terça-feira, 23 de agosto de 2011

“As pessoas reagem ao medo e não ao amor.” Richard Nixon‏


Muitos gestores utilizam estas duas máximas para fazer a gestão de suas equipes. Certo ou errado, temos exemplos de empresas de sucesso cujo principal executivo utiliza estas duas máximas.
Steve Jobs é um exemplo. Dentro da Apple ele é temido por seus funcionários, desde o alto escalão até os postos mais baixos. Isso gera um “stress” que faz as pessoas sempre darem o melhor de si. É o medo de perder o emprego por não o agradar.
Se olharmos para a teoria do Continuum do Comportamento de Liderança, modelo desenhado por Robert Tannenbaum e Warren H. Schmidt, quanto mais autoridade exerce um gestor menor será a liberdade dos subordinados.
Quanto maior a sua orientação para a tarefa, menor é a orientação para o relacionamento.

Pois bem, o que leva então a Apple e até em uma empresa onde trabalhei serem inovadoras e líderes em determinado segmento?
Se o principal executivo é autoritário e centrado em tarefas como parece ser Steve Jobs, que se preocupa até com o design da embalagem de seus produtos, o que dizer das idéias inovadoras que ocorrem nesta empresa?

Isso pode nos induzir a pensar que, nestas empresas cujo principal executivo tem estas características e mesmo assim serve de referência para outras empresas ou é um líder de mercado, a inovação emana ou é provocada exclusivamente pela mente brilhante deste executivo.
Existe uma relação diferente aqui entre Liderança e uma Gestão eficaz. Steve faz uma gestão eficaz da Apple apesar de não demonstrar nenhum traço do que chamo de Liderança Real. Isso fica bem claro no livro A cabeça de Steve Jobs escrito por Leander Kahmey. Em outra empresa onde trabalhei, nenhum colega reconhecia no executivo principal a figura de um Líder, mas como Jobs, era reconhecido como um excelente gestor e um aficionado por inovação.
Parece sim existir, sobe este tipo de gestão opressora, uma necessidade dos subordinados apresentarem trabalhos que agradem o gestor. Isso faz com que elas tentem sempre se superar, pois sabem que as expectativas do gestor sempre estão subindo.
Dentro de organizações, prego a necessidade do exercício da Liderança Real, mas sem sombra de dúvidas, existem momentos em que se faz necessário uma, digamos assim, cutucada mais forte em determinadas pessoas para que elas possam produzir o que é esperado delas. Às vezes a “palmadinha no bumbum” dada pelo pai faz um efeito mais rápido do que vários dias de colo da mãe.
As Lideranças dentro das organizações não estão ali para suprir exclusivamente as necessidades dos seus seguidores e sim para fazer com que as equipes atinjam as metas estipuladas.
Grande Abraço,
Eduardo Slepetys

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