quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Relacionamento com clientes.... afinal quem são eles?


Hoje, como são as gestões de relacionamento com clientes?
Ferramentas CRM, telefonemas, e-mails, redes sociais, reuniões, prazos cumpridos?
Neste caso, a resposta inicia com uma pergunta:
Mais afinal, quem são nossos clientes?
Olhe em volta, seus clientes não são apenas os consumidores finais de seus produtos.
Nossos clientes são todos os necessários para o bom funcionamento de nossas relações, superação de nossas metas e sucesso de nossos resultados.
É certo tratar os consumidores de nossos produtos como alvo chave de nossa estratégia, mas devemos levar em consideração uma grande lição de nosso cotidiano:
- Muitas vezes escolhemos um marceneiro, um mecânico ou um médico pelo estado de suas ferramentas, seu zelo e asseio por elas, assim como por suas oficinas ou consultórios.
Uma "oficina" organizada e limpa irá atrair muitas pessoas, pois a lógica do consumidor fica próxima do seguinte pensamento: “se os funcionários são educados e bem tratados pela empresa, logo também será tratado com educação e com respeito as suas necessidades”.
Portanto não basta apenas colocar o consumidor final no topo da pirâmide, mas prezar pelo zelo e asseio dos clientes internos, sejam nossos funcionários, fornecedores ou prestadores de serviços - são eles os primeiros consumidores e multiplicadores de nossas idéias e ações.
 
A qualidade de nossa loja ou empresa integra e acompanha a qualidade de nossos produtos.

Com esta visão clara, multiplique conhecimentos e informações, divulgue as idéias de sua empresa em redes sociais, utilize ferramentas CRM para prospectar dados e aproximar-se do consumidor, faça reuniões com suas equipes para dividir e somar idéias, enfim, investindo na credibilidade de seu público interno, acabará por valorizar seus produtos para o público externo.

O que é útil ou inútil em um condomínio

Imóveis residenciais podem incluir praticamente de tudo nas áreas comuns para atrair compradores, mas é importante lembrar que cada equipamento ou serviço tem um custo

VEJA SÃO PAULO
Condomínio em São Paulo
Condomínio em São Paulo: serviços demais podem só gerar custos para os moradores
São Paulo – Os empreendimentos imobiliários mais modernos capricham na instalação de diversos equipamentos na área comum e oferecem dezenas de serviços para encher os olhos de potenciais compradores. Nem toda essa infraestrutura será utilizada pela maioria dos condôminos, mas, em relação aos custos, não há exceção: qualquer melhoria em um prédio sempre vai gerar despesas.
Quando um edifício com poucos apartamentos exagera nos serviços, o condomínio facilmente pode se transformar em um tormento para os moradores. “Administramos edifícios em que a taxa mensal de condomínio chega a custar 14.000 reais”, afirma Fernando Fornícola, sócio-diretor da Habitacional, uma empresa que administra 210 condomínios. Segundo corretores, taxas elevadas demais podem até mesmo afetar o valor de revenda de um imóvel porque afugentam potenciais compradores.
Entre as técnicas mais usadas por administradoras para baixar o valor do condomínio estão a inclusão apenas dos serviços essenciais e a cobrança à parte do que será usado apenas por um pequeno número de moradores. A seguir, EXAME.com mostra o que é muito utilizado em edifícios, o que começa a virar tendência e o que só costuma gerar custos inúteis para os moradores:
1Infraestrutura e serviços essenciais
Corretores de imóveis costumam dizer que um prédio conta com “lazer completo” quando a infraestrutura se assemelha à de um clube. São prédios que incluem piscina com água aquecida, quadras poliesportivas, academia e spa. Essas facilidades costumam ser bastante utilizadas principalmente por moradores com crianças e jovens na família e por quem trabalha em casa ou tem bastante tempo livre.
Áreas sociais comuns também se tornaram uma demanda cada vez mais constante. A valorização dos imóveis no Brasil levou as incorporadoras a reduzir o espaço interno dos apartamentos para fazê-los caber no bolso dos compradores. Prédios com salões de festas, cozinha gourmet ou churrasqueiras, portanto, costumam agradar moradores que gostam de convidar amigos para almoçar ou jantar.
A inclusão de uma infraestrutura de segurança no prédio também costuma ser bem-avaliada pelos moradores. Os edifícios de altíssimo padrão já contam com monitoramento completo de câmeras e equipamentos de biometria para o acesso ao prédio, aos elevadores ou aos apartamentos. Esses equipamentos ainda são caros, assim como a contratação de um time de seguranças profissionais. Quem guarda dinheiro, joias ou bens de valor em casa, no entanto, costuma preferir residências mais bem-protegidas.
2 Os serviços que começam a virar tendência
Muitos condomínios já começam a agregar serviços impensáveis há alguns anos. Que tem crianças pequenas em casa, por exemplo, já pode contar em alguns edifícios com os serviços de babá comum. Nas férias escolares, quando os jovens ficarão mais horas dentro do prédio, funcionários também podem ser contratados para cuidar da recreação. Os serviços são particularmente interessantes para os pais que matricularam os filhos em escolas que dão aos alunos três meses de férias por ano e não sabem a quem apelar em janeiro, julho e dezembro.
Outros moradores que começam a ficar bem-amparados são os donos de animais. Muitos condomínios já incluem um pet shop dentro da área comum. Espaços próprios para os bichinhos caminharem ou serem adestrados também começam a fazer parte da infraestrutura de muitos prédios.
Nos empreendimentos em que as garagens são apertadas e não conseguem atender a demanda dos moradores, a contratação de manobristas pode se tornar uma opção interessante. Uma parte considerável dos prédios antigos em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro não oferecem duas vagas ou mais por apartamento. Como em qualquer estacionamento, a contratação do manobrista se torna uma forma inteligente de aumentar o número de vagas disponíveis sem colocar em risco a integridade dos veículos. O principal inconveniente é que, muitas vezes, a chave do veículo terá de permanecer na garagem - algo que muita gente se recusa a fazer.
Dentro da área de lazer, um serviço que começa a se destacar é o de personal trainer. Muitos edifícios lançados recentemente contam com aparelhos de primeira linha para a realização de exercícios físicos. Nesses casos, a única vantagem que alguém teria em se matricular em uma academia externa seria o acompanhamento de um treinador profissional. Em edifícios com muitos apartamentos, entretanto, o rateio do salário de um personal trainer pode ser bastante viável.
Em relação aos jovens, uma facilidade que se tornou bastante popular em prédios novos é a instalação de um espaço para que músicos possam tocar ou ensaiar. Geralmente conhecido como “garage band”, essa sala conta com isolamento acústico e evita que diversos moradores sejam incomodados pelo hobby de apenas um deles.
Por último, um serviço que já se tornou essencial em edifícios com muitos moradores é a contratação de um síndico ou administrador profissional. Em empreendimentos com mais de 200 apartamentos, por exemplo, fica impossível para alguém que trabalha fora possa também escutar as demandas e queixas de todos os moradores. A existência de um síndico profissional resolve essa lacuna, evita conflitos entre condôminos e evita atrasos na solução de problemas.
3 – Os serviços que quase nunca são usados
A oferta de uma gama farta de serviços pode ajudar muito a descomplicar a vida dos condôminos, mas também existem exageros. Alguns prédios entregues recentemente na cidade de São Paulo oferecem, por exemplo, salão de beleza, massagista e esteticista dentro da área comum. Em diversos prédios comerciais, esse tipo de serviço costuma ser muito demandado. O que pode parecer uma facilidade, entretanto, pode representar apenas mais custos se o prédio residencial não for grande o suficiente para justificar a inclusão desse tipo de negócio.
Outra inovação que ajuda a vender apartamentos na hora do lançamento do empreendimento, mas que, na prática, raramente funciona, é a inclusão de um bar na piscina. É óbvio que qualquer um gostaria de possuir na própria residência uma mordomia comum apenas em hotéis e resorts. Poucos moradores, entretanto, vão utilizar o serviço o suficiente para que o custo seja justificado.
Pelo mesmo motivo, a contratação de um motoboy para realizar entregas para os condôminos raramente é uma decisão inteligente em prédios residenciais. Mais comum em flats, esse tipo de serviço pode ajudar muita gente a não perder tempo com deslocamentos. O mais racional, entretanto, é que eventuais entregas sejam contratadas junto a uma empresa diretamente pelo morador. O condomínio poderia, no máximo, fechar algum tipo de parceria com uma empresa de confiança que preveja custos menores em troca da preferência dos moradores na hora da contratação

