 1997, e outras tantas personagens do teatro, como a Querida Mamãe, encenada entre 1994 e 1996, pela qual recebeu o prêmio Molière de melhor atriz.
Coração. Amigo e companheiro de luta, o frei Paulo Gollarte, de 79 anos, afirma que a voz de Eva ecoa para além do bairro. "Por ser uma artista reconhecida, chama a atenção para a nossa causa. E faz isso de coração, sempre que não está se apresentando ou gravando no Rio."
A amizade entre os dois é antiga. Desde que se mudou, Eva participa da missa na Paróquia Santa Teresa de Jesus, a menos de um quilômetro de seu apartamento, sempre às 11h de domingo. Mas quando chegou ao bairro, a atriz não imaginava que um dia teria de exercer outro papel. "Sou otimista. Acredito nas lutas populares. A Prefeitura pode fazer creches em outros lugares. Sem o quarteirão, vamos respirar muito mal."
Atriz global revive papel de militante política ao defender, em nome do bairro, a permanência do quarteirão da cultura
O ESTADO DE S. PAULO
0810/11

Sem obra até 2014, Pompeia ganha praça antienchente

Para associação de bairro, área verde vai 'segurar um pouco' as águas das chuvas, até que galerias antigas sejam trocadas

07 de outubro de 2011 | 22h 45

Diego Zanchetta e Rodrigo Burgarelli - O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Enquanto não recebe um pacote de obras contra alagamentos - que será concluído só em 2014 -, o bairro da Pompeia, na zona oeste de São Paulo, vai ganhar uma praça antienchente. A área verde de 14 mil metros quadrados será construída entre os shoppings Bourbon e West Plaza, do lado da Rua Turiaçu, em um ponto da região que sempre enche de água durante os temporais.

Filipe Araujo/AEDez sobradinhos, um prédio de três andares e um posto de gasolina serão desapropriados

Dez sobradinhos, um prédio de três andares e um posto de gasolina da Avenida Francisco Matarazzo foram desapropriados pela Prefeitura. As obras de demolição começaram na quinta-feira, e a praça deve ficar pronta no início de 2012. "Esse é o ponto do bairro que mais alaga. A área verde vai ajudar a reter a água", afirma o subprefeito da Lapa, Carlos Fernandes.

Um pouco menor do que a Praça Buenos Aires, de Higienópolis (23 mil m²), a praça será um respiro no meio do concreto de dois shoppings e da futura arena do Palmeiras, que terá capacidade para 46 mil pessoas. Até o fim de 2008, a previsão era de que nesse mesmo espaço desapropriado fosse construído um piscinão. Mas a Prefeitura e os moradores avaliaram que a obra teria impacto negativo para o bairro e não resolveria o problema das enchentes a longo prazo.

"Até ser construída toda obra de drenagem, essa praça vai ser bem útil para ‘segurar’ um pouco a água das chuvas. Queremos em breve fazer um Memorial da Pompeia nessa praça", disse Maria Antonieta Lima e Silva, presidente da Associação de Moradores da Vila Pompeia.

Solução. A licitação para a troca das galerias antigas dos Córregos Água Preta e Sumaré, orçada em R$ 90 milhões, deve ficar pronta no próximo ano, mas as obras serão concluídas só no fim de 2014. A intervenção foi apontada como a solução definitiva para os alagamentos.

Um estudo que custou R$ 4,7 milhões à Prefeitura apontou que uma nova galeria subterrânea poderá reduzir a força das águas do Água Preta, córrego que nasce em uma altitude de 75 metros em comparação à Pompeia, na Vila Madalena, perto da Rua Cerro Corá. Seu trajeto descendente pelo meio da Pompeia e de Perdizes, em canos construídos na década de 1960, faz a água adquirir forte pressão até o início de seu trajeto plano, que começa no cruzamento da Rua Turiaçu com a Avenida Antártica, na Praça Marrey Júnior. As tubulações antigas serão reformadas e vão ficar paralelas às novas.

"Toda a drenagem da Pompeia foi elencada como uma das prioridades dentro do orçamento de 2012. As obras já devem começar no ano que vem", afirma o secretário municipal de Planejamento, Rubens Chammas.

Demolição. A maioria das casas desapropriadas está vazia e lacrada com barreiras. Três estão ocupadas. Uma delas é a oficina e a casa do mecânico conhecido como seu Jarbas. Ele não quis dar entrevista - falou só que está sendo expulso contra sua vontade.

Ao lado da oficina há uma casa dividida em dois apartamentos, ainda com inquilinos. Mais adiante, um galpão cheio de móveis antigos está sendo esvaziado pela responsável, que não quis se identificar. "Vamos retirar tudo e levá-los para centros de doação ou para novos compradores." A imissão de posse da Prefeitura dos três imóveis deve acontecer na segunda-feira.

EXAME.COM

09/10/11

Lançado o prédio mais alto de Alphaville

O Air Offices tem 125 metros de altura e é voltado a pequenos investidores e profissionais liberais

São Paulo – O prédio mais alto de Alphaville será lançado oficialmente neste mês. Com 125 metros de altura e 40 pavimentos, o Air Offices é um empreendimento imobiliário de salinhas comerciais que tem como principais potenciais compradores os profissionais liberais da região e pequenos investidores paulistas.
O projeto buscou aproveitar os atrativos proporcionados pela altura. Segundo o paisagista Benedito Abbud, da cobertura do edifício será possível enxergar a avenida Paulista e a serra do Japi, em Jundiaí. Todo o último andar foi batizado de “pavimento de descompressão” e incluirá spa, academia, restaurante, café e lojas.
Os pequenos escritórios serão vendidos por cerca de 7.500 reais o m². Para Vitorio Panicucci, sócio da Clavi Incorporações, responsável pelo projeto, muitos investidores estão ressabiados com os preços dos lançamentos recentes em bairros nobres de São Paulo, como o Itaim e a Vila Olímpia, e consideram Alphaviile uma alternativa para pagar menos por imóveis e correr menos riscos.
O preço inferior para a aquisição de terrenos e as leis de zoneamento mais tolerantes são os principais fatores que explicam os valores mais baixos dos imóveis em Alphaville. Na região, uma incorporadora pode construir até oito vezes a área do terreno. Já em São Paulo, esse limite cai para quatro vezes e, ainda assim, é necessário desembolsar muito dinheiro para atender todas as obrigações com a prefeitura.
Do ponto de vista do investidor, Alphaville pode ser interessante. Com incentivos fiscais para empresas e aluguéis mais baixos, a região tem se consolidado nos últimos anos como uma importante área de atração de escritórios.
Quem estiver interessado em investir na região, no entanto, deve estar atento ao grande número de empreendimentos imobiliários que devem ser entregues nos próximos anos em Alphaville. Súbitos aumentos de oferta sempre tendem a aumentar as taxas de vacância. E quando não há demanda suficiente por imóveis por períodos prolongados de tempo, geralmente os preços de locação caem.

