terça-feira, 23 de agosto de 2011

Você é um gerente fast-food ou um Chef Gourmet?


Existem gerentes e Gerentes nas organizações. Gerentes que fazem explorações e gerentes que apenas fazem explotações. Vamos falar um pouco sobre as diferenças.

Gerentes que explotam são como cozinheiros fast-food. Estes gerentes não criam nada, apenas propagam a técnica que outros um dia no passado inventaram. Temos milhares de gerentes que apenas explotam o dia inteiro, seja através de confecções de chatos relatórios diários, participação em reuniões improdutivas para decidir que nada decidirão ou tomando decisões importantíssimas como qual será a cor do estofado da cadeira que sentam. Nada de novo ou de especial é criado por este tipo de gerente. São como os cozinheiros fast-food que apenas fazem comida como em uma cadeia produtiva, nunca agregando nada ao sabor ou a técnica de fazer o prato.

Já os Gerentes que exploram são como Chefs Gourmet, estão prontos para arriscar novidades que ninguém teria coragem. Tem idéias inusitadas, as põem para testes e o mais importante, não tem medo de errar e começar tudo do zero.

Na verdade organizações não podem viver com gerentes nos dois extremos. Gerentes “fast-food” são importantes para darem continuidade ao processo, mas os Gerentes “Chef Gourmet” são tão importantes quanto os outros.

O grande problema que vivemos hoje é que muitas organizações só se interessam pelos gerentes “fast-food”, aquele que vai levar o dia a dia e nada mais. Estas organizações não percebem que a explotação em demasia é o prenúncio de uma possível falência, pois ninguém consegue sobreviver só explotando produtos ou serviços por todo o sempre. Tomemos como exemplo dois casos de explotação. O primeiro a Coca Cola que desde 1893 (quando foi patenteada) até hoje é explotada, ou seja, o produto é sempre o mesmo, tecnicamente não tendo evoluções no produto, mas a empresa Coca Cola seguiu para a exploração abrindo caminho com outros produtos como Sprite, Fanta, Kuat, sucos, água e no meu entender na exploração de seu produto mais forte, a própria marca.

Já empresas como Brasilit e Eternit, famosas por fabricarem telhas e caixas d’água com fibrocimento, hoje são obrigadas a explorarem outros produtos para não morrerem no mercado. A grande maioria das pessoas não admite mais a utilização deste tipo de material, dando preferência a estruturas de polietileno para as caixas e telhas de barro, metálicas ou mesmo de cimento para cobrirem seus telhados. Se continuassem na explotação de fibrocimento, com certeza teriam que baixar as portas em futuro próximo.

Para ser um Gerente “Chef Gourmet” é preciso que sua organização acredite em você. É preciso que ela não tenha medo do desconhecido e principalmente não te culpe por algum tipo de perda, que com certeza irá ocorrer. Me lembro do primeiro Strogonoff que fiz, ficou horrível e tive que jogar fora… é o preço da exploração, mas hoje em dia, chegado a perfeição, exploto este prato e exploro outros.

Pergunte para sua organização se lhe é permitido explorar novos rumos ao invés de ficar explotando o dia inteiro. No mundo corporativo mais vale ser lembrado por ter arriscado do que ser conhecido por nunca ter feito nada de novo.
Grande Abraço,
Eduardo Slepetys

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