Uma sociedade com muitas leis

Apesar das atuais bem-sucedidas experiências e do crescimento de setores privados, o centro das relações produtivas no Brasil ainda é arcaico, complexo e totalmente inadequado para os desafios propostos aos brasileiros neste século.
O Brasil tem leis de mais e justiça de menos. Segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, desde a publicação da Constituição em 1988, já foram criadas mais de 4,2 milhões de leis em nosso país. A maioria delas, em linguagem teatral, dificultando e até criando ambigüidades em sua interpretação.
O resultado desse emaranhado de leis é um atraso para o país: ao invés de promover o funcionamento das instituições, provoca o caos de uma sociedade que não conhece suas próprias leis.
Na semana passada, por exemplo, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3941/89, do Senado Federal, que aumenta dos atuais 30 dias para até 90 dias o aviso prévio que o empregador deve conceder ao trabalhador no caso de demissão.
Para alguns críticos, não parece uma metodologia interessante, nem para o empregador e nem para o empregado. Quer dizer, ninguém é obrigado a aceitar um empregado que não é mais conveniente à empresa, bem como o empregado não precisa ser obrigado a permanecer na empresa contra a sua vontade.
Enquanto isso, leis que realmente fariam a diferença para população continuam embaixo dos panos. Sobre a lei de transparência que obriga o governo a divulgar aos cidadãos informações sobre a execução dos contratos com empresas privadas… Alguém sabe dizer por que essa tramitação parou?
E quanto à lei que disciplina as greves no setor público, por onde anda?
E alguém ouviu falar da aprovação da lei que determina a discriminação do imposto que cada pessoa está pagando ao comprar um bem? Seja esse bem uma caixa de leite ou um automóvel?
Há anos essas leis são empurradas com a barriga nas esferas federais, e nunca foram aprovadas.
Desde a sua promulgação, a Constituição já sofreu 67 emendas, em apenas duas décadas. Basta surgir uma polêmica, surge também uma lei, ou uma modificação. O erro está na fato de que nem toda questão pode ser resolvida à partir de uma legislação específica.
A Constituição simbolizou o fim da ditadura militar brasileira, porém, ha muito tempo não é mais este o cenário nacional. Principalmente porque, naquela época, para a maioria dos constituintes facilitar a vida dos cidadãos não era uma preocupação.
Essas falhas básicas, de certa forma, inspiram inúmeras leis constitucionais, que parecem só existir para complicar a vida dos brasileiros e engessar a sociedade.
Aproveitem as dicas.
Equipe Blog LAMB

10 passos para você gastar (e viver) melhor

Para ser feliz, parece que é preciso ter o último modelo de celular, o melhor carro na garagem do prédio e ser o mais bem-vestido do escritório. Que tal rever seus parâmetros e fazer o dinheiro sobrar? Acredite: atitudes simples podem ajudá-lo a relaxar e ainda a equilibrar o orçamento.

Viva de acordo com seus recursos
Viva de acordo com seus recursos
Mesmo sendo tão básica, essa noção anda fora de moda e muita gente não consegue entendê-la. Significa comprar apenas o que você pode pagar, evitando dívidas.
Na maioria dos casos é preciso juntar a quantia necessária antes de adquirir alguma coisa. Assim, dá para ganhar um período para refletir se realmente quer ou precisa daquilo.
Adeus à cobrança de juros, ao estresse para pagar o cartão de crédito no fim do mês e ao consumo por impulso.

Faça uma lista dos desejos
Faça uma lista dos desejos
Todos nós temos algum sonho de consumo, seja uma televisão nova, seja uma viagem especial. Antes de sacar o cartão de crédito no primeiro impulso, escreva seus desejos numa lista.
No dia do pagamento, tire a lista da gaveta. esse exercício ajuda a ser mais disciplinado ao longo do mês, a poupar para realizar uma vontade e a seguir a primeira regra: a de viver de acordo com seus recursos.

Aproveite os momentos

Aproveite os momentos
Desfrutar as pequenas alegrias da vida é essencial para nos sentirmos bem. Atualmente, a correria nas grandes cidades faz com queas pessoas passem cada vez mais tempo no trabalho e, frequentemente, queiram compensar, com o consumo, a falta de prazer e o pouco contato com a família e os amigos. Para melhorar a qualidade de vida, é preciso mudar o comportamento.
O dinheiro é fruto de seu trabalho e, portanto, de seu tempo. Ao usá-lo para consumir em excesso você aplica mal seu tempo e não tem resposta à falta de autoconhecimento e de contato com pessoas queridas.
Em vez de se presentear com roupas ou com o último modelo de celular, experimente valorizar cada momento em que está fazendo coisas de que gosta e junto de pessoas que são importantes: conversar sem pressa com os colegas no almoço, dirigir para o trabalho ouvindo sua música preferida, preparar o jantar e até mesmo gastar tempo em um ritual só seu antes de dormir.

Anote seus gastos

Anote seus gastos
A maioria de nós não sabe exatamente como usa o dinheiro. Durante um ou dois meses, anote numa planilha absolutamente tudo o que gastar, do aluguel e mensalidade da pós-graduação à conta do pet shop e aquele cafezinho.
Denise Hills, responsável pelo programa Uso Consciente do Dinheiro, do Itaú-Unibanco, lembra que as pessoas trabalham em média 40 horas por semana para ter um retorno financeiro, mas nem todas dedicam parte de seu tempo para organizar o orçamento.
Com a planilha de gastos, você vai perceber como as pequenas compras são responsáveis por boa parte de suas despesas e enxergar em que é possível economizar — sem sofrimento.

Longe dos shoppings

Longe dos shoppings
A melhor maneira de não gastar o que você não pode é manter-se longe dos shoppings. É claro que, se você realmente precisar de algo específico, a visita está justificada.
Mas evite passear em frente às vitrines. Pergunte a si mesmo se realmente precisa daquilo que vai adquirir, antes de sair abrindo a carteira

Tenha apenas um cartão

Tenha apenas um cartão
Escolha um único cartão de crédito para emergências e cancele todos os outros. Além de se livrar das anuidades, será mais fácil controlar as compras.
Para quem tem dificuldade em segurar o impulso, é bom lembrar que alguém terá de trabalhar para sempre — ou você ou seu dinheiro.
Por isso, procure investir da melhor maneira o resultado de seu trabalho. Se você tiver alguma dívida, concentre esforços para quitá-la e, depois, invista as economias numa aplicação para grandes compras, como um carro ou a reforma da casa

Use bem o carro

Use bem o carro
Não é à toa que a garantia de fábrica do automóvel só é mantida se você fizer todas as revisões.
Independentemente da idade do carro, faça manutenção regular das peças, troque óleos e filtros nas datas certas.
Esse hábito simples melhora sua vida, diminuindo o estresse e a ansiedade de ter um veículo que pode dar problema a qualquer instante.
Avalie bem se um segundo carro é mesmo necessário. Automóveis têm alto custo de manutenção, incluindo impostos, seguro, combustível e estacionamento.

Vá para a rua

Vá para a rua
Ir de carro a praticamente todos os lugares é tão comum atualmente que muita gente nem cogita a possibilidade de caminhar — até levar um susto e ganhar a recomendação do cardiologista.
Não espere seu corpo reclamar: faça as atividades do dia a dia em seu bairro a pé.
Saiba que viagens curtas, com o motor do carro ainda frio, são as principais responsáveis por desgastes e maior consumo de combustível.

Invista na carreira

Invista na carreira
Faça o que estiver ao seu alcance para aumentar seu valor profissional. Se ainda não for possível inscrever-se numa pós-graduação, procure cursos de curta duração que tenham relação direta com o trabalho e invista em aprender um idioma.
Não deixe o discurso negativo da rádio-peão desanimar você: as boas empresas investem na retenção de quem cuida do autodesenvolvimento, entrega resultados e demonstra que está pronto para mais desafios.

Escolha o bairro certo

Escolha o bairro certo
Os valores de imóveis dentro da mesma cidade variam muito. Se o aluguel ou a prestação do financiamento está alto demais para seu orçamento, considere mudar-se para outro bairro mais barato, levando em conta também a proximidade com o trabalho e com meios de transporte público.
Se o seu sonho é a casa própria, a regra de contrair a menor dívida possível continua valendo.
O ideal é juntar reservas que permitam realizar os sonhos junto com o crédito.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cinco maneiras infalíveis de se tornar um líder odiado

Cinco maneiras infalíveis de se tornar um líder odiado


Cinco maneiras infalíveis de se tornar um líder odiado
Lideranças ditatoriais existem em todos os lugares e utilizam mecanismos que podem levar uma empresa - e o líder - à ruína


No Brasil, o modelo foi derrubado no final da década de 80. No Oriente Médio e norte da África, os levantes populares contra os presidentes vitalícios estão sendo movidos a tuítes e curtidas, e cada vez mais as lideranças ditatoriais percebem que as pessoas não precisam mais de líderes absolutos, e que os modelos de gestão participativa são bem melhores do que o autoritarismo.