EXAME.COM

Site faz queima de estoque de imóveis

Unidades que há tempos buscam um comprador podem ser adquiridas com descontos que chegam a 30% sobre o valor de tabela


São Paulo – Quem acha inviável comprar um imóvel com os preços atualmente praticados no mercado ganhou uma opção para encaixar o sonho de consumo no bolso. Lançado há quatro meses, o site Promoimóveis promete vender casas, apartamentos ou salas comerciais com descontos de até 30%. Mágica? Longe disso. O site funciona como uma espécie de “outlet virtual” e vende imóveis que estão encalhados no estoque das incorporadoras há um ano ou mais.
Luiz Turano, diretor da Promoimóveis, explica que os imóveis colocados à venda no site fazem parte de empreendimentos que foram quase 100% comercializados. Uma ou outra unidade, entretanto, acabou encalhando no estoque – e não vale a pena para a incorporadora fazer um esforço de marketing para vendê-la.
Ele afirma que geralmente os imóveis não encontraram um comprador por detalhes. Apartamentos em andares baixos, por exemplo, costumam ser evitados em determinadas ruas. Também não é incomum que coberturas em empreendimentos de classe média acabem encalhando. No Rio de Janeiro, apartamentos que pegam sol na parte da tarde também são evitados porque o calor na área interna pode ser excessivo durante o verão.
Muitos imóveis também podem ter ficado no estoque por algum erro estratégico da própria incorporadora. A empresa pode ter colocado a unidade à venda por um valor fora do patamar de mercado ou então fez um lançamento em um bairro onde posteriormente houve uma superoferta de imóveis, entre outras possibilidades.
Nos primeiros quatro meses de vida, o site comercializou 16 imóveis com descontos de até 30%, mas que, em geral, ficam em torno de 10%. “Com a recente valorização dos imóveis, o consumidor ficou muito sensível a preço”, diz Turano. “Qualquer desconto de 10% que o site ofereça já costuma ser suficiente para o cliente comprar um carro.”
Atualmente, um dos principais destaques do site é um apartamento de 67 metros quadrados na Vila Madalena, em São Paulo, que estaria com 172.000 reais de desconto. O imóvel custa 648.000 reais, ou 9.670 reais por metro quadrado. Não chega a ser barato mesmo levando em consideração a ótima localização. “Mas os descontos são reais. O preço de tabela desse imóvel é bem mais alto”, diz Turano.
Ele explica que a incorporadora concorda em oferecer o desconto por dois motivos. O primeiro deles é que, assim como em sites de compras coletivas, a unidade muitas vezes é utilizada como isca para chamar a atenção de quem está à procura de um imóvel. “O incorporadora pode ter 10 unidades ainda à venda e dá desconto em só uma para trazer gente para seu estande de vendas.”
O principal motivo para os descontos, entretanto, é que as grandes imobiliárias que atuam no Rio de Janeiro e em São Paulo, como a Lopes ou a Fernandez Mera, são especializadas na venda de imóveis em lançamento. É nesse período que quase todos os negócios são fechados. É quando, portanto, se justifica a montagem de uma forte estrutura de marketing, que inclui um apartamento decorado belíssimo, a publicação de anúncios publicitários às vezes até em televisão e a inclusão de uma tropa corretores no plantão de vendas.
Passada a euforia dos primeiros meses, o movimento nos estandes tende a diminuir, e a imobiliária já quer mobilizar a equipe de corretores para o próximo lançamento. Os imóveis que sobraram costumam então ser colocados à venda pelas imobiliárias controladas pelas próprias incorporadoras, que são especializadas em vendas avulsas. Mesmo nesse caso, não vale a pena fazer um grande esforço de marketing para comercializar uma ou outra unidade. É aí que entra a Promoimóveis.

MATÉRIAS DE INTERESSE
VALOR ECONÔMICO

Site vai discutir direitos de minoritários e governança

Daniele Camba | De São Paulo

A partir de agora, os acionistas minoritários terão onde manifestar suas opiniões e insatisfações. Na quinta-feira, estreou o site Transparência e Governança (www.transparenciaegovernanca.com.br), criado por Claudio Andrade e Marcos Duarte, sócios da Polo Capital, uma gestora de recursos de terceiros conhecida pelo seu ativismo junto às companhias abertas em questões polêmicas de relacionamento entre controladores e minoritários.

A Polo é bastante conhecida no mercado pelo seu embate com os controladores do Grupo Oi. Mas Andrade garante que o site não será um espaço reservado para a asset carioca falar de suas disputas, exclusivamente. "Esse será um espaço para debatermos a governança corporativa do mercado de capitais e não para as ideias e os interesses particulares da Polo e de seus investidores", diz Andrade.

Nesta fase inicial, o site tratará de leis e regulamentos sobre o mercado, casos recentes e importantes de disputa entre minoritários e controladores, além de discussões mais teóricas sobre questões polêmicas como fusões, incorporações, reorganizações societárias, entre outras. Também há espaço para comentários. "O site será absolutamente democrático, qualquer um poderá colocar suas opiniões, inclusive, os controladores que estiverem sendo alvo de questionamentos", afirma o sócio da Polo.

Segundo Andrade, a seleção do conteúdo será feita por um comitê formado principalmente por investidores, mas dos mais diversos perfis, e não apenas os ativistas, como são conhecidos aqueles com a mesma estratégia de atuação da Polo. O sócio da asset prefere não adiantar quem irá compor o comitê, uma vez que as pessoas ainda estão sendo convidadas.

O formato do site ainda está sendo definido. Uma das ideias é que haja uma seção para discussões ao vivo com convidados e um moderador, numa espécie de programa de auditório, podendo ter ainda a participação do público com perguntas e comentários. "Convidaremos profissionais e especialistas das mais diversas áreas do mercado de capitais para debater as principais questões do momento", diz Andrade.

Ele lembra que no Brasil ainda não existia um site nesses moldes, abordando as relações entre minoritários e controladores. Já internacionalmente, há um site parecido na Holanda, também criado por um investidor, mas com o objetivo de ser o canal de comunicação entre todos os investidores e as companhias abertas.

A Polo Capital foi fundada por Claudio Andrade e Marcos Duarte em 2002 e tem hoje sob gestão R$ 2,7 bilhões, distribuídos em oito fundos de investimentos, como consta no próprio site da asset carioca.

