quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Soft skills – As competências que abrem portas



A expressão soft skills tem dado o que falar nas esferas corporativas. Na verdade, trata-se de um termo sociológico em referência às pessoas que possuem um bom nível de inteligência emocional (QE = Quociente de Inteligência Emocional), sustentado por habilidades que têm impacto direto na qualidade das relações interpessoais e que configuram a excelência na interface com o outro. São atrativos do perfil profissional que respondem pelo sucesso ou fracasso do processo de socialização e interação entre os grupos nas células de trabalho.
Resiliência, jogo de cintura, comunicação acessível, empatia e otimismo são traços que sinalizam a capacidade que o profissional tem de contornar situações e conquistar a simpatia e o apoio das pessoas pela maestria com que lida com elas.
Não é raro, após reuniões mais acaloradas nas empresas, ouvir comentários a respeito daquele profissional que consegue fugir de posturas ostensivas, posicionando-se com maturidade e oferecendo colocações razoáveis e oportunas. Pensam com isenção, sem melindres, pois não tomam como pessoais as posições contrárias às suas. Esse padrão comportamental converge à estrutura das competências sociais e é muito significativo quando avaliado pelo valor agregado que proporciona às organizações.
O quociente emocional é um componente de fundamental importância enquanto contribuição do profissional para o sucesso das relações de trabalho nas empresas. Lidar com pessoas que validam os recursos advindos dos processos de autoconhecimento e autogestão é um beneficio direto, pois em vez de trabalharem no “self” e agirem de modo reativo ao que não os favorece, conseguem manter um bom entendimento com as pessoas pela disposição que têm em lidar com o outro, conquistando assim sua credibilidade.
Em um universo onde a maioria dos problemas nas empresas advêm do entrave nas relações interpessoais, ser mestre na arte de relacionar-se com o outro pode configurar o abre portas para uma carreira de sucesso. Por este motivo, as habilidades comportamentais corroboram cada vez mais o perfil do profissional ambicionado pelas empresas. Em posições de liderança, aqueles que conseguem incluir a percepção do outro na sua realidade, geralmente, tornam-se referência para suas equipes e contribuem para construção de um diferencial de conduta.
Você consegue imaginar um gestor que, no desafio de liderar pessoas, afirme que “o resultado prático de um grupo independe da quantidade de sorriso, de por favor, de obrigado e de cuidados dispensados aos seus colaboradores?” Ou mesmo que “gentilezas põem a mesa, mas não garantem o jantar”? Como construir alianças em prol de resultados comuns sem privilegiar o engajamento? Se o ser humano por condição natural é carente de insumo emocional e as relações para serem justas devem oferecer troca, que ganho existe numa relação onde um não legitima o “ser” do outro?
A despeito daqueles que ainda resistem ao autodesenvolvimento por estarem reféns do jeito robótico de ser, percebe-se um movimento crescente das instituições de ensino e empresas de diversos segmentos investindo cada vez mais no conceito sutil da condição humana como garantia da sustentabilidade das relações de trabalho e preservação dos resultados.
Sentimentos e emoções ignorados afetam comportamentos, dificultam relacionamentos e anulam os resultados das iniciativas inclusivas e participativas, comprometendo a sustentabilidade das relações de trabalho. Tratar bem as pessoas, decididamente, é e sempre será um excelente recurso em garantia à longevidade dos negócios pessoais e profissionais.
E sobre você? Quais dos seus traços de personalidade ilustram o conceito de soft skills?

» Comentários

  • Sérgio Ricci

    01/08/2011 - www.sergio-ricci.blogspot.com
    Sempre trabalhei com pessoas. E meu maior prazer é quando vejo que pude ajudar alguém a se reerguer emocionalmente, recobrar ânimo para continuar lutando. Há muitas pessoas que estão verdadeiramente necessitadas de uma palavra de ânimo, motivação, ou de alguém que possa lhe ajudar a esclarecer as coisas, apontar-lhe um caminho em meio à suas desorientações. Como esta frase do texto dizendo que “..o ser humano por uma condição natural é carente de insumo emocional”…Quem não gosta de ser ajudado, compreendido, valorizado? No corre-corre de hoje, poucos “lideres”, ou pelo menos os que se intitulam líderes, mal têm tempo para reparar nas necessidades emocionais de seus liderados. Dizem que estas coisas são perdas de tempo. Feliz aquele que já passou pelo deserto, e sabe o que se passa com um sedento. Feliz aquele que adquire a Inteligência Emocional e a usa em benefíco do seu próximo. ( As pessoas vão esquecer o que você disse, vão esquecer o que você fez, mas nunca se esquecerão de como você as fez se sentir)..valorizadas
  • Kate Gralato

    02/08/2011 - administracaomarketing.blogspot.com
    Na era do Relacionamento, competências ligadas à Inteligência Emocional são um fator diferencial para funcionários e empresas, e até mesmo para pessoas em seu círculo social e convívio diário. A empatia, que é colocar-se no lugar do outro e sentir o que o outro sente, deve estar sempre presente, mostrando a preocupação em solucionar problemas, em compreender e atender as pessoas da melhor forma possível. Pessoas são gente e têm sentimentos e, assim, necessitam de atenção. Por isso, a Inteligência Emocional é um diferencial competitivo, que se torna cada vez mais solicitado nas empresas e no mercado.
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