Nos últimos meses, o presidente líbio deposto, Muammar Gaddafi, vem enfrentando uma crise sem precedentes no seu governo que, para quem acompanha de longe, parece uma revolução súbita. Após 42 anos no poder, assistiu ao levante armado de rebeldes que, com a ajuda oportunista da OTAN, conseguiram tomar a capital Trípoli e afugentaram o então presidente, agora foragido. As atitudes de Gaddafi, mesmo durante a explosão da guerra civil, provocaram revolta até nos seus próprios ministros de governo, alguns dos quais preferiram o exílio a compactuar com as ações extremamente hostis dos aliados.

Mas não são apenas as lideranças governamentais que são tentadas a impor normas ditatoriais aos seus liderados. Esse modelo se reproduz de maneira bastante comum nas empresas, pequenas ou grandes, e pode trazer consequências mais graves do que a simples indisposição da equipe em relação ao líder: pode arruinar tanto a liderança quanto a própria empresa. "É uma ilusão, acreditar que se mantém a credibilidade pela força, isso não existe", alerta a coach e consultora Dulce Ribeiro.



Cartaz com suposta aparência do ex-ditador líbio após sua derrubada


Baseados no livro "O que Precisamos Saber Sobre Liderança" (James M. Kouzes e Barry Z. Posner; Campus/Elsevier, 2011), elencamos cinco atitudes identificadas em governos autoritários que devem ser tomadas de imediato - caso o líder ou gestor deseje se tornar odiado pela sua própria equipe.

1. Separe a atitude do discurso

A liderança deve transmitir mais do que ordens, deve trasmitir valores. Portanto, a lógica de falar uma coisa e agir de forma contrária não convence. "O importante é ter coerência entre discurso e prática no velho estilo: 'façam o que eu digo e o que eu faço'", explica Dulce.

2. Tente manter o status a todo custo

Muitas vezes é preciso alguma crise ou desentendimento para que uma empresa ou setor possa se desenvolver. Mas alguns líderes preferem evitar ou 'amenizar' situações assim para manter o status, inclusive tomando medidas injustificáveis, como tutelar e vigiar a imprensa para evitar ou controlar o clamor popular e manter uma situação de aparente paz, típico das ditaduras. Atitudes assim são insustentáveis e com o tempo passam a produzir um efeito contrário ao esperado.

"Controle é algo cansativo, improdutivo e ilusório. Aparentemente eles [os conflitos] podem sumir, mas permanecem na forma de absenteísmo, boicote, retrabalho e violação de regras. De alguma forma, a raiva gerada na equipe pelo medo ou dificuldade do líder de enfrentar uma crise ou desentendimento, poderá outorgar-lhe descrédito e desconfiança", afirma Dulce.

3. Esqueça o aprendizado

Alguns profissionais, sobretudo os mais experientes, podem se acomodar depois de vários anos de serviços prestados à empresa. Após atingir um certo grau de status e uma posição, acha que já fez de tudo e agora só tem a ensinar aos seus liderados. Apoiado nesse engano, ele pode perder o posto para um jovem profissional, atualizado, inteligente e agressivo, que busca rápida ascensão profissional. Para Dulce, "a liderança é um aprendizado consciente e se desenvolve no dia a dia".

4. Mude os valores e compromissos anteriormente assumidos

Cotidianamente vemos pessoas serem alçadas à condição de líder ou gestor ao assumir determinados compromissos, notadamente ligados à honestidade e outros valores benéficos. Mas a imagem desse líder cria rachaduras à medida em que ele passa a se deixar levar pelas circunstâncias externas e abandona os compromissos que ele firmou com os seus liderados. Dulce lembra que os valores podem ser atualizados, mas nunca mudados: "se a seriedade é um valor para determinado líder isso poderia significar, há 20 anos, o 'pagamento do salário em dia'. Hoje, essa premissa não é mais um diferencial de seriedade para as grandes empresas, pois é indiscutível. Assim, o significado do valor seriedade poderá ser atualizado para 'cumprir o que promete', por exemplo. Se o compromisso for mudado é preciso ser declarado para conseguir o apoio e a compreensão da equipe".

5. Tente manter a credibilidade pela força

Se o líder seguiu atentamente os passos anteriores, certamente chegará a este último com ânimo, uma vez que ele quer, afinal, manter o controle e respeito da equipe, se não pela credibilidade que não tem, ao menos pela força. "Credibilidade se mantém pelo exemplo, pelo fato de se cumprir o que foi prometido e pela capacidade de acreditar nos outros, aceitando as diferenças. Um líder controlador e autoritário é um verdadeiro desastre para a equipe e para a empresa", pontua a coach.

Mas, se você chegou até aqui e percebeu que, enquanto líder, precisa reaver a confiança da equipe, saiba que nem tudo está perdido ainda. "Ao identificar e aceitar essa realidade ele [o líder] já está demonstrando um certo nível de consciência, o que é fantástico", acredita Dulce. Para ela, o melhor caminho para tentar reparar todo o estrago causado junto à equipe é o diálogo. "Ao fazer isso, a liderança poderá recuperar a sua credibilidade e manter-se fiel ao combinado com a equipe através de ações concretas que demonstrem mudanças de atitude efetivas", finaliza.

Estudo dos EUA diz que chefe rude se dá melhor; especialistas contestam

Texto da Harvard conclui que percepção de poder é maior que a de justiça.
Para recrutador brasileiro, no entanto, líder desrespeitoso é pouco tolerado.

Marta Cavallini e Roseane AguirraDo G1, em São Paulo
Quero matar meu chefe (Foto: Divulgação)Kevin Spacey (dir.), o chefe, e o 'capacho' Jason
Bateman em cena de 'Quero matar meu chefe'
(Foto: Divulgação)
Quem se dá melhor: chefe temido ou chefe 'amigo'? Uma pesquisa da revista americana “Harvard Business Review” concluiu que, embora chefes justos ganhem respeito de suas equipes, eles são vistos como “menos poderosos”. E que promoções em níveis mais altos de cargos estão mais centradas na percepção de poder do que de justiça.
Para especialistas no setor ouvidos pelo G1, no entanto, o chefe grosseiro já não é tão tolerado. O líder não deve ser 'mole', mas precisa ser respeitoso sempre, dizem.
O chefe rude já é personagem batido do cinema -em um dos filmes mais recentes que abordaram o tema, "Quero matar meu chefe", em cartaz atualmente no Brasil, o ator Kevin Spacey faz o papel do tirano Dave Harken, que trata o subordinado Nick (Jason Bateman) como capacho. No longa, Nick e outros dois amigos que têm problemas com seus chefes planejam matá-los.
O estudo da "Harvard Business", publicado em julho passado, cita um caso real em que um líder mais ríspido foi preferido pela empresa no momento da promoção. Em 2001, a Pfizer tinha que escolher seu novo CEO entre dois funcionários: Hank McKinnell e Karen Katen. McKinnell era conhecido pelo estilo de negociação assertivo e prático, mas era grosseiro em alguns momentos. Já Katen tratava subordinados e colegas de maneira respeitosa. McKinnell foi o escolhido.
Os pesquisadores concluíram que é difícil o chefe ter ao mesmo tempo poder e respeito dos seus subordinados, assim muitos líderes escolhem somente a primeira característica, o que, na prática, lhes daria mais chance de serem promovidos. O líder mais amigo é visto como alguém que tem menos controle de recursos e menos capazes de recompensar e punir.
Para chegar a esse resultado, quatro autores americanos de diferentes escolas de negócios realizaram entrevistas e estudos de laboratório. Tudo começou a partir das seguintes perguntas: “Os líderes devem ser amados ou temidos?” e “É possível ter respeito e poder?”.
“Hoje em dia ninguém precisa ficar suportando chefe desrespeitoso e mal educado, ele vai perder a equipe rapidinho"
Marcelo Abrileri, especialista em RH
Firme, mas educado
Para Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum, empresa de recursos humanos, o chefe desrespeitoso e mal educado tem vida curta em um mercado aquecido, como o brasileiro, que faz com que o profissional talentoso seja valorizado. “Hoje em dia ninguém precisa ficar suportando chefe desrespeitoso e mal educado, ele vai perder a equipe rapidinho”, afirma.