FOLHA DE S. PAULO

Burocracia emperra adoção de áreas verdes



Processo pode levar mais de um ano

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

Enquanto praças e canteiros seguem sujos e cheios de mato, empresas interessadas em conservar praças esperam até um ano e meio pela autorização da prefeitura. Há mais de 400 pedidos no município.
Em troca da conservação, o patrocinador pode colocar uma placa na área escolhida.
Lançado em 2003, o programa de adoção de áreas verdes chegou a mil adesões.
Em janeiro de 2007, poucos dias depois da entrada em vigor da Lei Cidade Limpa, a prefeitura relançou o programa como oportunidade para empresas fazerem publicidade em áreas externas.
Mas quem quer adotar reclama justamente de maior demora depois da Lei.
Hoje, em vez de mil áreas adotadas, o número caiu para 700. Há ao menos 4.400 áreas adotáveis na cidade.
"Demora muito. É o fim da picada a iniciativa privada querer ajudar e não conseguir", diz Caia Marrey, da Associação Amigos da Cidade Jardim, bairro da zona oeste.
A entidade diz que tenta adotar duas praças na avenida Lineu de Paula Machado, além do canteiro central da avenida. Os pedidos foram protocolados em maio do ano passado, mas só em setembro o primeiro foi autorizado.
Ana Paula Dias, da Farah Service, empresa que assessora interessados na adoção e executa os serviços de manutenção, diz que vários clientes já desistiram devido à demora. "Depois da Lei Cidade Limpa, o número de adoções caiu pela metade".
Ela estima que a média de espera é de quatro meses, mas que muitos projetos demoram quase um ano. "Antes da lei, levava só um mês".
Regina Monteiro, diretora de paisagem urbana da prefeitura, diz que há propostas que retornam para a empresa para complementação, por isso algumas autorizações demoram mais. Segundo ela, os processos demoram em média de dois a três meses.
O ESTADO DE S.PAULO
09/10/11

Como a ocupação do Tietê cuasou a contaminação do shopping

O ESTADO DE S. PAULO
09/10/11

SP debate adoção de telhados brancos

AFRA BALAZINA - O Estado de S.Paulo
Qual é a efetividade de pintar todos os telhados de branco na capital paulista para reduzir o aquecimento global e as ilhas de calor? Especialistas tentarão responder a essa pergunta amanhã, em um debate na Câmara Municipal sobre o Projeto de Lei do Telhado Branco, de autoria do vereador Antonio Goulart (PMDB).
O texto, que obriga os paulistanos a pintarem os telhados de branco em um prazo de 180 dias, recebeu parecer favorável das comissões técnicas e foi aprovado em primeira votação em novembro do ano passado.
Mas o próprio vereador Goulart admite que a proposta está defasada e, por isso, chamou especialistas para debater o assunto e melhorar o texto antes de colocá-lo novamente em discussão. O projeto foi inspirado na campanha One Degree Less (Um Grau a Menos), da Green Building Council Brasil (GBC Brasil).
No ano passado, o movimento contou com a participação de várias personalidades, que concordaram em pintar a mão de branco para uma foto.
De acordo com a campanha da GBC Brasil, a compensação gerada pelo esfriamento das superfícies urbanas possibilitaria um atraso importante nos efeitos das mudanças climáticas, período em que poderiam ser pensadas e desenvolvidas outras medidas para combater o aquecimento global.
Para Goulart, uma das alterações necessárias ao projeto é trocar o termo "telhados brancos" por "telhados frios", o que dá mais opções aos moradores. "Estou totalmente aberto ao diálogo, quero colher mais dados. Meu objetivo é melhorar a qualidade de vida da população."
Mas, para o vereador, está claro o benefício de pintar as superfícies de branco. "Se colocamos um piso perto da piscina que não seja branco, não conseguimos pisar nele sem chinelo."
Apesar de sua campanha ter servido de inspiração para a proposta, a GBC Brasil afirma não ter oferecido suporte prévio ao vereador. "Não fomos contactados", conta Felipe Faria, gerente de relações institucionais e governamentais da GBC Brasil.
Para ele, há várias alternativas para evitar o aquecimento prejudicial nas cidades: usar telhados verdes (com grama plantada, por exemplo), telhas metálicas claras (que tenham potencial de reflexão) e tintas não brancas com pigmentações especiais.
"A campanha focou no telhado branco porque era a linguagem mais simples e a solução mais rápida. Mas não tem necessariamente um resultado duradouro. Nunca imaginamos que a campanha influenciaria tão rapidamente as políticas públicas", diz o gerente do GBC.
O site da campanha One Degree Less na internet (www.onedegreeless.org) recebe o patrocínio da empresa de tintas Sherwin Willians e da Dow, que deu suporte tecnológico para a Hidronorth produzir um revestimento chamado de Ecco Telhado Branco.
Para Faria, a entidade faz lobby, mas do bem. "Fazemos lobby das soluções que podem tornar as construções mais sustentáveis", ressalta.
Obrigação. A GBC Brasil defende que o governo dê incentivos a quem aderir aos telhados frios. Com relação à obrigatoriedade, a entidade diz que poderia ser pensada para novas construções e locais com grande área de telhado, como galpões, supermercados e shoppings.
No mês passado, foi realizado no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP um evento com palestrantes contrários à lei dos telhados brancos. Um dos expositores foi Ricardo Felício, professor de climatologia do departamento de Geografia da USP.
Para o meteorologista, a população perde em diversos aspectos com a aprovação do projeto. "Na escala local, não resolverá nada do conforto interno das habitações e vai gerar um gasto desnecessário de uso de água, recursos financeiros para pintura, recursos humanos para atividades de manutenção e aplicação. Só há ônus para a sociedade e nenhum ganho ambiental de fato."
"Curiosamente, o único ganho será das empresas e ONGs engajadas na proposta e da Prefeitura, que poderá angariar fundos exorbitantes em multas", completa ele.
Felício avalia que, após o debate, o projeto será abandonado. "Acredito que o autor e os seus colegas desistirão de levar o projeto adiante quando forem colocados todos os argumentos que demonstram que o projeto não tem base científica, não trará benefícios para o ambiente nem para o planeta e seu valor real, para a sociedade paulistana, é um completo equívoco", diz.
Custo. Goulart discorda do argumento de que o custo é um problema. "Esse argumento é frágil. Todo mundo fala que os alimentos orgânicos são caros, mas é porque o consumo é pequeno."
'É perfeitamente aplicável', afirma físico iraniano
O físico iraniano Hashem Akbari, professor da Concordia University em Montreal (Canadá), estuda a questão dos telhados brancos e será um dos especialistas a participar do debate na Câmara amanhã. Há pouco mais de um mês, ele falou ao Estado.
Em sua opinião, a ação é "perfeitamente aplicável" numa metrópole como São Paulo. "Qualquer telhado tem de ser reformado a cada 10 ou 20 anos, porque se deteriora, seja plano ou inclinado. É aí que o cidadão vai trocar a cor do seu telhado. Sem custo adicional. Ele vai fazer uma manutenção de rotina e aproveita para trocar a cor", afirmou.
Ele explica que cada 10 metros quadrados de telhado comum trocado por um branco equivale à retirada de 1 tonelada de CO2 da atmosfera por ano. "Isso corresponde às emissões anuais de um carro", disse Akbari.
Se todos os telhados e pavimentos do mundo fossem pintados de branco, de acordo com o professor, a queda de temperatura equivaleria à retirada de mais de 44 gigatoneladas em um ano, o que corresponde a mais de um ano de emissões mundiais.
Já o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) avalia que é preciso ter cautela e realizar "pesquisas sistemáticas" antes de se adotar uma lei como essa. "No atual estágio do conhecimento e considerando a experiência internacional e brasileira, o CBCS recomenda que, antes que qualquer política pública se torne obrigatória, tanto para edifícios novos como existentes, seja feita uma análise das alternativas técnicas disponíveis para telhados que possam reduzir os efeitos de ilhas de calor." É o que diz um documento da entidade chamado de Posicionamento sobre Tetos Frios.
Para o conselho, "soluções precipitadas podem causar prejuízos ambientais e econômicos para a cidade e sua população". / A.B. e K.N.
O ESTADO DE S. PAULO
09/10/11

