terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cuidado com a Crença Irracional‏


Amaldiçoados só se for nos filmes!
Ninguém é amaldiçoado, por mais que sejam suas ações. Deveríamos aceitar a nós próprios por aquilo que somos, ao invés do que por aquilo que conseguimos atingir.
Geralmente somos críticos com nós mesmos e isso de certa maneira pode até contribuir com o nosso crescimento. Este processo de crítica faz parte da auto-análise, tão importante para a Liderança. A auto-análise serve para que possamos conhecer não só nossas fraquezas, mas também em especial, nossas qualidades. O problema desta auto-análise é quando isso vira uma Crença Irracional como descrita por Albert Ellis (1913-2007).
Segundo a Crença Irracional:
  1. Temos a idéia de que ser amado ou aprovado por todos por qualquer coisa que faça, seja uma triste necessidade para o adulto – ao invés de se concentrar no seu auto-respeito, em obter aprovação para fins necessários (como ser promovido no emprego, por exemplo), e em amar mais do que ser amado.
  2. Temos a idéia de que certos atos são errados, maus, ou infames e que as pessoas que cometem tais atos deveriam ser severamente castigadas – ao invés da idéia de que certos atos não são apropriados ou são anti-sociais, e que pessoas que cometem tais atos são invariavelmente estúpidas, ignorantes ou emocionalmente perturbadas.
  3. Temos a idéia de que é terrível, horrível e catastrófico quando as coisas não são o que desejaríamos que elas fossem – ao invés da idéia de que é uma pena que as coisas não sejam do modo que nós gostaríamos que fossem e que se deveria certamente tentar mudar ou controlar as condições para que elas sejam mais satisfatórias, mas que se mudar ou controlar situações inconfortáveis é impossível, será melhor nos resignarmos com a sua existência e parar de dizer a si mesmo quão horríveis são.
  4. Temos a idéia de que a infelicidade humana é causada externamente e somos forçados a aceitá-la por pessoas de fora e por eventos – ao invés da idéia de que virtualmente toda infelicidade humana é causada ou sustentada pela visão que temos das coisas no lugar das próprias coisas.
  5. Temos a idéia de que se alguma coisa é ou pode ser perigosa e atemorizante deveríamos nos preocupar terrivelmente com ela – ao invés da idéia de que se alguma coisa é ou pode ser aterrorizante deveríamos enfrentá-la francamente e tentar torná-la não perigosa, e, quando isto é impossível, pensar em outras coisas e parar de dizer a si mesmo em que terrível situação nos encontramos ou poderemos nos encontrar.
  6. Temos a idéia de que é mais fácil evitar do que enfrentar as dificuldades da vida e as próprias responsabilidades – ao invés da idéia de que o assim chamado caminho fácil é invariavelmente mais duro no final de contas e que, a única maneira de resolver problemas difíceis é enfrentá-los com firmeza.
  7. Temos a idéia de que necessitamos de algo diferente, mais forte ou maior que nós mesmos para nos apoiarmos – ao invés da idéia de que geralmente é muito melhor apoiar-se sobre os próprios pés e ter fé em si mesmo e na capacidade que temos de enfrentar as difíceis circunstâncias da vida.
  8. Temos a idéia de que deveríamos ser absolutamente competentes, adequados, inteligentes e auto-realizadores em todos os aspectos possíveis – ao invés da idéia de que deveríamos fazer preferivelmente a sempre tentar fazer bem e que deveríamos nos aceitar como uma criatura bastante imperfeita, que possui limitações humanas gerais e falibilidades específicas.
  9. Temos a idéia de que algo deveria afetar indefinidamente a nossa vida porque uma vez afetou-a intensamente – ao invés da idéia de que deveríamos aprender pela nossa experiência passada, mas não nos deveríamos ligar demasiado a ela ou ser prejudicados pela mesma.
  10. Temos a idéia de que é vitalmente importante para a nossa existência aquilo que as outras pessoas fazem, e que deveríamos despender grandes esforços para modificá-las na direção em que gostaríamos que fossem – ao invés da idéia de que as deficiências das outras pessoas são, em grande parte, seu problema e que pressioná-las para que mudem geralmente não as ajudará em nada.
  11. Temos a idéia de que a felicidade humana pode ser alcançada pela inércia e inatividade – ao invés da idéia de que os homens tendem a ser mais felizes quando estão ativa e vitalmente absorvidos em ocupações criativas, ou quando estão se devotando a pessoas ou projetos fora de si mesmo.
  12. Temos a idéia de não possuímos virtualmente nenhum controle sobre nossas emoções e que não podemos deixar de sentir certos sentimentos – ao invés da idéia de que temos um enorme controle sobre nossas emoções se optarmos por trabalhar para controlá-las e praticar dizendo os tipos de sentenças certas para si mesmo.
Espero que isso contribua com seu autoconhecimento. Questione-se e veja se você tem alguma Crença Irracional. Se você se viu em alguma ou algumas destas doze crenças, é bom começar a trabalhar e mudar esta visão. Isso pode estar estragando sua carreira, seu relacionamento e seu futuro.
Grande Abraço,
Eduardo Slepetys

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