Reinaldo Passadori, especialista em recursos humanos do Instituto Passadori, também acredita que a figura do chefe tirano tende a desaparecer. “'Manda quem pode e obedece quem tem juízo’ é uma postura de chefe que não se perpetua", diz.
Uma pesquisa da empresa de recrutamento Robert Half com 2.525 executivos de 11 países, realizada em maio passado e divulgada há duas semanas, apontou que pressões desnecessárias (44%) e insatisfação com a capacidade de gestão (34%) são algumas das principais razões para aumentar o estresse no ambiente de trabalho.
Abrileri destaca que rispidez e grosseria não podem ser confundidas com firmeza. “Não precisa ser melado, pode ser assertivo, inflexível, até implacável, mas tem que ser respeitoso sempre”, afirma. Segundo ele, o gestor que impõe e sabe o quer pode até ser seco e de poucas palavras -e isso até demonstra alguma determinação.
Passadori concorda. “Tirania é um rolo compressor: ‘tem que ser do meu jeito’. Assertividade é entender ao próximo, de maneira franca e sincera", explica. "A pessoa assertiva é a que diz aquilo que precisa ser dito e não se constrange diante das dificuldades. Sua fala é organizada, tem uma voz estruturada, é a pessoa que sabe lidar com as diferenças individuais, sabe motivar as pessoas, lidando com as diferenças.”
Escolher pelo poder nem sempre é a melhor alternativa, adverte o mesmo estudo da "Harvard Business". A publicação lembra que, no caso da Pfizer, alguns executivos "promissores", aliados da preterida Kate, pediram demissão quando McKinnell assumiu. E o CEO acabou aposentado cinco anos depois, "devido à sua performance decepcionante"

Veja os 10 sinais que indicam que sua carreira não anda bem

Publicado em Quinta, 22 Setembro 2011
Publicado por Thiago Prado
Você sabe quais são os sinais que podem indicar que talvez seja hora de mudar? Sugestão é identificar problema o mais rápido possível

Ao longo da trajetória profissional, é preciso observar diversos aspectos para se certificar de que tudo está indo bem. Fazer reflexões de tempos em tempos, definir metas, objetivos e elaborar um plano de carreira são fundamentais para alcançar o sucesso.
Em algum momento da trajetória, no entanto, alguns sinais podem indicar que a sua carreira está com problemas e que talvez seja hora de mudar. De acordo com a consultora da DM Especialistas, Giuliana Hyppolito, embora isso seja mais frequênte com os mais jovens, pode ocorrer com qualquer profissional em qualquer momento da vida.
A principal orientação é constatar o mais rápido possível que não é isso que você quer fazer, assumir o desejo de mudar e elaborar o plano da virada. Isso é importante, pois, segundo Giuliana, muitos profissionais passam anos com dúvidas e, quando decidem tomar a decisão fazem de forma impulsiva, sem estratégia, o que pode gerar muita frustração.
Com isso em mente, observe os 10 sinais que indicam que pode ser a hora de mudar:
1- Quando as metas individuais não são atingidas - para conquistar uma carreira sustentável, é preciso que o profissional passe constantemente por um processo de avaliação das suas metas. Nesse sentido, quando se constata que as metas individuais não estão sendo atingidas e que falta de capacidade não é o problema, é possível que o profissional esteja diante de um sinal que indica que sua carreira não está bem.
Diversos fatores podem explicar por que o profissional não foi capaz de atingir suas metas, no entanto, quando isso se torna frequente e ano após ano não se observa melhora, o problema pode estar na carreira escolhida.
2- Insatisfação frequente em relação ao dia a dia – esta questão está diretamente ligada à motivação individual. Observe os fatores que afetam sua vontade de trabalhar. Se o salário está compatível, se você não vê seu chefe como um problema, se você tem oportunidade na empresa, mas mesmo assim existe uma insatisfação ao ir trabalhar, novamente, isso indica que há algo de errado.
Segundo Giuliana, por conta dessa insatisfação, o profissional começa a perder os prazos, passa a deixar os trabalhos em segundo plano. “Ele não abraça mais a causa da empresa”.
3- Novos interesses – é de se esperar que um profissional da área de finanças tenha muito mais interesse nos assuntos relacionados a essa área do que em qualquer outra. O problema é quando a área de marketing, de vendas ou até de recursos humanos começa a chamar muito a atenção deste profissional.
Observe que se interessar por outras áreas dentro da empresa não é negativo e pode até melhorar a performance do profissional dentro da sua área, por ajudá-lo a desenvolver uma visão holística. O fato é que, quando as demais área passam a ser mais interessantes e o profissional se aprofunda nos outros assuntos que não os referentes à sua área, é um sinal claro de que sua carreira precisa ser repensada.
4- O trabalho do outro é mais interessante – na mesma linha do item anterior, aqui o profissional passa a achar os projetos das outras áreas da empresa mais interessantes e até mesmo mais importantes para a organização. Giuliana alerta para esse tipo de avaliação, sugerindo que deve servir de alerta se o indivíduo achar que seu trabalho não tem tanto valor quanto o dos demais.
5- Esperando que as coisas mudem- Giuliana lembra que, mesmo com dúvidas, os profissionais ficam nas empresas e seguem o plano de carreira na esperança de que surjam oportunidades em que eles possam fazer o que realmente gostam. A sugestão é: se você já sabe que não é aquilo que o motiva, não insista na esperança de “um futuro diferente”, pois, na maioria das vezes, ele não acontece.
6- Perda da autoconfiança – quando a carreira não vai bem, os profissionais usualmente perdem a confiança em suas habilidades e competências. Surge então uma forte desconfiança em relação aos seus próprios conhecimentos. “O profissional começa a se sentir incapaz e consequentemente passa a errar mais”, observa Giuliana.
7- Projetos pessoais se sobressaem – é saudável e estimulante desenvolver projetos pessoas, separadamente daquilo que é feito no seu ambiente de trabalho. No entanto, quando uma atividade que sempre ficou em segundo lugar começa a dominar o pensamento e o interesse do profissional, pode ser um sinal de que a carreira precise de mudança.
8- Gaps comportamentais – mudanças de comportamento também são sinais claros de que talvez haja algo errado e, portanto, devem ser observadas. Giulina explica que um caso clássico de um sinal de que a carreira não anda bem é quando um profissional que nunca teve problema de relacionamento começa a brigar constantemente.
Outro desvio de comportamento é quando o colaborador se afasta da equipe e vai se tornando mais individualista. De forma geral, fique atento, caso apresente desvios de comportamento nunca antes observados.
9- Evita se envolver em assuntos profissionais - as pessoas passam a maior parte de seu tempo no trabalho. Faz sentido, portanto, as conversas que travam com amigos, parentes e colegas de trabalho estarem relacionadas ao trabalho que desenvolvem. O profissional que está passando por um processo de mudança vai tentar sempre fugir desse tipo de assunto.
Tudo que estiver ligado ao contexto corporativo não será mais do seu interesse, podendo até mostrar irritabilidade quando a conversa não toma outro rumo. Fique atento a esse sinal: ele pode estar indicando que é hora de mudar.
10- Feedbacks não fazem mais efeito - o objetivo principal do feedback é desenvolver o profissional. É o momento no qual as questão relacionadas à sua performance são levantadas e um plano corretivo é proposto. O mais interessado nesse momento é o próprio profissional, pois é a oportunidade de se desenvolver e crescer dentro da empresa.
Não se interessar pelo feedback é um claro sinal de que sua carreira não anda bem, já que carreiras em processo de desenvolvimento exigem esse retorno.

Como Dar Feedback Negativo Adequadamente?

Setembro 23, 2011

Aqui segue como:
  1. Mantenha suas emoções sob controle. Você não quer criticar as iniciativas de alguém quando está zangado ou transtornado. Provavelmente você vai acabar falando algo que não queria ou reagindo inadequadamente em relação a algo que é dito a você.
  2. Encontre um local privado. Ninguém quer receber  feedback negativo na frente dos outros. Algumas vezes isso é inevitável, mas isso deve ser a última saída. Faça uma reunião na sua sala, ou chame a pessoa numa sala de reunião disponível, ou ainda aproveite o refeitório se estiver vazio.
  3. Foque nas ações dela, não na pessoa em si. Você cria uma barreira imediata quando critica o indivíduo. Ao invés disso, concentre-se naquilo que você quer mudar. Foque no desempenho dele.
  4. Seja específico. Não é bom dizer para alguém “Você tem uma atitude inadequada”. Você precisa identificar ações específicas que a pessoa tomou ou coisas específicas que ela disse se quiser que ela entenda.
  5. Seja oportuno. Feedback negativo deve ser dado assim que possível (logo após o incidente). Se você vê um funcionário ser grosso com um cliente, não espere até sua avaliação anual para dizê-lo. Quantos outros clientes ele terá tratado mal nesse meio tempo? Chame-o na sua sala imediatamente.
  6. Fique calmo. Não fale alto e grite.  A outra pessoa vai ficar na defensiva e não vai escutar o que você está tentando lhe dizer.
  7. Reafirme sua confiança na pessoa. Isto reforça o passo 3, mas aqui você diz que ainda tem confiança nele como pessoa e em suas habilidades: é apenas o seu desempenho que você quer que ela mude. Diga algo do tipo “você é um bom representante de nossa área de atendimento ao cliente, portanto tenho certeza que você vê a necessidade de ser mais paciente com nossos clientes”.
  8. Pare de falar. Depois de ter dito à pessoa que recentes ações (específicas) foram inapropriadas, e porquê, pare de falar. Dê a outra pessoa a chance de responder ou de refutar a sua afirmação. Ouça o que ele tem para dizer.
  9. Defina positivamente os próximos passos. Acorde em que desempenho futuro é adequado para o funcionário. Se há coisas específicas que o funcionário precisa começar a fazer, ou parar de fazer, se assegure que elas foram claramente identificadas. Se há algo que você precisa fazer, talvez assignar um treinamento adicional para o funcionário, acorde isso também.
  10. Siga em frente. Depois de ter dado o feedback negativo e acordado uma solução, siga em frente. Não cultive sentimentos de hostilidade com relação ao funcionário por causa do erro que ele cometeu.  Não paire sobre eles com medo que possam cometer outro erro. Monitore seu desempenho da mesma forma que você faz com os demais funcionário (e não fique obcecado).
Dicas:
    1. Dar feedback negativo nunca é fácil, mas se feito adequadamente não é desagradável.