Preço dos serviços sobe mais que a inflação desde 2006

SÃO PAULO - Nos últimos cinco anos, a inflação dos serviços tem ficado acima da inflação total, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 12 meses até setembro, a inflação dos serviços ficou em 9,84% e o IPCA acumula alta de 7,31%.
"Neste ano e no próximo não deverá ser diferente", diz o economista da consultoria Tendências Thiago Curado, lembrando o elevado nível de indexação, na casa de 40%, que persiste na economia, sustentado especialmente pelo salário mínimo. Para um IPCA projetado pela consultoria de 6,6% em 2011 e de 6% em 2012, ele estima que os preços dos serviços devem subir 8,5% a cada ano.
A dificuldade de reduzir a inflação de serviços se deve ao aumento da própria procura por serviços, mantida em boa parte pela nova classe média, que mudou a estrutura social do País. "Entre 2003 e 2011, cerca de 40 milhões de pessoas terão ingressado na classe média", calcula o coordenador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri.
Com mais emprego e renda no bolso, proporcionada pelo próprio setor de serviços, essa população emergente ampliou sua lista de despesas, que anteriormente estava concentrada em produtos. Com isso, ajuda a manter a demanda aquecida por serviços. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
IG – GUILHERME BARROS
08/10/11

Secovi lança “Facebook dos imóveis”

Após cinco anos de sucesso da Rede Secovi de Imóveis, empresário Elbio Fernández Mera, vice-presidente do Sindicato da Habitação e presidente do Conselho da Rede acaba de anunciar uma nova ferramenta tecnológica denominada Proxio.
O objetivo é facilitar a integração entre as imobiliárias e criar conexões que permitem transações locais e ao redor do mundo. A nova plataforma conta com tradução instantânea em 20 idiomas.
Cada empresa associada ou corretor pode criar seus grupos de acordo com o perfil de negócios que pretende realizar, com níveis diferenciados de privacidade que ele mesmo escolhe, num sistema de uso similar ao Facebook.
Com isso, a expectativa é saltar das atuais 200 imobiliárias e 3 mil corretores para uma escala de 400 mil corretores em 100 países.
O ESTADO DE S.PAULO
09/10/11

Colocar imóvel à venda exige cuidados

 
O ESTADO DE S. PAULO
09/10/11

Escritórios vão para a Nova Faria Lima

Por Chiara Quintão | De São Paulo

Ampliar imagemAbud: "Estava claro que a expansão da Faria Lima ia continuar naquele trecho entre Juscelino e Helio Pellegrino. Fomos os primeiros a comprar terreno ali"..

A escassez de áreas disponíveis de escritórios comerciais de alto padrão na Faria Lima, entre as avenidas Cidade Jardim e Juscelino Kubitschek, endereço nobre da zona sul de São Paulo, estimula investimentos no último trecho a ser explorado na avenida mais cobiçada por instituições financeiras para instalar ou expandir suas sedes. Ou seja, o endereço limitado pelas avenidas Juscelino e Helio Pellegrino.

UBS, Barclays e BicBanco se mudarão, nos próximos meses, para o edifício Faria Lima 4440, de padrão triple A. Trata-se do primeiro prédio pronto da leva de sete projetos corporativos desenvolvidos na Nova Faria Lima, com entrega prevista para até o fim de 2014.

A Faria Lima tem o metro quadrado de edifícios corporativos mais caro e a menor taxa de vacância do mercado paulistano. Em setembro, a vacância da região da Faria Lima em edifícios com ar-condicionado central e lajes acima de 250 metros quadrados úteis era de 2,6%, abaixo da média da capital paulista, de 3,1%, conforme levantamento da CB Richard Ellis (CBRE). Segundo a empresa, que foi responsável pela locação do Faria Lima 4440, nos prédios prontos triple A, com qualidade similar à do empreendimento, a parcela era de 0,5%.

Nos cálculos da Jones Lang LaSalle, a taxa de vacância do trecho da Faria Lima entre a avenida Cidade Jardim e a Helio Pellegrino era de 2,5% no terceiro trimestre, muito abaixo dos 14,57% do intervalo equivalente de 2010 e dos 7,7% da média da capital para edifícios de alto e altíssimo padrão. Os valores médios de locação nesses quarteirões situaram-se em R$ 138 - 13%, acima dos R$ 122 do terceiro trimestre de 2010.

"O estoque ficou inalterado nesse período. Com a demanda aquecida, os valores foram pressionados", diz o diretor de locação da Jones Lang, André Costa. O preço médio do metro quadrado de alto padrão ficou em R$ 127 e de altíssimo padrão, em R$ 142.

Para o Faria Lima 4440, os preços fechados de locação foram superiores a R$ 150 por metro quadrado. Isso resulta em valor total do aluguel mensal dos 15 andares do prédio em torno de R$ 3,5 milhões, conforme o sócio-diretor do fundo VBI, Rodrigo Abud. O fundo de private equity com investimentos no setor imobiliário VBI, que possui 92% do projeto, desenvolveu o Faria Lima 4440 em parceria com as empresas do setor de construção SDI Empreendimentos e Bueno Netto, que possuem 4% cada. A Gafisa construiu o prédio, mas não participou da incorporação.

