terça-feira, 23 de agosto de 2011

Liderança, um mix de Arte, Ciência e Prática‏



Atuar como Líder em organizações depende muito de uma mistura de Arte, Ciência e Habilidade Prática.
Ciência é fácil de explicar, pois é o que o Líder deve conhecer tecnicamente para ter autoridade sob o que decide. Temos exemplos catastróficos na história de supostos Líderes que assumiram posições para as quais não tinham absolutamente nenhum conhecimento científico ou técnico. Robert Strange McNamara, um ilustre MBA de Harvard, com seus conhecimentos de análise e estratégias de banco de escola, a frente do ministério da defesa dos Estados Unidos, simplesmente transformou oficiais em burocratas em plena guerra do Vietnã, se preocupando mais com dados estatísticos do que com a própria guerra. Não precisamos ir a outros países para vermos exemplos de pessoas incapacitadas respondendo por pastas altamente técnicas como Minas e Energia ou da Ciência.

A habilidade prática também é um vértice importante, pois se você não sabe fazer, como em posição de Líder ou mesmo um gestor pode saber se o que está sendo feito está correto, dentro do planejado, dentro do custo, etc. Pessoas neste vértice se baseiam na experiência. Confiam em experiências práticas, tomam decisões baseados na utilidade, criam estratégias arriscando e sua contribuição é a habilidade prática como aprendizagem dinâmica, na forma de ações e experimentos.
Pessoas no vértice da Ciência se baseiam na lógica, confiam em fatos científicos, preocupam-se com “replicabilidade”, criam estratégias planejando e sua contribuição é a ciência como análise sistemática, na forma de insumos e avaliações. Pessoal de contabilidade, finanças, engenheiros, físicos e matemáticos e um tanto de outras profissões muitas vezes se enquadram perfeitamente aqui.
E por último a Arte, que caracteriza a centelha criativa que o Líder ou gestor deve ter. Nesta posição do vértice encontramos pessoas que se baseiam na imaginação visual, confiam em intuições criativas, preocupam-se com a criatividade, tomam decisões indutivamente, criam estratégias tendo visões ou imaginando e sua contribuição é a arte como síntese abrangente, na forma de intuições e visões.
Dentro desta pirâmide formada pelos três vértices, encontramos diversos tipos de gestores e Líderes. Os que se encontram mais a direita e com mais afinidade para a arte, mas também enraizados na prática são as pessoas com Estilo Visionário. Este ponto é preenchido muitas vezes por empresários bem sucedidos e me arriscaria a colocar Bill Gates e Steve Jobs como exemplos.
Um segundo estilo é o Solucionador de Problemas, o que resolve. Este combina a habilidade prática com a ciência. Gerentes de fábrica, operacionais e gerentes de projetos geralmente se encaixam aqui.
E o último estilo é orientado a pessoas, o Engajado. É o estilo preferido por gerentes que praticam o “coaching” e facilitação.
Então um Líder perfeito estaria no centro da pirâmide?
Creio que não, pois para cada momento e para cada organização o Líder deve se posicionar mais para um vértice do que para o outro. O que se deve tomar cuidado é que na posição de Líder, nunca ficar muito próximo ao vértice ou a borda, pois você baseando-se em Arte e Prática exercerá uma gerência desorganizada, em Ciência e Arte uma gerência desligada e em Prática e Ciência uma gerência desanimada.
Grande Abraço,
Eduardo Slepetys

Nenhum comentário:

Postar um comentário