Imóveis já superam R$ 20.000 o metro quadrado no Itaim

Incorporadora diz que, com os atuais custos de construção de prédios no bairro, não será possível fazer lançamentos de alto padrão bem abaixo desse patamar


Roberto Carlos
Roberto Carlos: a incorporadora do cantor lançou torre no Itaim com escritórios que custam até 24.000 reais o metro quadrado
São Paulo – Os custos da construção continuam em alta na cidade de São Paulo e em breve as incorporadoras terão de testar o mercado com novos patamares de preço, segundo Vitorio Panicucci, sócio da Clavi Incorporações. Na região do Itaim, a mais valorizada da cidade, muitos lançamentos que estão sendo planejados hoje só se tornarão financeiramente viáveis com preços de 18.000 a 20.000 reais o metro quadrado, diz ele.
Chegar aos 20.000 reais já não é algo tão distante do que se pratica hoje no mercado. Lançado em agosto no Itaim, o Horizonte JK é um prédio enorme de 39 andares que reúnes escritórios comerciais e apartamentos. Segundo corretores, uma unidade residencial no local não sai por menos de 13.500 reais o metro quadrado enquanto as salas duplex de escritórios já custam até 24.000 reais o metro.
A localização é o grande atrativo. O empreendimento será construído na própria avenida Juscelino Kubitschek, próximo ao parque do Povo, e foi lançado pelas incorporadoras AAM, Toledo Ferrari e Emoções. Essa última tem o cantor Roberto Carlos entre os sócios. 
Segundo Panicucci, um forte sinal da pressão sobre os custos da construção dever ser dado no leilão de certificados de potencial construtivo (Cepacs) que o prefeito Gilberto Kassab planeja realizar até o fim deste ano. Na região da avenida Faria Lima, sempre que uma incorporadora planeja a construção de um prédio com área útil bem superior à do terreno, precisa comprar Cepacs. Em tese, o dinheiro serve para a prefeitura realizar obras que minimizem os impactos sobre o trânsito ou a população local devido ao adensamento urbanístico.
Kassab quer vender 500.000 Cepacs, que seriam suficientes para a construção de 452.000 metros quadrados além do permitido na lei de zoneamento. Vitorio Panicucci espera que cada Cepac custe às incorporadoras cerca de 6.000 reais. No leilão anterior, o preço mínimo era de 2.800 reais, mas cada Cepac saiu por 4.000 reais.
Além das autorizações de construção com preços salgados, os terrenos na região do Itaim já estão muito mais caros que a média do mercado. Terrenos costumam representar cerca de 20% do valor de um empreendimento imobiliário. Na avenida Faria Lima, entretanto, a compra da área onde será erguido o prédio já consome entre 30% e 40% do desembolso total. "Comprar um terreno hoje para fazer um lançamento com esses preços daqui a um ano me parece muito arriscado tanto para o incorporador quanto para um investidor", diz.
Para fugir dos custos altos de bairros como o Itaim, a Vila Olímpia, os Jardins e o Campo Belo, a Clavi Incorporações decidiu priorizar regiões mais afastadas do centro financeiro da cidade. A empresa acaba de lançar um empreendimento comercial em Alphaville por cerca de 7.500 reais o metro quadrado. O prédio de salas comerciais será o maior da região, com 40 pavimentos. Em Alphaville, além dos preços mais atrativos para a aquisição dos terrenos, as leis de zoneamento também são muito mais generosas. É possível construir até oito vezes a área do terreno – em São Paulo, o máximo é quatro, e, ainda assim, é necessário pagar por Cepacs ou pela outorga onerosa. “É muito mais fácil fazer um lançamento a preços atrativos em Alphaville do que nos bairros nobres de São Paulo.”
Alphaville se consolidou nos últimos anos como uma importante área de atração de empresas e escritórios. Os incentivos tributários concedidos pela Prefeitura de Barueri e os aluguéis de escritórios mais baratos têm atraído para a região muitas companhias que hoje estão instaladas em São Paulo. Outras áreas em que Vitorio Panicucci planeja realizar lançamentos em breve são Osasco, Guarulhos e no Centro de São Paulo. 

Você é a chave que abre suas próprias portas.

Muitas pessoas esperam pacientemente as oportunidades, e depois reclamam que elas não apareceram. Mas onde está a chave que abre portas nas empresas? Através da mudança de atitudes e ações focadas em resultados, perceberemos que dentro de nós está a chave que abre todas as portas.

 
Questões como estas são recorrentes no mundo coporativo moderno. Tenho conversado com muitos profissionais que esperam as oportunidades, atrás de suas mesas e postos de trabalho, e lamentam quando elas não surgem.
Ainda nesta semana, ao terminar uma palestra, fui abordado por uma colaboradora da empresa, que quase em prantos me revelou o motivo de seu desespero nos últimos meses: "Não agüento mais esperar uma oportunidade. Vejo muitas pessoas serem promovidas à minha volta, mas parece que minha vez nunca chega. Lamento profundamente esta situação, porque adoro esta empresa, mas estou pensando em mudar de emprego".
Ao ouvir o se desabafo, pedi que não tomasse nenhuma atitude desesperada e que a responderia na próxima edição da nossa e-zine, e cá estou eu, cumprindo minha promessa em alto em bom tom. Eis sua pergunta: "Eu devo mudar de emprego?". Eis minha resposta:
- Não, minha cara. Não mude de emprego. Mude de atitude!
Não espere atrás de uma mesa que alguém a note. Seja notada. Faça a diferença. Mostre que você é capaz de alçar voos mais altos, e que mantê-la onde você está pode ser um grande desperdício para a empresa.
Ao invés de "lamentar profundamente a situação", como você mesma disse, coloque em suas ações um nuance positivo que só pode ser visto nas pessoas vencedoras. Quem "lamenta profundamente", mais profundamente se insere nas suas derrotas e nos seus problemas. Não conheço ninguém que tenha saído de um buraco olhando para baixo. Levante sua cabeça, e utilize o amor que você declarou ter pela empresa em favor do seu crescimento.
Prepare-se para as oportunidades, e elas fatalmente irão surgir. Ouse investir em si mesma, pois o conhecimento é um bem adquirido que caminhará contigo durante toda sua existência. Invista em um curso, workshop ou treinamento e relacione-se profissionalmente com pessoas que não são do seu convívio diário. Através desta troca de experiências você irá enriquecer o seu conhecimento e sua visão, a somente assim poderá mostrar para sua empresa o quanto você está atualizada com as tendências que nem a própria empresa ainda conseguiu notar.
Aprimore suas habilidades de comunicação em todos os níveis. Seja compreensiva com as pessoas que estão abaixo de você, solícita com as que estão acima e exercite o respeito na tratativa com seus pares. Sendo admirada por todos, suas chances de promoção irão aumentar porque todos desenvolverão a percepção de que você realmente merece.
E quando, dentro de você, toda a lamentação tiver sido substituída pela coragem; quando suas lágrimas tiverem sido substituídas por um olhar focado no futuro; quando suas dúvidas tiverem sido substituídas pela certeza, então, e só então, sua oportunidade aparecerá.
E tudo isso por uma simples razão: as empresas não dão oportunidades para as pessoas. Elas buscam oportunidades nas pessas. Transforme-se nesta oportunidade.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Lançada rede social para o setor imobiliário

No ar há menos de dez dias, a Corretores.com.br, rede social criada exclusivamente para corretores autônomos ou imobiliários que atuam no País, já conta com mais de mil profissionais cadastrados. Segundo Lorenzo Madalosso, sócio do canal, o volume de adesões está surpreendendo todos os envolvidos. “Sabíamos que existia a demanda pela integração desses profissionais que, segundo dados do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), já somam mais de 220 mil registrados no Brasil, entretanto em apenas sete dias de funcionamento a Corretores.com.br já atraiu centenas de inscritos de Fortaleza, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e muitas outras capitais e municípios”, explica. O negócio é dirigido, ainda, por Ohmar Tacla, Luiz Carlos Ceniz Junior e Luiz Rezende Junior.