Em 2006 e 2007, os sócios do Faria Lima 4440 desembolsaram cerca de R$ 50 milhões na compra das 17 propriedades que compuseram o terreno. A maior parte foi composta pela área onde funcionava a academia Projeto Acqua. "Para nós, estava claro que a expansão da Faria Lima ia continuar naquele trecho. Fomos os primeiros a comprar terreno ali", conta Abud. Na época, a avaliação era que o valor do aluguel do metro quadrado na Nova Faria Lima seria menor do que o da área mais consolidada da avenida, o que não ocorreu. Segundo o diretor de locação da CBRE, Adriano Sartori, independente de a localização do edifício ser antes ou depois da Juscelino, "o endereço Faria Lima prevalece".

Além da pressão sobre os valores de locação, o cenário de aperto entre oferta e demanda se reflete em pré-locações cada vez mais cedo. "As pré-locações eram fechadas, em média, de três a seis meses antes do habite-se, mas o prazo médio passou a ser de seis a 12 meses", compara Sartori. Dos 230 mil metros quadrados de edifícios de alto padrão na região das avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitschek com entrega até o fim de 2012, 40% já estão locados, nas estimativas da CBRE.

O Faria Lima 4440 foi totalmente pré-locado um ano antes da entrega, informou o diretor da Bueno Netto, Carlos Alberto Bueno Netto. O BicBanco ocupará dez mil metros quadrados e UBS e Barclays ficarão em área de seis mil metros quadrados cada um. A demanda foi duas vezes superior à área ofertada. Foram recebidas também propostas de multinacionais e de uma firma de consultoria.

Demanda continua acima da oferta
Por De São Paulo
A relação de aperto entre oferta de escritórios comerciais e demanda por novas áreas na avenida Faria Lima deve ser mantida, mesmo quando os projetos em desenvolvimento forem entregues, na avaliação de incorporadoras que investem na região. A expectativa é de continuidade da procura tanto por empresas que buscam expansão de áreas, quanto pelas que buscam novos espaços com mais qualidade.
"Mesmo com os novos produtos que serão colocados no mercado, ainda vai existir demanda grande para locação na Faria Lima. É uma região de desejo por parte de bancos e escritórios de advocacia", afirma a diretora de Incorporação da Stan, Leila Jacy. A Stan desenvolve, em parceria com a SDI Empreendimentos, o projeto de uso misto SL Faria Lima 4300, composto por uma torre corporativa, uma de salas comerciais e uma residencial. O prédio corporativo tem 16,8 mil metros quadrados de área locável e ficará pronto em setembro de 2012.
Segundo a gerente de Pesquisa de Mercado para América do Sul da Cushman & Wakefield, Mariana Hanania, nos próximos três anos, a demanda continuará superior à oferta na região. Após esse prazo, a relação entre áreas disponíveis e necessidade do mercado vai depender do perfil dos novos projetos. Nas estimativas da Cushman, o estoque de empreendimentos comerciais de alto padrão, em construção, com entrega prevista para até 2013, na Faria Lima, é de 141 mil metros quadrados. Desse total, os projetos que estão sendo erguidos na Nova Faria Lima contribuem com 30 mil metros quadrados.
Outra empresa que desenvolve empreendimento na Nova Faria Lima é a Cyrela Commercial Properties (CCP). A companhia tem 50% de participação em projeto que será desenvolvido no terreno onde funcionava o Colégio Nossa Senhora do Carmo. O mais provável é que seja erguida uma torre triple A no local, com 15 mil metros quadrados. A entrega está prevista para 2014.
Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da CCP, Dani Ajbeszyc, daqui para frente o desenvolvimento de novos escritórios comerciais em São Paulo deverá ocorrer nas extensões de áreas consolidadas, caso da Nova Faria Lima, ou nas conexões entre os polos existentes. (CQ)
FOLHA DE S. PAULO

Seja "diferente!".

Quando perguntamos espontaneamente a razão da admiração que você sente por quem considera uma “pessoa de sucesso“, a resposta quase sempre é: – Essa pessoa é “diferente“.
E quando perguntamos – “diferente” em que? A resposta é quase sempre – “Diferente em tudo!”
De fato, as pessoas de sucesso – sejam elas o que forem – são “diferentes” das demais, porque elas pensam de forma diferente, agem de forma diferente, enxergam a vida e o mundo de maneira diferente.
Elas são mais positivas, mais motivadas. Acreditam em si próprias. Conseguem enxergar oportunidades nas crises. Elas participam mais. Comprometem-se mais. Terminam as coisas que começam. Elas dão atenção em tudo o que fazem. São polidas e educadas e além da “boa intenção” têm muita sensibilidade e empatia para colocar-se no lugar das outras pessoas.
Elas ouvem mais do que falam. Elas respeitam as opiniões alheias. Elas sabem dizer “eu não sei” e dizem com freqüência “eu não compreendi…”. São pessoas simples e objetivas. Não usam vocabulário rebuscado e complexo. Falam e agem com simplicidade e têm muito foco em tudo o que fazem.
Daí a “diferença“. A diferença positiva está mais na simplicidade do que na complexidade, mais na humildade do que na arrogância, mais no “ser” do que no “ter“.
Pare por um momento e como eu, gostaria que você fizesse uma breve auto-análise e visse se você pode ser considerado alguém “diferente“. Da mesma forma, extrapole tudo isto para sua vida como um todo, pessoal, profissional, sentimental, enfim... E veja se você pode ser considerado uma “pessoa diferente” que surpreende o todo e a todos.
Na boa... Pense. Seja “diferente“. Saia da vala comum dos que pensam, falam e agem por vínculos aos rótulos sociais. Mesmices e rotinas não contribuem ao crédulo desenvolvimento físico, mental e espiritual.
Cresça sendo “diferente”.

Como Ser Um Melhor Gestor

Aqui seguem habilidades e competências chave que ajudam qualquer um a ser um melhor gestor.