O novo canal, lançado no Dia do Corretor (27 de agosto), permite a criação de perfil próprio, envio e recebimento de mensagens, postagem dos imóveis disponíveis e a localização de outros que estejam sendo negociados por diferentes corretores. “A ferramenta é bastante similar as redes disponíveis no mercado hoje, como o Orkut, Facebook, Twitter e o Google+. Essa característica facilita sua usabilidade”, comenta Madalosso, que completa: “a partir do final deste ano será possível também usar o sistema para gerenciar os imóveis, como um CRM 2.0 voltado e desenvolvido especificamente para corretores. Assim, os usuários poderão administrar mais cuidadosamente, e de forma detalhada também, o relacionamento com os clientes finais, agregando inteligência e um diferencial estratégico no processo de negociação”.

Segundo Madalosso, em um mercado em que o relacionamento é a principal ferramenta de vendas, a aproximação dos profissionais servirá para potencializar negócios. “Há um crescimento acelerado na procura por imóveis e esse relacionamento em rede com profissionais em todo o Brasil será uma ótima forma para atender por completo aos desejos dos consumidores. Além disso, o canal permite que os corretores discutam e negociem seus imóveis de forma rápida e integrada, inclusive com outros corretores”, comenta o executivo, que atua no setor imobiliário há seis anos.

As incorporadoras e construtoras também poderão ter perfis na rede. Essa navegação permitirá que as empresas do meio tenham acesso a um número maior de profissionais, de várias cidades e municípios, ou seja, que ampliem seu alcance e, assim, vendam os imóveis de forma ágil e segura. “Elas conseguirão também anunciar os lançamentos e oportunidades do estoque. Trata-se de um canal para falar diretamente com os profissionais do setor. A rede representa, ao mesmo tempo, um canal para os corretores trabalharem com as grandes empresas do mercado”, afirma Madalosso.

A Corretores.com.br também conta com um espaço exclusivo para simulação de financiamento. “Os bancos privados buscam, cada vez mais, a aproximação com os corretores, que são os responsáveis pela comunicação com o consumidor final. Por outro lado, com o grande número de ofertas existentes hoje, o acompanhamento das taxas e melhores formas de financiar é uma tarefa quase impossível. A rede contará com uma área especial para esse serviço”, conclui.

A previsão dos sócios é que nos próximos seis meses mais de 20 mil profissionais já tenham criado perfil na rede.

Dados do mercado:

- Dados do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) confirmam que o aquecimento do mercado imobiliário ao longo dos últimos anos gerou um déficit de profissionais. Segundo a instituição, o Brasil tem hoje mais de 220 mil corretores de imóveis e há espaço para o triplo, ou seja, 660 mil.

- Cerca de 9,9 milhões de famílias brasileiras pretendem comprar um imóvel ou terreno em 2011, de acordo com estudo do Data Popular;

- Nos últimos 10 anos, conforme levantamento do Cofeci, cerca de 65 mil pessoas aderiram à profissão de corretor de imóveis;

- Até 2020 0 Brasil deverá construir 2,1 bilhões de metros quadrados de edificações, segundo a Associação da Indústria de Material de Construção. Somente essa demanda será capaz de suprir a necessidade habitacional do Brasil até 2020, afirma a entidade.

Fonte: vidaimobiliaria.com.br

A importância do trabalho em equipe

setembro 20, 2011
By Marcio Silva
Muitas pessoas, que atuam em diversas organizações, estão trabalhando em grupo e não em equipe

O psicólogo Abraham Maslow constatou que os indivíduos têm diversas necessidades, com diferentes forças. Sabemos que necessitamos de alimento, de abrigo, pagar nossas contas, de segurança no emprego, etc., mas também de nos relacionar com os outros e de sermos aceitos por eles. Sem isso nosso trabalho se torna enfadonho e sem graça.
Trabalhar em equipe é mais divertido do que trabalhar individualmente, o que pode contribuir para melhorar nosso desempenho.
Há… coisas na terra que são pequenas, mas extremamente sábias: as formigas, criaturas sem força, todavia no verão preparam a sua comida… os gafanhotos não tem rei, porém todos saem, e em bandos se repartem (Provérbios 30:24-27).
Quando falamos em trabalho em equipe, logo nos lembramos das formigas e dos gafanhotos, seres tão pequenos, mas que dão um grande exemplo de união, força e auto-gerenciamento.
As primeiras têm um líder, vivem numa sociedade eficazmente organizada e não precisam receber ordens para executar seu trabalho. Você já viu de perto um formigueiro? Já notou como elas andam em fileiras e sincronia perfeitas e preparam seu alimento no verão para os dias de chuva, quando não podem trabalhar? Já os gafanhotos não têm um líder, porém sabem o que devem fazer exatamente.
Mas o que é trabalho em equipe?
Suponha que você e mais duas pessoas estão trabalhando em uma plantação de feijão, onde cada um ganha o salário correspondente ao seu dia de trabalho. O trabalho funciona da seguinte maneira: em fila, você cava o buraco, o segundo joga a semente e o terceiro integrante tapa o buraco. Cada integrante deste grupo se preocupa apenas em realizar a sua tarefa, nada entendendo da importância do trabalho dos outros, “é cada um por si”.
Um certo dia o segundo membro da equipe faltou ao trabalho por motivo de saúde, porém a atividade continuou, pois cada um recebia o salário correspondente ao seu dia de trabalho e eles sabiam muito bem qual era sua responsabilidade, sem a necessidade de um líder para orientá-los. Você abriu buraco na terra, o segundo não jogou a semente (pois havia faltado), mas o terceiro tapava o buraco e assim prossegue o dia inteiro…
Muitas pessoas, que atuam em diversas organizações, estão trabalhando em grupo e não em equipe, como se estivessem em uma linha de produção, onde o trabalho é individual e cada um se preocupa em realizar apenas sua tarefa e pronto. No trabalho em equipe, cada membro sabe o que os outros estão fazendo e sua importância para o sucesso da tarefa. Eles têm objetivos comuns e desenvolvem metas coletivas que tendem a ir além daquilo que foi determinado. Se no exemplo anterior você e os demais integrantes do grupo trabalhassem como equipe, conhecendo a importância do trabalho de cada membro, tendo uma visão e objetivos comuns, certamente vocês diriam: “nosso colega faltou, vamos ter que substituí-lo ou mudar o modo como estamos plantando, se não nosso trabalho será improdutivo”.
Podemos até dizer que toda equipe é um grupo, porém, o contrário nem sempre é verdadeiro, pois, nem todo grupo representa uma equipe.
Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por afinidades. No entanto esse grupo não é uma equipe. Pois, equipe é um conjunto de pessoas com objetivos comuns atuando no cumprimento de metas específicas.
“Grupo são todas as pessoas que vão ao cinema para assistir ao mesmo filme. Elas não se conhecem, não interagem entre si, mas o objetivo é o mesmo: assistir ao filme. Já equipe pode ser o elenco do filme: Todos trabalham juntos para atingir uma meta específica, que é fazer um bom trabalho, um bom filme”. (Suzy Fleury, psicóloga e consultora empresarial e esportiva)
Ter uma equipe altamente eficaz é mais do que ter um grupo de pessoas, visto que o trabalho em equipe precisa ser planejado, elaborado.
Palestra sobre Trabalho em Equipe com Márcio Silva

Dê Feedback Positivo

Nunca subestime o poder do feedback positivo. Somos rápidos para apontar os outros quando fazem algo de errado. Mas algumas vezes esquecemos de reconhecê-los quando fazem a coisa certa. Dar feedback positivo pode ser uma poderosa ferramenta para motivar os funcionários. Veja como utilizá-la da melhor forma possível:
  1. Dê agora: Feedback positivo é importante demais para deixá-lo “pra depois”. Diga algo imediatamente.
  2. Faça-o publicamente. Enquanto o feedback negativo deve ser dado em privado, o feedback positivo deve ser dado publicamente. Dê na fente de  grupos tão grandes quanto merecido.
  3. Seja especifico. Não diga apenas: “Bom trabalho, Selma.” Ao invés disso, diga algo do tipo: “Haroldo, esse novo procedimento que você desenvolveu para encaminhar as solicitações de serviço realmente melhorou a satisfação de nossos clientes. Obrigado pela importante contribuição.”
  4. Faça dele um grande acontecimento. Você não quer mobilizar a empresa inteira a todo momento em que você dá feedback positivo, mas não deixe de criar tanta cerimônia quanto a iniciativa merece.
  5. Considere quem recebe. É importante considerar o sentimentos da pessoa que está recebendo o reconhecimento. Para alguém que é muito tímido, pensar nele em frente a sua equipe de trabalho é provavelmente o mais adequado. Para uma outra pessoa, talvez pendurar uma faixa, balões e bandeirolas seja apropriado.
  6. Faça com frequência. Não espere pelos grandes sucessos. Celebre os pequenos também.
  7. Faça de forma diferenciada. Grandes sucessos necessitam de grandes reconhecimentos. Pequenos sucessos precisam de reconhecimentos menores. Se você fizer uma festa para cada pequeno êxito, você diminui o efeito dela num grande êxito.
  8. Seja sincero. Não reconheça alguém por aparecer na hora marcada. Não parabenize alguém por apenas ter feito o seu trabalho. As pessoas vão perceber claramente o que você faz. Fale do coração quando você der feedback positivo.
Para estas e outras habilidades, conte comigo.
Pablo

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Preços sobem em ritmo menor, mas mercado favorece venda de imóvel

Especialistas descartam bolha, mas preveem queda no ritmo de vendas e até recuo de preço
Raphael Hakime, do R7




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O mercado imobiliário brasileiro bateu recordes sucessivos nas vendas e os preços da habitação atingiram níveis exorbitantes nos últimos dois anos. No segundo semestre de 2011, os valores continuam em alta, só que em ritmo bem menor e o mercado já começa a apostar em estabilização. Diante desse cenário e do momento econômico brasileiro, compensa comprar ou vender um imóvel?

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O mercado imobiliário é cíclico - uma hora sobe, outra estabiliza e depois cai. No entanto, a tendência para os próximos meses é que os preços se mantenham nos patam
imóvel - 450 x 300Filipe Araújo/07.07.2011/Agência Estado
Tendência é preço de imóvel se estabilizar nos próximos dois anos
ares atuais, ou seja, o mercado caminha para a estabilização, explica o diretor de estudos especiais da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), Luiz Paulo Pompéia. Por isso, o momento econômico privilegia a venda de imóveis, diz o especialista.

- Está na hora de vender imóveis porque a gente vende na alta e compra na baixa. Os imóveis estão lá em cima e, por isso, está na hora de vender, não de comprar.

O pesquisador da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) Eduardo Zylberstein também analisa o comportamento do mercado imobiliário brasileiro. Ele prefere não arriscar se o momento é bom para comprar ou vender, mas afirma que os preços caminham para a estabilidade.

- Agosto foi o quarto mês seguido de desaceleração da alta nos preços, mas eles continuam subindo. Parecem estar convergindo para a estabilidade, mas ainda está em um ritmo forte. Pode ser um movimento típico dessa época do ano, o que pode ser um comportamento sazonal e, no futuro próximo, os preços podem retomar [aumentos expressivos]. Tem que aguardar mais um pouco.
Zylberstein é o coordenador do índice Fipezap, um termômetro que mede a variação de preços do metro quadrado em seis capitais brasileiras e no Distrito Federal. Em agosto, o preço médio do metro quadrado teve alta de 1,7% e atingiu a marca de R$ 5.824 no país.

Essa escalada dos preços das moradias no Brasil é natural, segundo os especialistas do mercado. Eles explicam que antes do aumento, praticamente até 2008, os preços das casas no país permaneceram estáveis. Esse movimento é consistente e, portanto, afasta qualquer possibilidade de bolha imobiliária, explica o economista da Fipe.

- Nos últimos meses, observamos que o ímpeto da alta deve continuar convergindo para um ritmo um pouco mais tranquilo. Há uma queda na quantidade dos imóveis negociados, o que é um comportamento normal porque quanto maior o preço, menor o número de negociações. Mas isso não quer dizer que há uma bolha.
Pompéia também descarta a possibilidade de bolha como observada nos mercados da Europa e dos Estados Unidos no passado recente.

- Não há risco de bolha nos moldes americano, espanhol ou português. Isso porque o crédito imobiliário no Brasil não chega a 5% do PIB [Produto Interno Bruto, que é a soma de riquezas do país], enquanto lá estava acima de 60% no caso do PIB americano. Veja que há uma diferença brutal. Nessa linha do que ocorreu no hemisfério norte, não acredito e não vejo nenhuma perspectiva para bolha.
Queda nos preços
A tendência é que os preços da habitação no Brasil fiquem como estão nos próximos dois anos, embora seja possível uma “quedinha” muito suave em alguns casos que tiveram altas expressivas de preço. Essa possível redução deve ocorrer entre imóveis maiores e de maior valor de mercado, cuja oferta deverá superar a procura, diz Pompéia.

- Há alguns segmentos em que os compradores já negociaram seu imóvel, sobretudo entre R$ 300 mil e R$ 1,5 milhão. Nessa faixa, a demanda é maior entre R$ 300 mil e R$ 800, mas começa a ficar preocupante entre R$ 800 mil e R$ 1,5 milhão porque ou vai sobrar [imóvel] ou tem muito investidor que comprou nessa faixa [na planta] e, quando ficar pronto, o imóvel vai concorrer com aquele que estiver sendo lançado. Isso pode reduzir um pouco esse valor.

Além do possível recuo dos preços, o ritmo das vendas ficará menor: a “farra” dos plantões de venda, que comercializavam um prédio inteiro em apenas um fim de semana, ficará cada vez mais difícil de encontrar nas grandes cidades, prevê o diretor da Embraesp.

- No fim das contas, vai ter uma oferta de imóveis maior que a que temos agora. Hoje é difícil de registrar, mas daqui a seis meses, vamos falar que a redução dos valores começou em setembro de 2011. Ainda é embrionário, mas aquelas vendas repentinas, em uma semana, não se observa mais. Esse espaço de tempo deve passar a ser no tempo normal, em cerca de seis meses.

Zylberstein afirma que os preços dos imóveis no país ainda estão em “um ponto aceitável”, mas “enquanto o mercado de trabalho estiver favorável e o crédito facilitado, a gente ainda tem muita demanda e, por consequência, os preços têm pressão para subir”.

Dalai Lama derruba muros invisíveis e, assim, sugere que bondade também pode ser fonte de poder


Como jornalista, já tive oportunidade de fazer contato com líderes empresariais, governamentais, cientistas e pensadores em geral (e até com algumas celebridades das artes e dos esportes, mesmo elas estando fora da minha área de especialização). Ou seja, já encontrei, profissionalmente, um bocado de gente influente, mas, até anteontem, não havia nenhum líder espiritual nessa minha lista. No último dia 15, conheci Sua Santidade, o Dalai Lama. (A imagem ao lado parece uma pintura de Caravaggio, mas é uma foto que tirei com o celular sujeita a flashes e iluminação forte no palco – ele é o da esquerda.) E querem saber? Realmente foi algo novo.
A ideia do Fórum de Líderes Empresariais era reunir o líder tibetano e empresários em um encontro que pudesse semear algum compromisso em torno de uma economia baseada na indústria da paz, como contraposição à tradicional, que é baseada, ninguém questiona, na indústria da guerra e da fome/escassez. O princípio deles, resumido e simplificado, é o de que, alterando o modo de gerenciar as empresas, podemos evitar guerras e outras catástrofes (não se luta contra um parceiro de negócio e/ou quando se tem um bom padrão de vida), o que reduz custos para as empresas, o que aumenta receitas para as empresas (até porque consome-se mais em situações de paz), o que é bom para quem busca lucro (loop positivo para todos). Essa economia da paz (pregada na Unipaz, entre outras instituições) se baseia em Ds: desenvolvimento sustentável, diálogo, desarmamento (interno, principalmente), diversidade, democracia participativa… Outro modo de “etiquetar” essa economia é dizendo que se troca a competição pela compaixão, como se vê no título do livro do Dalai Lama.
Enfim, esse acima foi o contexto do encontro. As propostas concretas às empresas feitas de viva voz pelo líder tibetano vocês conferem neste link. E haverá também um texto a respeito na edição de novembro-dezembro da HSM Management, com foco em liderança. O que eu quero dividir com vocês aqui é diferente: são as sensações mais pessoais, o tal “algo novo” a que me referi. Acho que nunca antes, na minha vida, vi uma pessoa tão desarmada quanto o Dalai Lama. Desarmada no sentido de aberta aos outros, sem muros invisíveis em torno de si. Desarmada e, por isso, desarmante. Minto: já vi, sim, mas as pessoas ficam assim quando estão fragilizadas, por exemplo, por alguma doença ou tragédia. Depois, voltam ao “normal”, que é se proteger.
O Dalai Lama se mostrava sinceramente desprotegido, algo que se percebia na linguagem corporal dele. E isso foi fascinante, encantador mesmo. Ele se oferecia aos outros e as pessoas se entregavam em retorno. Óbvio, o Dalai Lama é muito midiático, representante de um país oprimido, e provavelmente uma das maiores e mais unânimes celebridades mundiais atuais –quase como se fosse um Pelé da religião, também midiático e representante de minoria– e isso já nos predispõe a sentir uma comoção. Além do mais, há as vestimentais e rituais. Mas, ainda assim, arrisco a empurrar meu ceticismo de lado e dizer que aquele monge é sinceramente desarmado. Se ele tem coragem de se abrir tanto às pessoas, a dedução acaba sendo a de que ele é genuinamente bom. Saíram outras matérias da estada dele no Brasil, críticas em relação ao fato de ele querer “marketar” seu novo livro, mas o que posso dizer é que, no evento do dia 15, ele não falou nada em livro e não houve clima marketeiro.
Sua Santidade falou foi de altruísmo, uma palavra que apanhou bastante nos últimos tempos e que ele resgatou de repente – ao menos, para mim. Vocês se lembram do Nuno Cobra, o coach do (piloto de F1) Ayrton Senna, dizendo que o altruísmo é egoísta e o egoísta tem altruísmo? Pois é, foi mais ou menos nessa linha que o altruísmo desandou, e não só no Brasil. Aí chega um senhorzinho, num inglês ruinzinho (infantil até), chamando o Brasil de Brésl, e tem coragem de dizer que ser autocentrados como somos é o que nos faz solitários, medrosos, gananciosos e nos leva às guerras e crises econômicas. Tudo isso, sorrindo, rindo, desarmado e desarmando. E a gente fica pensando que, além de altruísmo e bondade serem possíveis, eles podem de fato ser fonte de poder (outro tipo de poder). Gandhi não existiu só no cinema, né, galera?! Desconfio –apenas desconfio– que não devíamos nos esquecer disso.