Cresce a Necessidade por Bons Gerentes

A necessidade por bons gerentes não está desaparecendo. Ao contrário, ela está se intensificando. É bem verdade que com organizações horizontais e times auto-suficientes se espalhando por aí e, ainda por cima, com redes e computadores pessoais disponibilizando informações com maior rapidez para mais e mais pessoas, a quantidade necessária de gerentes está diminuindo. Contudo, a necessidade de bons gerentes – pessoas que conseguem gerenciar a si mesmo e aos outros em ambientes de intenso stress – está aumentando.
Acredito que qualquer um pode ser um bom gestor. É uma habilidade tanto treinável quanto uma capacidade inata, é tanto uma ciência quanto uma arte. Aqui seguem alguns pontos que fazem de você um melhor gerente:
Como pessoa:

  • Tem confiança em si mesmo e em suas habilidades. Está feliz com quem você é, mas ainda assim continua aprendendo e se aprimorando mais e mais.
  • É ligeiramente extrovertido. Não precisa ser o centro da festa, mas também não pode ser um “mosca morta”. Gestão é uma habilidade interpessoal – não é um trabalho para alguém que não gosta de gente.
  • É honesto e direto. Seu sucesso depende consideravelmente da confiança dos demais.
  • É inclusivo e não excludente. Você traz os outros para aquilo que você faz. Não exclui os outros porque carecem de certos atributos.
  • Tem presença. Gerentes devem liderar. Líderes efetivos tem uma qualidade própria que faz com que as pessoas percebam quando eles entram numa sala.
No trabalho:

  • É consistente, mas não é rígido; Seguro, mas pode mudar de opinião. Toma decisões, mas facilmente aceita contribuições dos demais.
  • Tem algo de louco. Pensa fora da caixa. Tenta novas coisas e, se elas falham, admite o erro, mas não se desculpa por ter tentado.
  • Não tem medo de “fazer acontecer”. Faz planos e cronogramas e trabalha em prol dos mesmos.
  • É ágil e pode mudar planos rapidamente, mas não é volúvel.
  • Vê a informação como uma ferramenta a ser utilizada, não como poder a ser acumulado.
      Avalie-se vis-à-vis esta lista. Encontre os pontos em que pode melhorar e mexa-se! E, se optar por apoio externo, lembre-se que é disso que se trata o processo de coaching – ajudar novos líderes a trilharem seu caminho e líderes experientes a se aprimorarem.
Para estas e outras habilidades que fazem a diferença, conte comigo.
Pablo

5 Razões porque o mundo dos negócios vai sentir falta do Steve Jobs

"Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção". Steve Jobs
Morreu Walt Disney.
Morreu O cara que mudou o mundo nos últimos 30 anos.
Eu sabia que O cara estava morrendo, mas mesmo assim, eu chorei.
Eu não estaria escrevendo e me divertindo na minha própria empresa se não fosse pelo Steve Jobs.
A indústria INTEIRA da microinformática não estaria de pé hoje se não fosse pelo Steve Jobs.
Se não fosse o Steve Jobs, o microcomputador teria tomado um rumo maçante, sem inventividade, sem qualquer graça, sem prazer, sem alegria, sem rebeldia.
Se não fosse o Steve Jobs, o microcomputador teria se tornado uma simples ferramenta de trabalho como um elevador, um ar condicionado, uma mesa de trabalho, ou um copo de plástico.
Se não fosse o Steve Jobs, não haveria computadores nas nossas casas, não haveria razões para brincar com um computador. A internet estaria restrita ao mundo acadêmico, ou servindo ao exército americano.
Foi o Steve Jobs que percebeu que o computador poderia se tornar a mais poderosa ferramenta alavancadora de mudanças para todas as pessoas do mundo.
Steve Jobs inspirou Bill Gates, e o resto é história.
Em um mundo onde os CEOs das empresas são meros bonequinhos de plástico contratados para sorrir e fazer política com outros bonequinhos de plástico, Steve Jobs é um caso raríssimo de CEO que realmente teve algum influência na empresa que comandou.
Os produtos que Steve Jobs criou tiveram uma grande influência sobre a minha vida, mas acima de tudo, o que me influencia profundamente é a maneira que Steve Jobs viveu a sua vida.
Semanas atrás, quando Steve Jobs anunciou a sua saída da Apple, eu escrevi o texto abaixo que volto a compartilhar com vocês como uma maneira de homenagear o grande Walt Disney da minha geração: Steve FUCKING Jobs.
Infelizmente Steve Jobs acaba de anunciar a sua renúncia ao cargo de CEO da Apple. O mais fodástico CEO de todos os tempos acaba de jogar a toalha por motivos de saúde.
Confira a mensagem original em inglês que Steve Jobs soltou ontem:

I have always said if there ever came a day when I could no longer meet my duties and expectations as Apple’s CEO, I would be the first to let you know. Unfortunately, that day has come.
I hereby resign as CEO of Apple. I would like to serve, if the Board sees fit, as Chairman of the Board, director and Apple employee.
As far as my successor goes, I strongly recommend that we execute our succession plan and name Tim Cook as CEO of Apple.
I believe Apple’s brightest and most innovative days are ahead of it. And I look forward to watching and contributing to its success in a new role.
I have made some of the best friends of my life at Apple, and I thank you all for the many years of being able to work alongside you.
Steve
Steve Jobs é o cara. A frente da Apple ele revolucionou a indústria de microinformática, música, entretenimento, telefonia, computadores portáteis e aplicativos móveis entre outras.
A frente da Pixar, ele revolucionou a indústria do cinema. Steve Jobs comprou a Pixar quando ela era apenas um pequeno estúdio de criação gráfica, e transformou os caras no melhor estúdio de animação gráfica da história do cinema. Alguns anos depois a Disney comprou a Pixar, e o Steve Jobs se transformou no maior acionista individual da Disney Corporation.
Steve Jobs é DONO da Disney! Ele tem mais ações da Disney que os herdeiros do Walt Disney.
Mas voltando a Apple, nenhuma outra empresa transformou tantas indústrias diferentes em tão pouco tempo como a Apple fez.
Em 1997, quando Steve Jobs retornou a Apple, a empresa estava falida. Quebrada. Em apenas 10 anos, ele transformou a Apple em uma empresa de 100 bilhões de dólares de faturamento anual, e colocou 70 bilhões de lucro no caixa da empresa. Hoje a Apple tem mais dinheiro em caixa do que o próprio governo dos EUA.
Steve Jobs é o cara!
Aqui vão algumas lições sobre negócios e vida que eu acredito que temos a aprender com ele:
1. Não me leve a mal, mas o negócio é pessoal mesmo! Você já deve ter escutado a frase "Não é nada pessoal, é apenas negócios", certo?
O fato é que o cara que te disse isso estava mentindo. Tudo é pessoal! Tudo! Se alguém te trocou por outro fornecedor, é porque o cara não foi com a sua cara. Você não serve. Você deve ser um puta cara chato. Não tem nada a ver com preço! O problema é você!
NEGÓCIOS É PESSOAL!
Steve Jobs é a Apple, a Apple é o Steve Jobs. E é isso mesmo! As empresas bem sucedidas são aquelas que tem pessoas de verdade por trás, e não gente de plástico que se esconde atrás dos pilares da empresa.
Ao longo de toda a sua carreira, Steve Jobs sempre foi o porta voz da Apple na hora dos lançamentos de produtos. Steve Jobs lançou o Apple I, II, Macintosh, Newton, iMac (o computador colorido), o Cube, o iPod, o iPad, o MacBook Air, a iTunes, Apple TV, AppStore entre outros - todos produtos "viajantes" e inovadores que tinham uma grande chance de serem mal sucedidos no mercado como acontece com a grande maioria dos produtos inovadores que são lançados todos os dias.
Steve Jobs nunca teve medo de quebrar a cara e associar a sua imagem ao fracasso. Diferente de muito executivo frouxo que tem por ai que usa do recurso de press releases e propaganda para o lançamento de produtos no mercado.
Quando anunciou o iPod, os críticos e o próprio conselho diretor da Apple falaram que NINGUÉM NUNCA pagaria 500 dólares por um tocador de música portátil.
Quando anunciou o iPhone, os críticos e o próprio conselho diretor de novo, falaram que NINGUÉM NUNCA pagaria 400 dólares por um smartphone da Apple.
Ainda bem que o Steve Jobs não deu ouvidos à turma da roda presa e apostou no iPod e iPhone.
O mundo dos negócios precisa de gente que dá a cara para bater, assume riscos, responsabilidades, assina cartas para clientes, coloca a própria imagem no web site da empresa, e atende o telefone quando o cliente liga.
2. Todas as pessoas são substituíveis, mas a SUA MANEIRA PESSOAL DE TRABALHAR não é.
Ok, todos são substituíveis. Ninguém precisa de ninguém. Existe estepe para todo mundo.
MAS eu acredito que se você fizer o seu trabalho DO SEU JEITO E DA SUA MANEIRA, o mundo pode até encontrar outro cara para te substituir, mas NUNCA conseguirá replicar o seu jeito de fazer as coisas.
A Apple realmente NUNCA será a mesma sem o Steve Jobs.
O Steve Jobs é ÚNICO.
Daqui prá frente ninguém fará as coisas como ele fazia.
Mas eu acredito que as pessoas podem escolher se inspirar no cara para tomar as suas decisões.
Steve Jobs não ficou na Apple por cinco dias. Tirando a meia dúzia de anos em que ele ficou afastado da Apple porque foi despedido pelo pangaré-burrocrata que ele mesmo colocou por lá, o cara esteve a frente da Apple desde o início. Todos os dias, todas as horas, todos os minutos.
"Digas com quem andas que direi quem és" - a Apple andou com o Steve Jobs, e não Steve Jobs andou com a Apple.
Durante mais de uma década milhares de funcionários da Apple tiveram a sorte de participar de dezenas de reuniões com o Steve Jobs. O quanto vale isso??? Te garanto que vale muito mais do que qualquer MBA em Harvard.
Não duvivem que a Apple continuará ser a mais fodástica das empresas de tecnologia por muitas décadas a seguir.
Eu não temo pelo futuro da Apple. Eu acredito que eles sabem o que tem que fazer pelos próximos 20 anos e vão fazer.
Eu sinto mesmo é pelo Steve Jobs.
A pior coisa que pode acontecer com uma pessoa que adora trabalhar é ser obrigada a se afastar do trabalho por motivos de saúde. O cara adora trabalhar, adora a empresa que fundou, adora inventar coisas, adora deixar a sua marca no universo. Ser obrigado a ficar longe disso tudo deve ser terrível.
Steve Jobs não é cientista, mas é inventor. Ele tem 313 patentes em seu nome!!!
Incrível, não???
313 patentes!!!
Você conhece algum outro presidente de empresa que tem 313 patentes em seu nome?
Eu não.
Muito provavelmente boa parte dessas patentes tenham custado o fígado e a saúde do Steve Jobs; mas, ele gravou para sempre a sua maneira de fazer as coisas na história do mundo dos negócios.
Ninguém influenciou tanto o comportamento do mundo nos últimos 30 anos como Steve Jobs.
Coloque A SUA MANEIRA DE FAZER AS COISAS nas coisas que você faz!!!
NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!!!
3 - Diga NÃO para a mediocridade! Existe uma lenda que reza que o Steve Jobs gongou 23 versões do iPhone até chegar na versão que conhecemos. Ex-funcionários dizem que Steve Jobs gongava um produto ao menor sinal de "falta de design e bom senso".
Até onde sabemos, Steve Jobs disse NÃO para dezenas de protótipos de produtos ao longo dos últimos dez anos. Quando retornou a Apple em 1997 Steve Jobs mandou para o saco praticamente todos os produtos que a Apple "vendia" na época. Ele cortou tudo e começou tudo do zero com o iMac.
Todos nós precisamos aprender a dizer NÃO para as drogas que atrapalham o nosso crescimento. Eu conheço um sem número de pessoas que vive uma vida que não quer por conta dos SIMs que disseram ao longo das suas vidas.
Eu mesmo dispenso clientes, projetos e negócios ao primeiro sinal de falta de alinhamento entre os meus valores e os dos clientes.
A vida é muito curta para fazer negócios com caras chatos!
4. Vence quem tiver contato direto com os clientes! A Apple reinventou o negócio de música com o iPod, mas a Apple não está no negócio de música. A Apple reinventou o computador, mas a Apple não está na indústria dos computadores. A Apple reinventou a indústria da telefonia, mas a Apple não está na indústria dos telefones celulares.
Em qual indústria a Apple está?
Varejo
A Apple é uma empresa de varejo.
Todos os dias milhões de pessoas passam pelas centenas de lojas físicas da Apple e tocam os seus produtos e tiram as dúvidas com milhares de funcionários apaixonados pelos produtos.
Todos os dias milhões de músicas, filmes, séries de televisão, livros e aplicativos são comprados por milhões de pessoas via iPad, iPhone, iTouch, MacBooks através de uma plataforma de compra incrivelmente fácil de usar e presente em todos os lugares.
Enquanto a Apple conversa diariamente com milhões de pessoas, os seus concorrentes e praticamente todas as empresas do mundo fazem de tudo para se afastarem dos consumidores.
Você já reparou como é difícil conseguir o número de telefone de uma empresa com quem você quer falar?
As empresas estão fazendo das tripas coração para NÃO FALAR diretamente com o consumidor.
"O consumidor é um bicho chato. Não vale a pena falar diretamente com o cliente"
Faça o teste. Entra agora no web site da HP e procura o telefone do escritório da HP. Entra no web site da Samsung e tenta encontrar o telefone do cara de marketing da Samsung. Entra agora no web site da Google e tenta encontrar o telefone do gerente de produtos do Google AdWords porque você quer umas dicas de como usar o Google AdWords.
Você não vai encontrar telefone de ninguém! Ninguém quer falar com o consumidor. Você, consumidor, é um zé, um zé caro que atrapalha, enche o saco e custa caro. Te vira negão!
A Apple fala com o cliente através das suas fantásticas lojas de varejo. E você?
Você tem que falar com o seu cliente!
Vence tem que ter contato direto, frequente e crescente com os seus clientes!
Qual tipo de contato direto, frequente e crescente você tem com os seus clientes?
A grande maioria não faz nada de nada. A grande maioria das pessoas que estão lendo esse artigo nesse momento sequet tem banco de dados de clientes. Imagina o resto.
Pois você vai dançar filhão.
Quem não tiver contato direto com o cliente vai dançar. Escreve ai!
5 - Get Mad, You Son of a Bitch, Get Mad! Steve Jobs aproveitou o lançamento do Macintosh em 1984 para lançar a sua cruzada contra a IBM: "A IBM é o mal do mundo! Vocês não podem aceitar apenas um padrão de computação. Temos que lutar contra isso. Acabar com isso. A IBM acredita que o computador pessoal não serve para nada. Não podemos deixar a computação na mão de poucos, temos que mudar isso. A IBM quer dominar a Era da Informação. Não podemos deixar isso acontecer!"; Em 1990, Steve Jobs entrou em cruzada contra a Microsoft e a sua maneira padronizada de vender computadores. Nos anos 2000, a Apple entrou em uma nova cruzada contra o PC com a fantástica campanha "Mac VERSUS PC"; em 2007, Steve Jobs desceu o pau nos telefones de plástico da Blackberry na frente de milhões de pessoas.
Ao longo das últimas décadas nós vimos um Steve Jobs bravo, energético, provocativo, humano, emotivo, cheio de vontade de mudar o mundo e incomodar o status quo com a sua visão inovadora das coisas. Ele nunca teve medo de colocar o dedo no nariz da concorrência, falar o que pensa sobre o mercado, enfrentar os gigantes.
"Fique Bravo, Seu Filho da Mãe, Fique Bravo!", deixa de ser esse mascarado corporativo cheio de não-me-toques, terno e gravata escondido por trás de uma reunião boçal, e venha para o pau!
Emocione! Incomode! Provoque! Exija Mudanças! Lute por alguma coisa! Brigue pelo que você acredita!
O mundo dos negócios não pode ser apenas sobre ganhar dinheiro. Não pode ser. Nós podemos e devemos usar o horário das 9 as 18 para nos divertir, incomodar os paradigmas e derrubar preconceitos.
Longa Vida ao Steve Jobs!
Longa Vida a todas as suas criações.
Longa Vida a todos os profissionais da Apple que tem agora a oportunidade de superar a genialidade do seu mentor.
NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!