» Comentários

  • Elieuza

    18/09/2011 -
    Gostei da forma como mostrou o que sentiu com o encontro com o Dalai Lima. Sinto que é por aí que precisamos caminhar se quisermos um mundo melhor, agora e no futuro. Quando todos irão se tocar de que o rumo que tomamos na economia (que irradia pra todas as demais áreas) não é o melhor caminho?
  • Rosanna Balado

    19/09/2011 -
    Sensibilizar as pessoas para tornar o mundo e o ser humano mais sensible!
    Conscientisar as pessoas para tornar o mundo e o ser humano mais consciente!
    Comunicar as pessoas para tornar o mundo e o ser humano mais comunicativo!
    Liberar as pessoas para tornar o mundo e o ser humano mais livre!
    Agradecer as pessoas para tornar o mundo e o ser humano mais agradecido!
    Rosanna Balado

Dalai Lama propõe novos paradigmas e métodos gerenciais

Publicado em Segunda, 19 Setembro 2011
Publicado por Alexandre Pisapio
Como os princípios morais, a educação do coração e um novo olhar nas negociações podem revolucionar empresas, mercados e lideranças.
 
Em sua palestra a empresários de São Paulo no último dia 15 de setembro, no evento “Uma nova consciência nos negócios”, iniciativa do Fórum de Líderes Empresariais e da Associação Palas Athena, o que o Dalai Lama propôs foi bem mais profundo do que pode parecer aos que se deixam iludir pela espontaneidade de suas palavras. Transportando para o jargão do meio corporativo, ele sugeriu às empresas nada menos do que novas métricas de desempenho, a adição de um paradigma gerencial além do dinheiro e um novo método gerencial de resolução de problemas.

A mudança é tão ambiciosa e, ao mesmo tempo, tão sensata, que faz por merecer, no mínimo, algumas reflexões e discussões estruturadas nos ambientes de trabalho. A Revista HSM Management estava no evento e destaca, especialmente para o Portal HSM, as quatro principais propostas apresentadas pelo Dalai Lama:

1.   A adoção de métricas de desempenho mais abrangentes do que as atuais.
Segundo o líder espiritual, consequências negativas inesperadas são indicadores indiscutíveis de que as coisas vão mal no modo atual de fazer negócios e, apesar disso, continuam sendo desconsiderados nas avaliações das lideranças. Devem ser incluídos com urgência, em sua opinião.
Entre os exemplos que o Dalai Lama citou está o elevado número de gestores com problemas de saúde (um médico norte-americano lhe disse já haver pesquisas relacionando as pessoas desconfiadas que hoje povoam o ambiente corporativo com a maior incidência de doenças do coração), as mortes em massa que houve por conta de guerras e fome no século 20, o congestionamento de carros nas ruas das grandes cidades.
Para ele, tudo isso traz prejuízos aos negócios e é causado pelos negócios em última instância (ou seja, é gerado pelo modo de produção atual). Portanto, tudo isso precisa passar a ser visto como indicador de que o sistema não está funcionando bem.


2.   O uso de princípios morais, além de dinheiro, como paradigma gerencial principal.
Não é o dinheiro (ou a busca por dinheiro) que causa os problemas, assim como não é o dinheiro sozinho que os resolve. Se apenas dinheiro resolvesse, observou Sua Santidade, os Estados Unidos, com sua riqueza, não estariam vivendo as dificuldades que vivem atualmente.
De acordo com o líder espiritual, as pessoas devem começar a entender a verdadeira causa da maior parte dos problemas correntes: a falta de princípios morais. É o que faz com que as pessoas se sintam solitárias por dentro e suspeitem de todo mundo – o que as leva à ganância e, por tabela, às especulações que vêm causando as últimas crises financeiras.
A adoção de princípios morais entre as pessoas corporativas levaria as corporações a acabarem com a hipocrisia reinante e a serem verdadeiramente transparentes.
A corrupção, que existe tanto em governos como em empresas, alimenta-se dessa falta de princípios morais, raciocinou o Dalai Lama, e gera mais e mais problemas. Sua Santidade não poupou a mídia nesse diagnóstico: ”a mídia tem nariz comprido”, disse, numa alusão ao mentiroso Pinóquio, acrescentando que é preciso inserir princípios morais também nos meios de comunicação.

Ozires Silva, fundador da Embraer e organizador do Fórum de Líderes, já tinha se queixado do viés – ultrapassado – da mídia, que é o de priorizar as más notícias, o que funcionaria como um reforço negativo (e deseducativo) sobre a sociedade.
A lógica por trás do que disse Silva é: o bom, muitas vezes, é mais raro e relevante do que o ruim e, por isso, merece mais destaque jornalístico. Voltando ao raciocínio do Dalai Lama, a mídia estaria focando o ruim também por medo, ou seja, por suspeitar intrinsecamente de todas as pessoas –de novo, a ausência de princípios morais está na raiz do problema.

3.   Uma reforma educacional mundial, visando ensinar primeiro ao coração e depois ao cérebro – e que seja secular.
Frisando que não tem nada contra a ciência e a tecnologia, o Dalai Lama alertou que seus usuários podem oferecer grandes riscos à sociedade se seus corações não forem devidamente educados.
A provocação de Sua Santidade se mostrou, no mínimo, interessante: para ele, o verdadeiro embate educacional não está entre conteudismo e construtivismo, como se discute hoje,  mas na necessidade de priorizar, ativamente, o cultivo da inteligência emocional (dos princípios morais), para, só depois, cultivar o cérebro. Assim, sentimentos como compaixão devem ser ensinados e nutridos nas escolas.
Quando mencionaram na plateia a baixa qualidade da educação no Brasil, Sua Santidade observou: o Japão e outros países asiáticos têm alta qualidade de educação e uma taxa de suicídio crescente entre os estudantes; há algo errado nisso, não?

No entanto, essa educação do coração não pode ser, jamais, vinculada a alguma religião, segundo o Dalai Lama. Essa educação do coração precisa, obrigatoriamente, incluir o respeito à diversidade das opções religiosas e à não religião também.

4.   Uma mudança radical no método atual de resolução de problemas.
 Mostrando realismo, Sua Santidade afirmou que os problemas nunca acabarão por completo –problema sempre existirá. O que ele pregou foi que o método tradicional de resolver problemas (pela força, baseado em poder) seja substituído por um método mais espiritual e eficaz, que é o da negociação. Não importa quanto demore nem quanto custe, a negociação deve ser o princípio inegociável da resolução de problemas. Sua maior eficácia é indiscutível, advogou o Dalai Lama.

A cobertura do líder do budismo tibetano não costuma ser fácil para jornalistas de economia e negócios.  E não apenas por seu inglês de pronúncia quase ingênua. Nem exatamente pelas palavras simples que substituem o discurso cartesiano e rebuscado próprio do “media training” a que tantos empresários e executivos recorrem. É que, diferentemente até do que se encontra em seus livros ou no conteúdo disponibilizado pelos organizadores dos eventos de que participa, Sua Santidade tece seus conceitos e raciocínios de maneira tão leve e despretensiosa, que, somado à escolha das palavras e à pronúncia, isso pode soar como auto-ajuda para os desatentos. No entanto, a mensagem desse líder espiritual jamais pode ser confundida com a superficialidade dos livros de auto-ajuda, como se percebe em suas propostas.