Imóveis na região do Brooklin valorizam 23% em um ano

Imóveis na região do Brooklin valorizam 23% em um ano

Imóveis localizados no Brooklin, Campo Belo e Chácara Sto Antônio, em São Paulo, valorizaram 23% em um ano, segundo a Elite Brasil, especializada em vendas de imóveis.
Em 2010, o valor geral de vendas (VGV) das três mil unidades lançadas na região somou R$ 2,4 milhões – 75% delas vendidas a um valor médio de R$ 8 mil o metro quadrado. Nos últimos três anos, foram 10 mil apartamentos em lançamento.
De acordo com a empresa, os diferenciais dos bairros justificam a valorização e o fôlego dos negócios. A Elite Brasil pretende fechar 2011 com lançamentos de cerca de R$ 340 milhões em VGV de mais de 500 unidades só nessa região.
Com VGV de R$ 45 milhões, o Átria Brooklin, um dos empreendimentos da Kallas Incorporações e Construções, acaba de ser entregue e foi comercializado em apenas três meses após o lançamento, em 2009.

Prefeitura vai desapropriar casas de luxo no Morumbi

Quatro vias do bairro serão alargadas para dar lugar a avenida Perimetral
Objetivos são aliviar o tráfego e permitir a implantação do monotrilho que ligará Congonhas à região
DE SÃO PAULO
O prefeito Gilberto Kassab (PSD) enviou projeto de lei à Câmara listando quatro vias da região do estádio do Morumbi, área nobre na zona oeste de São Paulo, que terão imóveis desapropriados para a criação de uma avenida.
Serão alargadas a avenida Jules Rimet e as ruas Senador Otávio Mangabeira, João de Castro Prado e Dona Mariquita Julião. Ainda não há estimativa do número de imóveis a serem desapropriados.
O alargamento vai servir para implantar o segundo trecho da avenida Perimetral, de cerca de 2 km, ligando a rua Flávio Américo Maurano à praça Roberto Gomes Pedrosa, no estádio do São Paulo.
A via terá duas faixas em cada sentido, com um canteiro central -sobre ele será construído o elevado por onde passará o monotrilho da linha 17-ouro do metrô.
O monotrilho ligará o aeroporto de Congonhas ao Morumbi e ao Jabaquara e deve estar pronto em 2017. Sobre a Perimetral, haverá três estações -Paraisópolis, Américo Mourano e Estádio Morumbi.
A avenida Perimetral é um projeto mais amplo, com três trechos -pronta, irá ligar a marginal Pinheiros, na altura da ponte João Dias, à avenida Eliseu de Almeida.
O primeiro trecho margeia a favela de Paraisópolis e deve ser entregue em 2012. Ali, a via, em construção, terá três faixas em cada sentido.
O trecho integra o projeto de urbanização de Paraisópolis -sua construção desapropriou 32 imóveis e levou à remoção de 400 famílias.
O segundo trecho é esse para o qual Kassab determinou o alargamento das vias. Deverá ficar pronto em 2013.
O terceiro vai ligar a favela à marginal Pinheiros e não tem data para conclusão.
Além de servir para o monotrilho, a prefeitura espera, com a nova avenida, aliviar o trânsito nas avenidas Giovanni Gronchi e Morumbi.
"Não resolve, pois todo mundo vai parar no mesmo lugar [na ponte João Dias]", diz Silvio Teixeira, da Sociedade dos Amigos da Vila Inah. "Tudo o que fizerem para melhorar o trânsito é bem-vindo", afirma Vera Lúcia Alves, da Associação dos Moradores e Amigos da Superquadra Morumbi.